MOMENTO ESPÍRITA.
FACES DA CARIDADE.
Corria o ano de 1973. A inglesa Sue Westhead tinha vinte e cinco anos quando foi diagnosticada com insuficiência
renal.
A única maneira de sobreviver era receber um transplante de rim.
Sua mãe, que
contava à época cinquenta e sete anos, não hesitou em oferecer o seu rim à
filha. A operação ocorreu no Hospital Royal Victoria, em
Newcastle, Inglaterra.
Imediatamente,
recuperei um aspecto saudável e a cor de pele rosada, recorda a
britânica Sue.
Todavia, as perspectivas médicas eram pouco otimistas. As técnicas de
transplante ainda não eram tão sofisticadas quanto hoje e aquele era um rim de
mais de meio século.
Entretanto, Sue desafiou todas as previsões médicas sobre a duração do
órgão e acerca da vida que teria após o transplante.
Atualmente, com sessenta e oito anos, Sue vive no condado de Durham, no
norte da Inglaterra.
Embora há muitos anos tome medicação que evita rejeição ao órgão
transplantado, tem uma excelente saúde.
O rim que sua mãe lhe cedeu conta mais de cem anos
A britânica afirma crer que a sua longevidade pode ser atribuída, além
da excelente saúde de sua mãe, ao amor através do qual, prontamente, ela lhe
ofertou o órgão saudável.
Lembro que, naquela
época, pensei: Se eu viver por mais cinco anos, serei feliz. Isso foi há
quarenta e três anos e o meu rim completará cento e um anos, em novembro de
2016. Estou viva graças à minha mãe, que me deu a vida por duas vezes,
comemora Sue.
* * *
Em nosso meio, somos muitos os que doamos alimentos, ajudamos entidades
assistenciais, ocupamo-nos com trabalhos voluntários.
É certo que esses são gestos de caridade, que é o amor em ação.
Todavia, trata-se apenas de algumas das faces da caridade.
Antes de colocarmos nossas mãos a serviço dos que caminham conosco,
alimentando-os, vestindo-os, coloquemos o nosso Espírito com disposição ao
perdão, à luta por vencermos nossas más tendências, à conquista da fé.
Dessa forma, iluminamos os gestos de caridade material que devem
acontecer como consequência da caridade moral que praticamos para nós mesmos e
para o próximo.
Caridade é doação, desprendimento. Quando nos doamos, de forma integral,
a nossa ação é de caridade.
Quando pensamos antes no outro do que em nós mesmos, isso é o verdadeiro
amor em ação. É a face radiosa da caridade.
* * *
Nobre é providenciar o pão aos esfomeados. Contudo, precisamos verificar
se esses mesmos não sentem fome de perdão, de humildade, de busca pela verdade.
Portanto, ofertemos o pão e o agasalho. Também nosso tempo, o auxílio,
com nosso próprio coração.
Assim, de um prato de comida até o órgão que, porventura, destinarmos
àquele que dele necessita, estaremos vivendo no amor, para o amor e
distribuindo amor aos que nos cercam.
Esse amor doação é
a expressão mais pura da caridade. É ela que nos faz ser luz do mundo e
sal da terra, conforme prescreveu o Sábio Jesus.
Pensemos nisso.
Façamos isso.
Redação do Momento
Espírita, com base em
dados biográficos de Sue Westhead.
Em 28.10.2016.
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PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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