A INVEJA
Vem a ser o desejo ou cobiça de possuir o que
o outro possui. Esta palavra significa também desgosto no íntimo de uma pessoa,
provocado pela prosperidade de alguém. Com isso acaba provocando o desejo de
ter aquilo ou cobiçar o que o outro possui.
Para mim
esta pessoa não vive, porque acaba vivendo concentrada em outra pessoa, sendo
uma espécie de dupla personalidade.
A inveja
vem a ser uma erva daninha, que assola uma grande parte da humanidade. A pessoa não podendo ter aquilo que a outra tem,
acaba cobiçando a felicidade do outro. E isto acontece nas melhores famílias,
nas vizinhanças, na religião e entre aqueles que se dizem amigos. Por exemplos:
havia uma criança que tinha de tudo, mas não tinha a felicidade que uma criança
menos abastada possuía, ao brincar com uma lata de azeite fazendo de conta que
era um ônibus. Mas pode também acontecer às vezes com aquele que possui menos,
e acaba cobiçando o que o abastado possui.
Na prática
eu vi uma pessoa que possuía uma mercearia na frente de sua casa, e o vizinho
vendo a felicidade deste, resolveu montar uma para ele na mesma quadra e do
mesmo jeito, procurando copiar a distribuição dos setores, e para observar resolveu
dar uma de cliente procurando observar tudo dentro da mercearia do seu oposto.
E como agravante ainda desafiando o outro dizendo que ia montar igual com toda
a distribuição e maior. Pois é, tem pessoas que não possuem a iniciativa e por
inveja procuram copiar ainda com sentimento de prejudicar seu oponente, e ainda
se dizendo ser religioso.
Esta erva
vem a ser um dos sentimentos mais difíceis de serem eliminados da alma humana.
Ela causa
sofrimento para a pessoa que a possui, onde basta que um elemento se destaque,
ou seja, distinguido em uma determinada área, que lá estará o invejoso. Basta
uma pessoa ter um penteado ou uma saia diferente, e se tornar alvo de elogios
que nem sempre é sincero, que acaba provocando inveja. Mas eu particularmente
digo, que em nossa Terra sempre terá alguém nos invejando, seja por isso ou por
aquilo.
Agora é
sempre bom diferenciarmos a inveja da cobiça, pois nada nos impede de
trabalharmos para adquirirmos um bem, sem prejudicar a terceiros. Agora se
alguém possuir um objeto com uma virtude que nos falta, e nós nos considerarmos
mais dignos do que ele será considerado inveja. Mas se desejarmos com humildade
e sinceridade não é inveja, porque copiar aquilo que é bom acaba se tornando
uma virtude.
Quantas
pessoas não foram massacradas em circunstâncias misteriosas, efeito direto
dessa viciação moral, como a chamada de puxada de tapete que ocorre em
empresas, nos vários locais de trabalho, na religião, inclusive na família.
O invejoso
pode estar em toda parte, pois ele não suporta ver aquele elemento invadindo o
seu espaço, e que ele deixou de ocupar por pura incompetência e comodismo.
Esta
atitude vem desde os tempos do homem pré-histórico que era movido pelo instinto
brutal, onde destroçava o seu algoz, a fim de se apropriar de seus pertences.
O tempo
passou, a evolução se processou como convém a estrutura das leis naturais, mas
o princípio permanece o mesmo.
O nosso
Espiritismo nos ensina que as pessoas que agem de modo desinteressado, com
benevolência e ternura de forma natural sem hipocrisia, são como velhos
guerreiros que no passado já construíram e conquistaram sua grandeza moral. Ter
desejo de se comportar como essas pessoas não é inveja. Se fosse, seria uma inveja deveras singular.
Segundo a
nossa Doutrina, a evolução moral nem sempre acompanha a intelectual, porque no
processo evolutivo torna-se necessário o conhecimento do bem e do mal.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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