Quando começa o amor?
Olhando esses
amores que andam pelo mundo, dando demonstrações tão extraordinárias da
excelência do sentimento, nos perguntamos: Quando começamos a amar?
Nascemos no seio de uma família e amamos nossos pais. Convivemos com
irmãos, familiares próximos e vamos dilatando essa nossa capacidade de amar.
Comovente é registrar o amor de irmãos que se alonga no tempo. Irmãos
que se dedicam a outros irmãos.
Crianças que, mal começam a falar e dar conta de si próprias, expressam
extremos cuidados pelo irmão com necessidades especiais.
Algumas chegam a
dizer, com todas as palavras: Sempre vou cuidar de você!
E se o dizem, o fazem. Os fatos, todos os dias, nos trazem notícias de
irmãos dedicados. Irmãos que chegam a renunciar a suas próprias vidas para
atender aquele que necessita de atenção maior.
Mas, quando tudo isso começa? Qual o mistério desses laços tão fortes?
Aprendemos, na Doutrina Espírita, que viajamos através do tempo e das
tantas vidas, reencarnando vezes muitas nos mesmos círculos familiares.
Nem sempre com o mesmo parentesco, mas, próximos, de forma a irmos
exercitando o amor de pais, de irmãos, de primos, tios.
Repetimos experiências junto a amigos que se nos tornam verdadeiros
irmãos. Amigos com os quais convivemos na infância, atravessamos a adolescência
e prosseguimos na madureza dos anos.
Uma foto recentemente publicada na Internet nos demonstra essa realidade
do amor que antecede a vida física.
O casal americano Ian e Brittani Mcintire soube que seriam pais de dois
herdeiros, um menino e uma menina.
Mason, o menino, apresenta uma deficiência cardíaca e uma deformação no
cérebro.
Ele pesa somente duzentos e cinquenta e cinco gramas, enquanto a irmã
pesa um quilo.
Segundo as indicações médicas, a chance de sobrevivência de Mason seria
uma cirurgia cardíaca, inviável pelos problemas do cérebro.
A apreensiva situação ganhou uma tonalidade mais alegre, quando o
ultrassom mostrou o bebê segurando a mão de sua irmã, no útero materno.
A mãe emocionada
declarou: eu o carrego, mas a única que pode estar ali, com ele, é ela.
E o está segurando.
É reconfortante
saber que, haja o que houver, ele não estará sozinho.
* * *
Vendo a imagem, que se tornou viral na Internet, cogitamos do seu
significado profundo.
A irmãzinha, que o segura
pela mão, estará dizendo: Fique, lute não tema?
Estará passando energias revitalizadoras ao irmãozinho? Desejará que ele
nasça, e que possa estar ao seu lado?
De onde vêm essas almas, nos indagamos. Quantas vidas terão realizado
juntas?
Se decidiram serem gestadas juntas, bons motivos existem, com certeza.
Motivos que se perdem na curva do tempo e falam de uma afeição profunda.
Se Mason conseguirá vir à luz e sobreviver, somente Deus o sabe.
O que é certo é que o amor o sustenta, e lhe insufla ânimo.
O amor o fortifica e aguarda que a vida se concretize, no plano físico,
para prosseguirem juntos.
Doces mistérios do amor que se perpetua no tempo...
Redação do Momento
Espírita.
Em 26.4.2016.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO
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