Filhos com deficiência
A expectativa que
toma conta do período de gestação da mulher é tão especial e admissível que se
justifica a frustração ou a amargura que envolve tantos corações, quando
constatam que seus rebentos, ansiosamente aguardados, são portadores de
deficiência física ou mental ou a conjugação de ambas.
Compreensíveis a
dor e a surpresa que se alojam nas almas paternas, ao começarem a pensar nas
limitações e conflitos, agonias e enfermidades que acompanharão os seus filhos,
marcados, irremediavelmente, para toda uma existência de dependências e
limitações.
Quantos são os pais
que, colhidos no amor próprio, fogem da responsabilidade de cooperar com os
filhos debilitados!
Quantas são as mães
que, transformadas em estátuas de dor ou de revolta, abandonam os filhos à
própria sorte, relegando-os aos ventos do destino!
Entretanto,
levanta-se um enorme contingente de pais e de mães que, ao identificarem os
dramas em que se acham inseridos seus filhos, se enchem de ternura, de
dedicação, vendo nas limitações físicas ou mentais desses, oportunidades de
crescimento e enobrecida luta em prol do futuro feliz para todos.
O filho com
deficiência geralmente é alguém que retorna aos caminhos humanos, após
infelizes rotas de desrespeito à ordem geral da vida.
Os filhos lesados
por carências corporais ou psíquicas estão em processo de ressarcimento,
havendo deixado para trás, nas avenidas largas do livre-arbítrio, as marcas do
uso da exorbitância, da insubmissão ou da crueldade.
Costumeiramente, os
indivíduos que se valeram do brilho intelectual ou da sagacidade mental para
induzir ao erro; para destruir vidas no mundo; para infelicitar, intrigando e
maldizendo, reencarnam com os centros cerebrais lesados, em virtude de se
haverem atormentado com suas práticas inferiores, provocando processos de
desarranjo nas energias da alma, localizadas na zona da estrutura cerebral.
Não só intelectuais
degenerados renascem com limitações psicocerebrais, mas, também, os que
mergulharam nas valas suicidas, destroçando o cérebro e os seus núcleos
importantes, sob graves distúrbios, que deverão ser recompostos por meio da
reencarnação.
O despotismo
implacável pode gerar neuroses ou epilepsias;
O domínio cruel de
massas indefesas e desprotegidas pode produzir os mesmos efeitos.
Os homicídios
cruéis podem acarretar infortunados quadros epilépticos, produzindo sobre a
rede psiconeurose adulterações nas energias circulantes, provocando panes de
frequência variada, de caráter simples ou crônico.
Seus filhos com
deficiências podem estar em alguma dessas condições, necessitados da sua
compreensão e assistência, para que sejam capazes de superá-las, com resignação
e esforço íntimo, rumando para Deus, após atendidos os projetos redentores da
Divindade.
Ame seus
problematizados do corpo ou da mente, ou de ambos, cooperando com eles, com
muita paciência e com ternura, para que possam sair vitoriosos da expiação
terrena, avançando para mais altos voos no rumo do nosso Criador.
Forre-se de
carinho, de tranquilidade interior, vendo nesses filhos doentes as joias
abençoadas que o Pai confia às suas mãos para que as burile.
Por outro lado,
vale considerar que se você os tem nos braços ou sob a sua assistência e seus
cuidados, paternais ou maternais, é em razão dos seus envolvimentos e
compromissos com eles.
Você poderá tê-los
recebido por renúncia e elevado amor de sua parte.
Mas, pode ser que
você esteja diretamente ligado às causas que determinaram os dramas dos seus
filhos, cabendo-lhe não alimentar remorsos, mas, sim, auxiliá-los e
impulsioná-los para a própria recomposição, enquanto você, igualmente, avança
para o Criador.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. Filhos com deficiência, do livro
Nossas riquezas maiores, pelo Espírito Camilo, psicografia
de José Raul Teixeira, ed. Fráter.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 3, ed. Fep.
Em 04.05.2009.
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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