sexta-feira, 29 de março de 2024

ATENDIMENTO OU APOIO FRATERNO.

 


ATENDIMENTO OU APOIO FRATERNO.

ÂMBITO DE AÇÃO:

 

O Centro Espírita deve procurar sempre criar condições para um eficiente atendimento a aqueles que o procuram com o propósito de obter esclarecimento, orientação, ajuda ou consolação. O Atendimento Fraterno é a concretização dessa recomendação, fundamentada no Evangelho, objetivando assistência individualizada aos que sofrem, através do diálogo espontâneo, confidencial e privativo. Trata-se de atividade também conhecida no Movimento Federação Espírita Brasileira.

“Coloca-se em primeira instância o consolo que é preciso oferecer aos que sofrem, e erguer a coragem dos caídos, arrancar um ser humano de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime”! Em Jesus temos o Atendente Fraterno perfeito que, além de ter ensinado às multidões, através de Seus inolvidáveis discursos, deixou-nos preciosas lições dialogadas, através das quais o Seu verbo de luz socorreu os indivíduos, cada um conforme a sua necessidade:

Libertando a todos, que se fizeram heróis no futuro. Se o Divino Mestre disse: “Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados”, também propôs: “Que vos ameis uns aos outros”. Isto como a dizer-nos assim: “Se estiverdes em condição, vinde diretamente a mim pelos caminhos formosos da oração”.

Atendimento Fraterno è uma Terapia do amor, onde a maioria daqueles que nos procuram, vão em busca justamente de orientações, de uma palavra amiga e outros. È um atendimento que atende a parte da violência, ódio, ciúme, ressentimento, amargura, suspeita, insatisfação, dentre outras muitas — respondem por incontáveis aflições que aturdem o ser humano. Alma encarnada, nela se encontram as matrizes do bem como do mal em que se compraz, dando campo ao seu desenvolvimento. Como efeito, as alegrias e as dores que se exteriorizam somente podem ser erradicadas quando trabalhadas nas suas raízes causais. Diria que toda decepção, doença sempre faz com que a pessoa venha a baixar a sua sintonia, fazendo com que o lado espiritual negativo venha e fomentar a sua situação. Os sofrimentos humanos de qualquer tipo são manifestações dos distúrbios profundos que remanescem no ser espiritual, desarticulando os sensores emocionais e a harmonia vibratória que vige nas células, o que faculta a instalação das enfermidades.

Por isso mesmo, a terapia do amor é de vital importância, envolvendo o paciente em confiança e ternura, ao mesmo tempo esclarecendo-o quanto à sua realidade e constituição espiritual. * O atendimento fraterno tem como objetivo primacial receber bem e orientar com segurança todos aqueles que o buscam. Não se propõe a resolver os desafios nem as dificuldades, eliminar as doenças nem os sofrimentos, mas propor ao cliente os meios hábeis para a própria recuperação. Pois quem cura na realidade, é Deus, Jesus e os nossos Mentores Espirituais, bem como o próprio enfermo. O Espiritismo ajuda na cura porque acaba conduzindo o ser para o lado positivo das coisas. E quando não ajuda da pelo menos o acalento para o ser, porque tem coisas que estão relacionadas com o carma da pessoa. E carma é carma, é a cruz que a pessoa tem que carregar.

O atendimento fraterno abre perspectivas novas e projeta luz naqueles que se debatem nos dédalos das aflições. Mediante conversação agradável, evitando-se atitudes de confessionário, o atendente fraternal deve saber desviar os temas que incidem nos vícios da queixa, da lamentação, da autopunição, demonstrando que o momento de libertação e paz está chegando, mas a ação para o êxito depende do próprio paciente, que deve iniciar, a partir desse momento, o processo de autoterapia.  Preparar-se bem, psicológica e doutrinariamente, faz-se imprescindível para o desempenho correto do mister a que o atendente fraterno deseja dedicar-se. Ao lado desses requisitos cabe-lhe desenvolver o sentimento de amor, embora se vigiando para evitar qualquer tipo de envolvimento emocional, jamais esquecendo a fraternidade gentil e caridosa como recurso hábil para a desincumbência da tarefa a que se propõe. O atendimento fraterno na Casa Espírita é de vital importância, para que todo aquele que lhe busque a ajuda, seja orientado com equilíbrio, guiando-o para o labor de auto iluminação.

 

A UTILIDADE DOUTRINÁRIA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO FRATERNO NA CASA ESPÍRITA:

É receber as pessoas, orientando-as quanto às possibilidades de que a Casa dispõe em forma de recursos que são colocados às ordens daqueles que vêm até ao núcleo de iluminação espiritual, encaminhando os que têm problemas para receberem as respostas pertinentes às suas necessidades e, por fim, fazendo o trabalho educativo e fraternal de bem conduzir todos aqueles que batem às portas da Instituição Espírita. É benéfico para as pessoas que recorrem à terapia dos passes.

O Atendimento Fraterno é uma psicoterapia que modifica a estrutura do problema no indivíduo que se acerca da Casa Espírita com idéias que não correspondem à realidade.

Atendimento Fraterno ponto de vista espiritista o requisito moral do indivíduo é relevante, imprescindível. Utilizamo-nos de um brocardo popular: “Diz-me quem és e eu te direi com quem andas; diz-me com quem andas e eu te direi quem és”. Ir a Deus através da prece é outra condição, pois se abrem os canais psíquicos para uma perfeita sintonia com o Mundo Espiritual que nos assiste no atendimento às criaturas da Terra. Além desses caracteres essenciais, além dos valores morais, é imprescindível o conhecimento da Doutrina Espírita. Não se pode propiciar um bom atendimento fraterno na Casa Espírita, sem que se conheça o Espiritismo, o que seria paradoxal, falando-se de uma coisa com a qual não se está identificado. O conhecimento amplo da Doutrina Espírita é um requisito que tem caráter primacial, porque a pessoa irá falar a respeito daquilo que é a essência da Doutrina a fim de que o cliente recém-chegado se inteire do que pode conseguir. Um bom tato psicológico é necessário. A capacidade de saber ouvir é valiosa, porque o cliente, normalmente, quer falar. Na maioria das vezes, não deseja ouvir respostas, quer “desabafar”, como muitos o afirmam, porque, na falta de uma resposta para o problema, ele necessita de alguém que o ouça.

 

O ATENDIMENTO FRATERNO NÃO É UM CONFESSIONÁRIO:

Como o próprio nome diz, é um encontro, no qual se atende fraternalmente àquele que tem qualquer tipo de carência. Com tato psicológico pode-se desviar, no momento oportuno, uma questão que seja inconveniente e interromper o cliente na hora própria, a fim de que não se alongue demasiadamente, gerando um “élan” de afinidades entre o terapeuta do atendimento e aquele que o busca, evitando produzir-se o que, às vezes, ocorre entre o psicoterapeuta convencional e o seu paciente. O atendente fraterno deve manter-se em condição não preferencial por pessoas, numa neutralidade dinâmica, como diria Joanna de Angelis, porque todos são iguais — diz a Justiça — perante a Lei. A todos, então, que tem problemas e nos buscam, deveremos atender com carinho, sem preferências, sem excepcionalidades e sem absorvermos o seu problema, para que ele não se torne um paciente nosso e não transfira todos os seus desafios para nossa residência. Diria tomar a dor da pessoa, seria o mesmo que abraçar a sua cruz que veria a somar com a nossa, que todos nós trazemos de encarnações passadas, e que fomos nós que a escolhemos. Com isso teríamos que carregar a nossa e a dele, e com isso arriaríamos. Em síntese diria, vamos dar as mãos, mas fiquemos com o resto do corpo.

 

COMO FAZER PARA AJUDA-LOS A DESVIAR DESSAS FIXAÇÕES:

Claro que seria difícil atendermos todas as pessoas que frequentam o nosso Centro. Dou como exemplo 100 pessoas, a não ser que tenhamos estrutura para isso. Eu sempre recomendo que tenhamos sempre dois tipos de passes: Um chamado de passe coletivo e outro individual. O coletivo é onde passam todas as pessoas, e la podemos fazer uma triagem, perguntando no termino destes passes, se tem alguém ainda não se sentindo bem. Estes sim deveriam ir para o passe individual para dialogo. Ou fazermos uma triagem quando as pessoas chegam como estão se sentindo, ou tem aqueles que procuram orientação junto a secretaria.

 

UM EXEMPLO COMO SE DEVE EXECUTAR O ATENDIMENTO:

Deixar, primeiro, que falem. O primeiro encontro é sempre muito difícil. A pessoa vem com muitas ideias que não correspondem à realidade; ou vem céptica, e fala com certa indiferença; ou vem fascinada pela hipótese de ter o problema resolvido no primeiro encontro. Então acha que pelo fato de estarem numa Casa Espírita, os seus problemas já não mais irá afligi-la. Essa pessoa, no momento em que começa a falar, deveremos deixá-la expor a sua dificuldade por alguns instantes ( de uma maneira sintética).

Tudo começa no pensamento. Toda vez que um pensamento for perturbador, substituamos por outro que seja positivo. Se a criatura disser: — Mas, eu não posso... Respondamos: — Querer é poder, pois nem tudo depende somente de Deus e Jesus. Cinquenta por cento é deles e outro é totalmente seu. O negócio é começar a pensar sempre de uma maneira positiva. Pois o pensamento positivo atraia a parte positiva, enquanto a negativa atrai a negativa.

A parte negativa só estará em contato conosco, se abrirmos a porta para eles.   Os bons Espíritos ajudam as pessoas de uma maneira mais fácil, se todo aquele aspirar oxigênio puro; já quem desce ao vale, onde existem pântanos e matéria em decomposição, mesmo que o não perceba impregna-se de miasmas.

 

QUANTO A NOSSA CASA ESPÍRITA:

Qualquer templo de fé religiosa é amparado pelos Espíritos bons e responsáveis pela casa, que têm ali a tarefa de preservar o nome de Deus, o Seu valor diante das almas e, no caso específico do Cristianismo, a presença de Jesus, que prometeu nunca nos deixar órfãos. Quando chegamos à Casa Espírita, as Entidades benevolentes e caridosas dispõem de Espíritos outros que se encarregam de vigiar, de proteger o recinto humano e o espiritual. Fazem programas, utilizando-se de Entidades com capacidades magnéticas para impedir a entrada de outras entidades perturbadoras, obsessoras, o que é patente em nossas Casas. A nossa Instituição tem as portas abertas a quem quer que seja, e todos somos testemunhas de que jamais aconteceu qualquer coisa desagradável, face à massa que a frequenta, e que pode trazer psicopatas, dependentes químicos de drogas, de álcool, desajustados, porque as defesas magnéticas estabelecidas, de alguma forma impedem-lhes a entrada, da mesma forma que as defesas espirituais impossibilitam a penetração de Espíritos perversos que, às vezes, estão acompanhando os seus hospedeiros. Eis porque, aí já começa a desobsessão... A presença dos bons Espíritos e o atendimento que fazem logo modifica a estrutura psíquica dos pacientes, afastando as Entidades malévolas que os irão aguardar à saída, fora dessas defesas magnéticas.

Atendimento Fraterno na Casa Espírita ou noutro templo de fé, mais particularmente quando nos encontramos em atendimento fraterno, os bons Espíritos estão acompanhando-nos, e percebendo a gravidade maior ou menor de nosso problema, removem aqueles Espíritos perturbadores e os trazem à doutrinação. Ocorre, com muita frequência entre nós, essa doutrinação sem a presença do paciente, o que é perfeitamente compreensível. Estar ali participando não é necessário para a sua recuperação, impondo-lhe assistência à reunião mediúnica. Desse modo, o Atendimento Fraterno também tem o caráter de desobsessão lúcida, porque o atendente funciona como doutrinador e o paciente como beneficiário.

 

 

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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