Espaço e o Tempo
Enviado
em 11/03/2016 | Escrito por Jorge Medeiros
Espaço e o Tempo
Jorge Medeiros
Define-se espaço como: extensão superficial
limitada, extensão indefinida, distância entre dois pontos etc… Mas se o espaço
for a distância entre dois pontos, o que será que transcende esse limite? Logo
a distância entre dois pontos ou dois corpos é nada mais que uma região do
espaço, isto é, uma parte infinitesimal do espaço.
Extensão superficial limitada também não, já que
toda distancia, extensões possíveis e imagináveis formam regiões no espaço,
dado o caráter de possibilidades infinitas de criações. Como definir espaço
então?
Sabemos que todas as coisas estão inseridas no
espaço, isso nos induz a sofismar que espaço seria o universo; mas se assim
procedermos, poderemos cair nos mesmos erros dos cientistas que definiram o
átomo (o elemento indivisível) como as “moléculas” em que trabalhavam, já que o
átomo nada mais é que uma molécula formada de outras partículas menores,
definido por Kardec em a gênese, que também são formadas de partículas menores,
verificando mais tarde essas sendo divisíveis, pois podem existir outros
universos como nos diz Allan Kardec na revista espírita de
1869. Logo, o somatório desses universos é que seria o verdadeiro UNIVERSO.
Como definir então? Arriscamos a designar por definição sendo espaço: onde
existe tudo o que foi criado. Notem que não usei a expressão “lugar onde”,
já que lugar também remete à noção de região. Como assim? É porque todas as
coisas têm que estar no espaço, senão é o nada ou Deus, que transcende o
espaço, visto que o espaço é uma criação de Deus. Ora, o nada não existe!
O espaço, nós designamos por espaço universal e
as outras definições por regiões do espaço ou “locais”.
O espaço por definição é infinito, pois que a
criação de Deus é infinita, e também para abranger todas as coisas e criações
espirituais, isto é, de todos os espíritos, independente do grau evolutivo.
Deus também está no espaço pois que preenche todas as coisas, logo Deus é
imóvel, isto é, não há um local em que Deus não esteja; o UNIVERSO é pleno
Dele! Daí tiramos outra conclusão: não existe no universo a treva absoluta, já
que Ele está em todo lugar e Ele é luz; ninguém está sozinho por mais baixo que
o ser humano possa descer às trevas interiores, existe sempre Deus com ele.
Espaço II
Uma definição também que se faz de espaço é a
dimensional, exemplo: O ponto tem dimensão zero, isto é, não tem comprimento,
altura nem largura; por dois pontos é possível traçar uma reta. Uma reta é
composta de infinitos pontos, não tem início nem fim, varia para o infinito nas
duas direções. A reta tem dimensão um R1, e a sua
projeção em uma dimensão inferior é o ponto; um exemplo grosseiro seria se
imaginássemos a reta como uma mangueira infinitamente pequena, mas que
pudéssemos olhar por dentro, somente enxergaríamos um ponto a nossa frente, com
duas retas não colineares concorrentes temos um plano, que tem dimensão
dois R2, o plano é formado de infinitas retas, logo a
projeção do plano é uma reta, isto é uma dimensão abaixo. Se imaginássemos o
plano como uma placa de compensado infinitamente fina, e olhássemos por dentro
enxergaríamos as coisas como se fossem tiras muito finas ou retas. Agora se
tivermos três retas não colineares e uma delas fora do plano das outras duas
teremos uma região do espaço na terceira dimensão R3. O
plano, a reta e o ponto podem ser imagens deste, na reta temos infinitos
pontos, no plano temos infinitas retas, e no espaço temos infinitos planos
retas e pontos.
Se estivéssemos dentro de uma reta, por suposição é
claro, só enxergaríamos pontos, pois tudo que está fora da reta não veríamos
por estar em outra dimensão que por sinal é maior que nossa; ao passo que essa
pessoa nos veria, ele poderia interferir em nossa dimensão por exemplo se
colocasse a mão a nossa frente veríamos um ponto diferente da cor da mão deste
individuo, e fatalmente nos assustaria pois que para nós ela apareceria do
“nada” e sumiria da mesma forma. Poderiam até retirar um objeto e ficaríamos perplexos,
se não fossemos espírita.
Se estivéssemos em um plano enxergaríamos tudo como
retas, agora todas as coisas tem duas dimensões por isso nos parecem retas, se
observássemos um objeto tridimensional, só enxergaríamos como tiras; mesmo que
fosse tridimensional já que na segunda dimensão as coisas não tem profundidade,
mas na terceira dimensão é mais fácil, pois é a que encontramos nosso psiquismo
consciente. Todas as que temos em nossa dimensão e vistas por nós tem três
dimensões, isto é, comprimento altura e largura, por mais que achemos que não,
o problema aí é de ordem de grandeza. Um exemplo é a folha de papel, é muito
fina mas tem espessura.
Se movimentássemos o ponto, só poderíamos fazê-lo
em uma dimensão fora dele, e ao fazermos isso esse movimento criaria um
seguimento de reta, dimensão 1, ao movimentarmos o seguimento reta, só pode ser
em outra dimensão, que usaremos a dimensão 2, e criaríamos um quadrado, e ao
movimentarmos o quadrado na terceira dimensão3, criaríamos um cubo, mas na
quarta dimensão não conseguimos imaginar o que se formaria, já que nossa mente
está projetando imagens 3D; seria como se só tivéssemos um olho e nunca
tivéssemos visto o morro pão de açúcar, e com o olho colado na sua encosta
tentássemos imaginar que figura seria essa, isso é o que ocorre se nós
tentarmos imaginar um movimento em 4D, nos falta parâmetro , no ponto, na reta,
e no cubo foi fácil por estarem em dimensões comportadas pelo nosso psiquismo
consciente.
Os espíritos estão em uma dimensão acima da nossa,
não os vemos com olhos 3D só os sentimos, mas a alma vê, pois nosso psiquismo
pleno abarca todas as dimensões (a centelha divina), já que vibra no padrão
divino e quanto mais evoluímos mais capacidade temos de varar as dimensões, por
isso no mundo da verdade, o plano espiritual, existem várias regiões para
diferentes categorias de espíritos. Quando eles intervêm em nossa dimensão
ocorre como no fato que citei acima, podem eles até retirar ou arrebatar
objetos para si e colocar em outro lugar, conhecido como fenômeno de transporte
(livro dos médiuns cap. V itens 96 ao 99), mas também todas as dimensões estão
contidas no espaço, quanto mais se livra dos pesares da matéria mais capacidade
tem o ser de superar esses limites dimensionais, se bem que a diferença entre
alguns espíritos é uma questão de densidade e peso específico.
O tempo: a melhor definição de tempo é a do
espírito Galileu em A Gênese, os milagres e as predições segundo o
espiritismo da Allan Kardec, que diz ser o tempo a sucessão das
coisas. Mas quando nasceu o tempo? Quando começou a existir?
O espaço e o tempo estão ligados entre si, daí
Einstein se ver obrigado a colocar em suas equações o tempo como uma variável a
mais, mas não no sentido absoluto como na transformação de Galileu, mas no
sentido mais espírita o relativo. Não se pode desvincular o tempo do espaço,
pois que nós estamos ligados sobremaneira à matéria.
O tempo existe desde que exista espaço, pois que
tempo é a sucessão de coisas criadas, que só podem existir no espaço universal.
Então nos perguntamos: E Deus? Deus é atemporal, isto é, não está sujeito ao
tempo e nem ao espaço, existe antes desses dois, Deus existe por ele mesmo,
antes do espaço e do tempo existe O Criador, Deus soberano, mas Deus também
está na sua criação em todo lugar, por isso, um dos atributos de Deus é ser
imóvel! Definição de Parmênides filósofo 540 ac, e depois confirmado pelo
espírito Erasto na revista espírita de março de 1864. Em nosso estágio o tempo
é uma consequência meramente material, dada a nossa materialidade, nossa mente
está “presa nas sucessões de coisas materiais” donde vem a noção imperfeita de
ser o tempo uma coisa material apesar de não ser matéria, e não conseguirmos
entender o SER iniciado.
A mente perfeita transcende as sucessões materiais,
logo transcende nossa noção de tempo, os superiores mais acima da matéria
superam as dificuldades da matéria e logo unem o passado, o presente e em
muitos casos o futuro, que consiste nas consequências naturais, mas nunca
chegam a transcender todo espaço e o tempo, já que só é possível a Deus, o iniciado,
sempiterno, imóvel, imanente e transcendente. Vide Jesus: “quanto aquele
dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu, nem o filho, só o
Pai” Matheus 24vv36. Logo o tempo existe desde sempre!
É redundante? Desde quando isto existe? Por definição, desde sempre já que só
podemos conceber Deus trabalhando! Nunca inativo. Estas definições se perdem
num axioma que se eleva acima das alturas do filho de Deus. As almas presas na
matéria sofrem com a dificuldade de se apossar do seu passado como nos romances
espíritas.
Para nós começarmos a tentar entender essas coisas
podemos começar a fazer um exercício com a imaginação, podemos fazer: uma curva
2D e o espaço em 3D quem está preso em uma espécie de labirinto 2D, não pode
sair dele só ir para frente ou para trás, mas quem está em uma dimensão acima
vê esse indivíduo consegue prever seus movimentos e suas consequências e até
estando no espaço superar num instante as distâncias ver atuar a frente desse
outro, assim; quem está numa dimensão acima prevê o futuro, em alguns casos
inspirados pelo absoluto supremo.
Quando se estuda a matéria pela matéria podemos
encontrar algumas anomalias como os efeitos relativísticos da dilatação e
contração do espaço e do tempo, já que esses são reflexo de quem observa apenas
do ponto de vista material. Um trem que passa com uma velocidade perto ou igual
a da luz , nós percebemos como se ele fosse menor do que é, mas isso é um
efeito, o trem não mudou sua estrutura, mas nós é que interpretamos assim,
dados nossos sentidos acanhados e todos os efeitos materiais. Como o paradoxo
dos gêmeos que diz que se um dos gêmeos viajasse na velocidade da luz a uma
região remota e voltasse, ao final da viagem um deles estaria mais velho que o
outro, que por si só é um absurdo, uma anomalia da interpretação puramente
material, principalmente sabendo que é essa hipótese por si já nega o primeiro
postulado relativístico, já que é uma situação em que o referencial é não
inercial. No mais, só os purificados no amor tem a capacidade de transpor as
dimensões e por antecipação nos revelar o futuro distante e fatal, nossa
felicidade!
Jorge Medeiros, estudante de Física. Contatos tiojorge2@ibest.com.br
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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