Adolescência
A adolescência é a fase da vida entre
a infância e a juventude.
A época se caracteriza por muitas
mudanças físicas e psicológicas. Transformações internas e externas.
A menina se vê transformada em
mulher, o menino percebe a barba a despontar, aparecem os pelos pelo corpo, a
voz engrossa.
Em ambos os sexos, uma intensa
atividade glandular, hormonal. Acentua-se a imitação e o grupo de amigos tende
a crescer em importância.
A parte intelectiva se apresenta
notável. A parte afetiva muito contraditória.
O adolescente apresenta insegurança.
Às vezes se mostra com ar de superioridade para os adultos, de outras, com
total dependência.
São anos difíceis para os jovens e
também para os pais, em especial àqueles que na infância não disciplinaram o
filho para receber alguns não.
É comum adolescentes de dezesseis
anos, mesmo sem carteira de habilitação, serem vistos a dirigir seu próprio
automóvel. Exigem que o pai lhes dê tudo o que desejam.
É a roupa da moda, os cd's em
evidência, carro, moto, combustível. Vivem a irrealidade. O que pedem,
conseguem.
Não importa que para isso os pais
necessitem redobrar as horas de trabalho profissional ou se privem de alguns
desejos e vontades.
E, ocorre que, se o adolescente for
habituado a ter tudo que solicita, terá dificuldades na escola. Dificilmente
aceitará uma nota mais baixa, uma reprimenda.
Se uma menina não lhe corresponder ao
anseio afetivo, registrará ele muita dificuldade para tal aceitar.
Os pais normalmente alegam que o
desrespeito, a irreverência, os abusos são da idade, que logo
passa, que é a fase crítica, esquecidos de que a educação e a
disciplina são de suma importância.
Adolescentes que saem para os
programas com amigos, sem horário específico de volta. Talvez pela madrugada.
Quiçá embriagados. Alguns, para evitarem dissabores de faltar dinheiro na hora
de pagar a conta, já dispõem do seu cartão de crédito. Naturalmente, debitado à
conta do pai.
Desrespeito que vai ao ponto de
dizerem aos pais que estão por fora, são caretas, não se cansam de pagar
o mico.
Será esse o relacionamento com
liberdade que se idealiza? Que seres estamos formando para a sociedade?
De um modo geral, essas situações
ocorrem porque, desde a infância, a criança não teve limites, não foi educada.
* * *
É importante que no lar cada qual
tenha sua tarefa a executar, a atender. Que desde cedo se ensine à criança que
nem tudo lhe é permitido.
Que só quem se esforça e realiza a
sua parte tem direitos adquiridos. Não é exatamente essa a relação entre
trabalho, produtividade e salário?
Se estamos vivendo a fase dos filhos
adolescentes e reconhecemos a falta de controle, não esperemos o amanhã.
Comecemos hoje a estabelecer as novas
normas. Com certeza, se na infância não nos preocupamos em passar os valores do
respeito, da responsabilidade, tudo será mais difícil.
Impossível não. O jovem é também
suscetível, sensível e justo.
O melhor é começar com uma longa
conversa com os filhos. Uma reunião em que possamos expor as modificações que
serão introduzidas na vida familiar.
Não esperemos uma aceitação passiva e
total. Eles verão as medidas como retaliações, autoritarismo.
Por isso mesmo devemos estar muito
seguros, firmes quanto ao que desejamos para nossos filhos.
Pode também acontecer que as mudanças
ocorram melhor do que se imagina. Os jovens têm capacidade de analisar novas
propostas, desde que apresentadas de forma coerente.
É bom pensar que muitas vezes
brigamos, discutimos por bobagens, coisas sem importância. Simplesmente porque
nos incomodam. São os cabelos longos, o brinco na orelha, tênis sujos. em
contrapartida, nos descuidamos de aspectos reais da educação. Aqueles em que
deveríamos intervir, para o bem dos nossos filhos e da sociedade em que
vivemos.
* * *
A primeira visão acerca do que
chamamos adolescência só teve lugar no século XVIII. A consciência da
adolescência tornou-se um fenômeno generalizado só depois do final da Primeira
Guerra Mundial.
Até o final do século XIX, a vida,
mesmo nos países mais adiantados do mundo, era bem diferente da atual.
Meninas com onze anos eram enviadas
para empregos como domésticas. Os meninos para as fazendas, fábricas ou minas.
Ia-se da infância à fase adulta de um salto. Considere-se que a expectativa de
vida era de menos de trinta anos, então.
Redação do Momento Espírita, com base
no cap. Os
laços que unem, do livro Uma
vida para seu filho - Pais bons o
bastante, de Bruno Bettelheim, ed.
Campus.
Em 28.12.201
MENSAGEM
DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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