Quaresma e Páscoa na
Visão Espírita
A Quaresma é o tempo
litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas
protestantes marcam para preparar os seus fiéis para a grande festa da Páscoa,
sendo convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do
jejum, da caridade e da oração.
A Quaresma dura 40 dias, começando na quarta-feira de
cinzas e terminando no domingo de Ramos, onde ao
longo deste período, na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar
o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como “pretensos”
filhos de Deus.
Essa
também é uma época muito especial para o Plano Espiritual, onde a Espiritualidade está sempre atenta a todas as possibilidades
de ajuda, de resgate e de esclarecimento dos nossos irmãos desencarnados que
estão passando por momentos de “loucura”, “fuga de si mesmo”, “arrependimento”,
enfim, que estão estagiando nas trevas criadas por eles mesmos.
É essa oportunidade que o Plano Superior aproveita para poder resgatar
aqueles que tocados por esse período de penitência e meditação, se desvinculam
de seu sofrimento íntimo e rogam por socorro, pois são milhares de cristãos,
que nesse momento mudam a psicosfera do Plano Físico e Espiritual e tocam
aqueles que lhes são caros e que estão estagiando nas zonas umbralinas, sendo
esses últimos os mais beneficiados por esse recolhimento, porque eles ficam
mais suscetíveis aos socorristas de todas as horas.
É por esse e por vários outros motivos que toda religião ou crença tem
seu valor, sua necessidade de existir e todos estão certos dentro do que
acreditam.
E como o nosso Pai Maior não nos desampara em momento algum, a sua
misericórdia chega através das mãos daqueles que nos possam atingir.
A
CARIDADE É A ESSÊNCIA DE TUDO!
Devemos
ter sempre a fraternidade em nossos lábios e aproveitar a época oportuna e orar
pela humanidade.
Se já o fazemos, continuemos com nossas preces nos unindo agora aos
nossos irmãos de outras religiões para que o amor esteja sempre presente em
nossos corações.
“O
objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus
senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem
melhor, não atinge seu objetivo.”
A Páscoa não é comemorada na
Doutrina Espírita, ainda que acate os preceitos do Evangelho de
Jesus, o guia e modelo que Deus nos concedeu: “(…) Jesus representa o tipo da perfeição moral que a Humanidade
pode aspirar na Terra.
Contudo, é importante destacar: o Espiritismo respeita a Páscoa comemorada pelos judeus
e cristãos, e compartilha o valor do simbolismo representado, ainda que
apresente outras interpretações. A liberdade conquistada pelo povo judeu, ou a
de qualquer outro povo no Planeta, merece ser lembrada e celebrada.
Embora a páscoa tenha significados diferentes para judeus e católicos, a
celebração se tornou uma tradição para muitas culturas. No judaísmo, a páscoa
representa a libertação da escravidão dos egípcios, enquanto para os católicos
refere-se à ressurreição de Jesus após sua “morte” na cruz.
Ainda entre civilizações antigas, algumas festividades politeístas
relacionadas à chegada da primavera e à fertilidade foram incorporadas à
páscoa, daí o motivo pelo qual a figura do coelho foi associada à representação
da reprodução e preservação da espécie. Mas deixando de lado o apelo comercial
da data, e voltando ao seu verdadeiro sentido, há pontos que merecem ser
lembrados:
·
Analisando a simbologia católica
quanto à ressurreição do Cristo, para o espiritismo não é
possível voltar ao mesmo corpo físico após a morte, ou melhor, depois do
desencarne. O espírito sim é imortal, tendo
condições de se manifestar e retornar à matéria em um novo corpo, seguindo
o princípio da reencarnação como lei de evolução.
Foi essa manifestação em espírito, que aconteceu no caso da aparição de
Jesus aos seus discípulos, comprovando a continuidade da vida em outro plano.
·
No que diz respeito à libertação
conquistada pelo povo judeu, de acordo com a visão espírita,
pode ser interpretada de um ponto de vista mais abrangente, em relação à
renovação de ideias e atitudes, possibilitando o surgimento de
um novo homem como consequência da reforma intima.
Os próprios discípulos foram transformados pelos ensinamentos de Jesus,
e receberam uma grande comprovação de amor do Mestre, quando se manifestou em
espírito a esses seguidores, que tiveram um papel muito importante na
divulgação de seu Evangelho, provando que a vida continua além do túmulo e o
Cristo prosseguiria com seu trabalho de auxílio à Humanidade.
Como explica o pesquisador de religiões, Severino Celestino em um artigo
publicado no blog da Mundo Maior Editora: “No entendimento e ensinamentos da
Doutrina Espírita a Páscoa tem um conceito diferente daqueles que entendem
algumas religiões cristãs”.
·
Vale a pena comemorar a Páscoa,
buscando a conexão com o amigo Jesus, sintonizando sua presença dentro do
coração, não apenas nessa ocasião, mas todos os dias. Ele sempre estará atento
ao nosso chamado, guiando nossos passos.
O
AMIGO JESUS: O filósofo grego Aristóteles,
que viveu cerca de 300 anos antes de Cristo, trouxe uma das ideias mais belas
sobre felicidade que para ele é, na verdade, a busca
racional para se tornar um ser humano melhor, justo e bom.
·
A ressurreição do Cristo representa a
vitória sobre a morte do corpo físico, e anuncia, sem sombra de
dúvidas, a imortalidade e a sobrevivência do Espírito em outra dimensão da
vida.
Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na
sobrevivência para o triunfo da vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente
transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por
isso mesmo, atraiam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o
Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.
Os
espíritas, procuram comemorar a Páscoa todos os dias da existência, a
se traduzir no esforço perene de vivenciar a mensagem de Jesus.
DIVULGAÇÃO
DO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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