CAPÍTULO XIX. A FÉ QUE
TRANSPORTA MONTANHAS.
FÉ, MÃE DA ESPERANÇA E DA
CARIDADE.
Pois é, o irmão Jose, um Espírito Protetor, no ano
de 1.862, em Bordeaux, deixa-nos dito algo em torno da fé, onde diz que para ela ser proveitosa, ela deve
ser ativa; não podendo adormecer. Que ela é a Mãe de todas as virtudes que nos
conduzem a Deus, e que devemos velar atentamente pelo desenvolvimento das suas
próprias filhas.
Também
ressalta que a esperança e a caridade são uma consequência da fé. E que essas
três virtudes formam uma trindade inseparável. Também diz que não é a fé
que sustenta a esperança de se verem cumpridas as promessas do
Senhor; porque, se não tivermos fé, pergunta nos o que podemos esperar? E
pergunta-nos também, se não é a fé que nos dá o amor? E responde que, se não
tivermos fé, que reconhecimento teremos, e, por conseguinte, pergunta-nos que
amor é este?
Ressalta
mais uma vez, que a fé divina é inspiração de Deus, e que desperta todos os sentimentos
que conduzem o ser humano ao bem: que é à base da regeneração, mas que é necessário
que essa base seja forte e durável, pois se a menor dúvida puder abafa-la; e
pergunta-nos mais uma vez que será do edifício que construímos sobre ela? Que o
certo é que devemos erguer esse edifício, sobre alicerces inabaláveis. E que a
nossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos.
Diz
que a fé sincera é dominadora e contagiosa, e que se comunica aos que não a
possuem, e nem mesmo desejariam possuí-la; que ela encontra palavras
persuasivas, que penetram na alma, enquanto a fé aparente só tem palavras
sonoras, que produzem o frio e a indiferença a quem a escuta. E conclama-nos para
pregarmos pelo exemplo da nossa fé, para transmiti-la aos seres humanos. Também
que possamos dar exemplo das nossas obras, para que vejam o mérito da fé; e que
preguemos pela nossa inabalável esperança, para que vejam a confiança que
fortifica e estimula a enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Que tenhamos, portanto, a verdadeira
fé, na plenitude da sua beleza e da sua bondade, na sua pureza e na sua
racionalidade. Que não aceitemos a fé sem comprovação, essa filha cega da
cegueira. Que amemos Deus, mas que saibamos
por que o amamos. Que devemos crer nas suas promessas, mas sabendo por que
acreditamos nela. Que devemos seguir os conselhos dele, mas consciente dos fins
que nos propomos e dos meios que nos indicamos para atingi-los. Mais uma vez
nos concita a crer, e que esperemos sem desfalecimento; os milagres que são
produzidos pela fé.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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