CREMAÇÃO E OUTROS.
A INFLUÊNCIA DO
CRISTIANISMO
A evolução natural da Humanidade
e o ciclo iniciado com Jesus há 2000 anos modelando uma nova mentalidade,
influenciavam sensivelmente nos costumes culturais e religiosos dos povos. Com
a expansão do cristianismo, na tentativa de se solidificar a fé, foram se
estabelecendo dogmas, entre eles, o da Ressurreição. Jesus, como descendente de
uma das doze tribos de Judá, foi sepultado conforme as tradições da Lei
Mosaica. A Igreja proclamou como Dogma de fé que o Messias ressuscitou de corpo
e alma.
Com exceção dos países orientais
onde a prática é normal, o rito da cremação ficou esquecido até o ano de 1876,
quando em Washington, nos Estados Unidos, na tentativa de revi ficar o
processo, foi estabelecido o primeiro forno crematório dos dias atuais,
provocando polêmicas e controvérsias, sobretudo da Igreja que se posicionou
contra a destruição voluntária do cadáver.
Só a partir de 1963, mediante a
propagação do processo em diversos países do planeta, o Vaticano através do
Papa Paulo VI apresentou uma abertura, mas não se posicionando claramente
quando se expressou que não proibia a cremação, mas recomendava aos cristãos o
piedoso e tradicional costume do sepultamento. A Igreja teve suas razões para
defender a Inumação. Aprovar plenamente a cremação seria negar o dogma por ela
estabelecido.
Nessa sequencia histórica
observa-se que na cultura religiosa de todos os povos sempre pairou uma
nebulosa noção de espiritualidade e nela a preocupação do homem com seu destino
após a morte. Até que nos meados do século XIX, o francês Allan Kardec,
codificador da doutrina espírita, lançou uma nova luz nos horizontes mentais do
ser humano quando entreviu um mundo de inteligências incorpóreas.
Os espíritos são os seres
inteligentes da Criação que habitam esse mundo. Simples e ignorantes no seu
ponto de partida, caminham para o progresso indefinido reencarnando
sucessivamente. Na encarnação, a ligação entre o perispírito e o corpo é feita
através de um cordão fluídico. Sendo a existência terrena uma fase temporária,
após o cumprimento da missão moral, com a morte do corpo físico o espírito
retorna ao seu lado de origem conservando a individualidade.
O DESLIGAMENTO NÃO É
SÚBITO
Os laços que unem o espírito ao
corpo se desfazem lentamente. De uma forma geral todos sentem essa transição
que se converte num período de perturbações variando de acordo com o estágio
evolutivo de cada um. Para alguns se apresenta como um bálsamo de libertação,
enquanto que para outros são momentos de terríveis convulsões. O desligamento
só ocorre quando o laço fluídico se rompe definitivamente.
Diante da Nova Revelação
apresentada pela doutrina dos espíritos e levando-se em consideração a
perturbação que envolve o período de transição, questionou-se: cremando o corpo
como fica a situação do espírito? Consultado, o mundo espiritual assim se
expressou: “É um processo legítimo. Como espírito e corpo físico estiveram
ligados muito tempo, permanecem elos de sensibilidade que precisam ser
respeitados”. Essas palavras revelam que embora o corpo morto não transmita
nenhuma sensação física ao espírito, porém, a impressão do acontecido é
percebida por este, havendo possibilidades de surgir traumas psíquicos.
Recomenda-se aos adeptos da doutrina espírita que desejam optar pelo processo
crematório prolongar a operação por um prazo de 72 horas após o desenlace.
Embora a Inumação continue sendo
o processo mais utilizado, a milenar cremação, por muito tempo esquecida,
voltou a ser praticada nos tempos modernos. Este procedimento vem se difundindo
amplamente até em função da falta de espaço nas grandes cidades. Com o
crescimento da população as áreas que outrora seriam destinadas a cemitérios
tornaram escassas.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO
QUADRADO.
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