quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A VOCAÇÃO E O AMOR AO TRABALHO.

A vocação e o amor ao trabalho


Vanessa é médica e, há alguns meses, diante de uma situação de tragédia que se abateu em uma região do país, decidiu se voluntariar para atender, por alguns dias, em uma das cidades afetadas.
Apesar de realizar rotineiramente um trabalho voluntário, não o fazia como médica, e essa oportunidade a fez pensar que poderia ajudar muito. Poderia fazer de sua profissão um verdadeiro ato de amor.
Chegando lá, ela e outros profissionais do mesmo grupo começaram imediatamente a atender em um posto de saúde. A necessidade era grande e a vontade de ajudar ainda maior.
No segundo dia o posto de saúde estava cheio. As filas eram enormes. Vanessa atendia a todos com muita atenção e carinho. No final da manhã, ao chamar uma paciente, teve uma surpresa.
A senhora entrou, sentou-se e disse: Doutora, preciso lhe contar algo, pois acho que estão cometendo uma injustiça lá na fila. Estão reclamando que a senhora atende muito devagar, e muita gente tem pressa.
Mas a paciente continuou dizendo que queria ser atendida pela senhora, pois é bom ter  um médico que escute a gente, que examine direito e que receite direito.
A voluntária sorriu e respondeu que uma consulta bem feita leva algum tempo, e que sua obrigação era dedicar-se aos pacientes. Dito isto iniciou a consulta com atenção e carinho para evitar erros.
Durante dias, Vanessa lembrou constantemente daquela paciente e do que ela dissera. Não se ofendera, pois sabia que a imagem que se tem de muitas profissões é, na verdade, uma consequência da atitude de alguns profissionais.
Lembrava que, desde criança, desejava ser médica e que não mediu esforços em seus estudos para atingir sua meta. Amava sua profissão e a exercia com amor. Possuía uma situação material estável, mas trabalhava muito.
A medicina fora, para ela, uma vocação e não uma escolha profissional baseada em possíveis ganhos materiais ou no status social.
Conhecia, no entanto, alguns colegas para os quais os pacientes eram somente clientes e o ganho em dinheiro superava qualquer amor pela tarefa. Não se admirava ao ver tantos pacientes descontentes.
*  *  *
O trabalho é qualquer ocupação útil, seja ela física, ou intelectual. O trabalho faz parte das Leis da natureza às quais o ser humano está sujeito.
Muitas pessoas abraçam um trabalho sem ser o que realmente querem, sem ser aquele para o qual sentem que são chamados, devido a necessidades materiais. Mesmo nessas circunstâncias a dedicação deve vigorar.
Frequentemente, pessoas que obtêm sustento de uma ocupação que não corresponda ao seu desejo, estudam e se preparam para, um dia, seguirem sua real vocação.
Todas as profissões estão inseridas na sociedade para um determinado fim. Obviamente que o sustento material é importante para o profissional, pois dá a ele condições de viver dignamente, de progredir, de sustentar a família.
Dedique-se verdadeiramente ao seu trabalho. Mesmo que deseje exercer outra que não seja sua atual profissão, agradeça a oportunidade que lhe é dada quando há tantos que desejariam seu lugar.
Se almeja mudar, busque merecer. Estude, especialize-se e não desista. Mas nunca deixe de se dedicar ao que faz.
Lembre-se do Mestre Jesus, que sempre soube qual era Sua missão na Terra, mas, durante muitos anos exerceu o ofício da carpintaria, com amor e resignação.
Redação do Momento Espírita com base em fato e no cap. 11 
do livro Estudos Espíritas, pelo Espírito Joanna de Angelis, 
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Feb.
Em 11.09.2009.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

TATO DE MÃE.

Tato de mãe

Um menino, com um breve poe minha à mão, entrou correndo pela porta do quarto dos pais, ansioso para que o lessem.
Encontrou os pais numa discussão acirrada a respeito de um tema que desconhecia.
À maneira que só as crianças conseguem fazer, ficou ali, ao lado, quase invisível, tentando ser escutado.
Pai, mãe, olha o que escrevi!
Repetiu esse acalanto algumas vezes, falando cada vez mais alto, tornando a balbúrdia no aposento quase insuportável.
Ninguém se entendia e todos queriam ser ouvidos.
Repentinamente, o pai, já sem paciência, tomou a folha de papel das mãos do filho, amassou com força e disse: Já não expliquei que agora não posso?
Atirou o papelote na lixeira mais próxima, o que deixou o filho sem chão e repleto de lágrimas.
Mais tarde, a mãe, que não havia ficado satisfeita com a cena presenciada e se enchia de compaixão, procurou o menino.
Ela carregava na mão esquerda uma folha de papel enrugada. Tinha a expressão emocionada e condoída.
Filho... Foi você quem escreveu este poema?
O menino, que ainda estava cabisbaixo, apenas acenou com a cabeça que sim.
Que coisa mais linda! Você é um poeta, meu filho! Você é um poeta! - E abraçou, carinhosamente, a criança.
A partir daquele diadiz a história desse menino, ele resolveu definitivamente ser poeta.
O relato é do próprio autor que conta que, se não fosse pela destreza e tato de sua mãe, possivelmente não se dedicaria à poesia.
Assim, graças à sensibilidade daquela mulher, o mundo pôde conhecer a arte e inspiração de Pablo Neruda.
*   *   *
O tato é essa capacidade que temos, ou não, de lidar com situações delicadas.
Saber dizer as coisas certas na hora certa. Saber calar. Saber abraçar e chorar junto.
Para se ter tato faz-se necessário desenvolver a empatia, essa capacidade sublime de colocar-se no sentimento do outro.
A amorosidade também faz parte da conquista do tato, pois tudo aquilo que é dito com amor, com carinho, tem muito mais chance de ser bem recebido pelo outro.
Ficamos a pensar quantos Neruda deixamos de conhecer no mundo, pela simples falta de tato de pais e educadores, que não promoveram o incentivo necessário ou que simplesmente abafaram, silenciaram talentos tão importantes.
Assim, olhemos nossas crianças com atenção. Operemos sempre com muito tato, psicologia, em tudo que façamos, falemos ou deixemos de falar a eles.
Nem sempre serão grandes talentos ou gênios.
Porém, um incentivo aqui, um elogio ali são os responsáveis primeiros pela formação de uma boa autoestima.
Tratemos o lar como a terra que necessita estar sempre fértil preparada para receber as mudas da filiação bendita, que Deus nos dá como presente e responsabilidade.

Redação do Momento Espírita.
Em  27.08.2012.

MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

QUANDO A IDADE AVANÇA

Quando a idade avança

Passamos pela rua e observamos o casal de idosos parado em frente ao posto móvel policial.
Os dois policiais jovens sorriam e respondiam, cordialmente, às questões do senhor e da senhora, ambos de cabeças totalmente nevadas.
O casal não estava ali para reclamar de coisa alguma. Somente desejava estabelecer um diálogo, conversar. Sozinhos, sem ter com quem trocar ideias, em verdade, dialogam com quem quer que lhes possa dar atenção.
Afinal, os filhos, tendo constituído sua própria família, estão distantes. Os amigos partiram quase todos para o mundo do grande Além.
Então, eles puxam conversa com o caixa do supermercado, no ponto de ônibus, na fila do banco, no posto de saúde.
E contam o que aconteceu no dia anterior, o pequeno acidente que quase os fez cair ao solo, os lances do último capítulo da novela, as notícias ouvidas no rádio, há pouco.
Há quem seja gentil e os ouça. Até responda, demonstrando interesse. Mas, nem todos...
Não pudemos nos furtar a tecer um paralelo, lembrando das crianças que saem a passeio e vão cumprimentando quem encontrem pelas ruas.
E insistem no cumprimento até receberem um retorno.  Acenam com a mão, mandam beijos...
É comum acharmos graça, sorrirmos, e devolvermos os cumprimentos.
Difícil não nos encantarmos com a fala delas, que mais parece uma cachoeira despencando pela montanha abaixo.
Isso porque elas desandam a falar sem controle, misturando a narração da história que ouviram na escolinha com os personagens do desenho animado que assistiram, acrescentando ainda seus próprios comentários.
Contam o presente que esperam ganhar no aniversário, a festa que terão com seus amiguinhos.
Por vezes, nem entendemos o todo da fala, mas sorrimos e nos esforçamos para dar uma resposta, fazer um comentário, que não pareça tolo para esses pequenos, que têm uma lógica própria.
E nos encantamos com eles. Crianças, joias de luz espalhadas pela Terra. Raios de sol brilhando nas nossas vidas.
*   *   *
Não é estranho que tenhamos tanta boa vontade com a criança e manifestemos enfado com o idoso?
Se atentarmos bem, ambos fazem a mesma coisa, têm a mesma atitude.
Seria interessante que trabalhássemos nossa emoção.
Por que agimos de maneira tão diferente?
A criança é o botão que desabrocha. O idoso é a flor que murchará, logo mais, se não receber a água da ternura, o ar do afago, o sol da compreensão.
A criança necessita de estímulos para se desenvolver. O idoso necessita de atenção para prosseguir a viver, para ter reabastecido o seu bom ânimo.
Olhemos a criança, contemplando o futuro, pensando no amanhã.
Contemplemos o idoso, recordando a semeadura do ontem, o quanto produziu, contribuiu, ao longo dos anos, para a sociedade, para o mundo e o reverenciemos, no hoje.
Ontem eles nos afagaram nos atenderam nos ouviram as mil tolices da infância, os queixumes da adolescência. Cabe-nos retribuir um pouco que seja.
Pensemos: se a morte não resolver nos visitar com antecedência, haveremos de chegar lá, um dia.
E, da mesma forma, ansiaremos por quem nos dê atenção, nos ouça, tenha atitude de quem se importa.
Semeemos para colher.
Redação do Momento Espírita.
Em 2.5.2017.


MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

domingo, 26 de novembro de 2017

QUANDO A MORTE CHEGA

Quando a morte chega

Quando a morte chega, com sua face negra e leva consigo um dos nossos amores, o coração se parte.
É tão grande a dor que parece que o ar nos falta, que o mundo perdeu para sempre o colorido. E nada há, ao nosso redor, que nos interesse.
Que importam nossas posses, compromissos, honrarias? Que importa a festa programada com tanto zelo e antecedência?
Nosso mais precioso tesouro foi arrebatado. Não mais ouviremos sua voz, nem a cristalina cascata do seu riso.
Em vão nossos braços tentarão abraçar-lhe a silhueta, que se foi para os campos da Espiritualidade.
No entanto, a dor que parece destroçar-nos o ser, não nos mata. Prosseguimos vivendo.
A madrugada rompe as trevas e o sol se apresenta, com seu carro de ouro, cavalgando a luminosidade extraordinária do dia.
Os pássaros cantam nas ramadas. O joão-de-barro anda pelo jardim, à cata de alimento e material para sua casa, no alto da árvore.
O vento passa sibilante, arrancando as folhas do arvoredo e atapetando o chão com flores coloridas, colhidas dos galhos generosos.
Tudo continua. As pessoas vão ao trabalho, enfrentam o trânsito, comparecem aos bancos escolares, discutem, vivem.
Mas, aquele pai, de pouco mais de cinquenta anos, desesperou-se quando a filha Anna Laura morreu em um acidente.
Tudo foi tão rápido, tão brusco, tão inesperado. Quem, afinal, em sã consciência, cogita algum dia, que sua filha poderá lhe ser arrebatada dos braços em um infeliz acidente?
Contudo, ele e a esposa optaram por homenagear a filha querida, perpetuando-lhe a memória no tempo, para si e para muitas outras pessoas.
Tiveram a ideia e criaram parques para crianças com mobilidade reduzida e/ou alterações sensoriais e intelectuais.
O processo de lidar com a perda se tornou menos difícil a partir desse momento.
Se a dor diminuiu? Sim, diz o pai. A sensação de ajudar ao próximo é de prazer e isso acaba diminuindo a dor e ajudando na superação do acontecimento, proporcionando conforto e vontade de viver.
Ele compara a morte da filha a uma batalha perdida. Mas a vida continua, complementa Cláudia, a mãe.
Assim, Anna Laura vive nas homenagens que beneficiam a muitas crianças e seus pais.
*   *   *
Quando saímos de nós mesmos e nos interessamos pelo próximo, atraímos para nós atenções espirituais, que nos sustentam ante dores profundas.
O amor de Deus, que se multiplica no mundo, graças às nossas mãos, nos beneficia, em primeiro lugar, porque o bem faz bem, primeiramente, a quem o pratica.
Exatamente como quando, em plena escuridão, se acende um fósforo ou um lampião, somos os primeiros a recebermos a luz, a nos iluminarmos.
E, para quem partiu ter sua lembrança associada a benefícios a terceiros, traz igualmente recompensa. Toda vez que alguém, agradecido, ergue sua alma em prece, pelo bem recebido, alcança aquele que indiretamente se tornou o agente disso tudo.
É uma doce forma de perpetuar a memória de quem se ama.
E, sim, há muitas formas de se superar a própria dor. Amar o próximo e importar-se com ele, dedicar-se a quem tem carências de qualquer ordem, é, com certeza, uma das mais belas formas de superação.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo 
Do desafio à superação, de Willian Bressan,
do Jornal Gazeta do Povo, de 20.9.2015.
Em 1.2.2016.

Mensagem divulgada pelo médium Getulio Pacheco quadrado.

sábado, 25 de novembro de 2017

VALE A PENA SER MÃE.


 Vale a pena ser mãe
Ela era jovem e cheia de sonhos. Quando a gravidez se confirmou, vibrou de felicidade.
Ela era amada, tinha um lar, e agora um filhinho viria brindar com mais alegrias a sua vida.
Idealizou, junto com o marido, como seria aquele bebê que se formava, em sua intimidade.
Passou a olhar vitrines com mais atenção. Vitrines com roupas de bebê, carrinhos, berço, enfim tudo que pudesse compor um quartinho especial para o amor do seu amor.
Algo, contudo, viria empanar a sua felicidade e colocar cores escuras em seus sonhos.
Em um dos exames preliminares, foi-lhe dito que seu bebê apresentava uma dificuldade. Em verdade, uma séria dificuldade.
Ele era anencéfalo. Não tinha cérebro. A orientação foi que ela abortasse.
Adriana chorou muito. Seu marido também. Diante da possibilidade de abortar, ela hesitou, mesmo sabendo que o bebê não viveria senão algumas horas, depois do parto.
Aquela mulher, que acreditava na imortalidade da alma, nas vidas sucessivas, nos objetivos da reencarnação, tomou uma decisão.
Ela não abortaria. Seu bebê viveria o mais possível, a depender da sua disposição e coragem. E se assim decidiu, seu marido a apoiou.
Foram noites de muitas lágrimas. Noites de incertezas, de dúvidas, de pesar.
Afinal, eles desejavam tanto um bebê, um filho para amar, acarinhar, ver crescer.
E seu filhinho não viveria para isso.
Surpreendentemente, dois meses depois desse diagnóstico, um novo exame revelou algo diferente: seu bebê não era anencéfalo.
O ultrassom detectou o cérebro e apontou que o problema do feto era o não fechamento neural. Um problema que poderia ser corrigido cirurgicamente.
Adriana deixou que as lágrimas lhe lavassem as faces e a alma. Foi um alívio momentâneo, porque logo depois veio o outro diagnóstico.
A sua filhinha era portadora de uma cardiopatia.
Sim, um procedimento cirúrgico poderia resolver.
Assim, a jovem grávida foi encaminhada para um hospital e recebeu acompanhamento médico até o final da gravidez.
Rafaela nasceu no dia 1º de janeiro de 2005. Era como se desejasse anunciar um novo ano com sua presença.
Nasceu no mesmo dia e no mesmo horário que seu pai nascera.
Era um presente maravilhoso, consideraram os pais.
É a própria Adriana que conta, com palavras emocionadas: Fizemos de tudo para que ela sobrevivesse.
E tudo aconteceu da melhor forma.
Rafaela ficou no hospital. Só meu marido e eu podíamos entrar para vê-la.
E a cada vez que a visitávamos, fui percebendo que aqueles eram momentos só nossos, para conhecê-la.
Rafaela faleceu no dia 17 de janeiro.
E de tudo isso aprendi que o amor é o mais importante. Se realmente o diagnóstico mudou, porque mudou, não sei.
O que sei é que valeu cada minuto ao lado de minha filha.
Hoje, que os dias já acalmaram a dor da separação, tenho sonhado com minha filhinha.
Ela me parece uma criança feliz e agradecida por tudo que passou.
E eu, eu agradeço a Deus a oportunidade de ser mãe de Rafaela.
Minha mensagem a todas as mulheres é que não desistam de ser mães, acima de tudo.
Pois ser mãe sempre vale a pena!

 Redação do Momento Espírita, com base em fato, remetido pelo
Dr. Laércio Furlan, da AME-PR.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 18, ed. FEP.
Em 8.8.2013.

MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM EGTULIO PACHECO QUADRADO

O TEATRO DA VIDA

O teatro da vida

A vida na Terra pode ser comparada a um imenso teatro, e as pessoas, nas suas diferentes vivências, grandes atores.
Neste palco colorido e cheio de emoções, ora esbarramos em personagens muito bonitas e cheias de charme; ora nos deparamos com cabeças coroadas a esbanjar seu orgulho.
Ora com o sábio observador, com o tolo indiferente e até mesmo, com o feio a se esgueirar; ora nos vemos à frente de palhaços brincalhões e de figuras carismáticas a se apresentarem como lhes convêm.
No final da peça que vivenciamos, acabamos percebendo que todos partilhamos os mesmos vestuários.
Quando os aplausos cessam, tanto uns como outros, dividimos o mesmo camarim.
Somos todos os verdadeiros atores dos dramas representados no grande palco.
O teatro da vida não conta com muito tempo de ensaio para a sua apresentação.
Cada qual vem com seu papel previamente planejado, podendo facilitar ou complicar durante a representação.
Há atores que, tendo recebido simples papéis, acabam se dedicando tanto que roubam a cena, deixando marcas que servem de exemplo para os demais.
Outros pedem grandes performances, mas o desânimo e a preguiça os fazem desmerecer o posto almejado, tendo que esperar por nova programação.
*   *   *
Assim acontece com cada um de nós, seres humanos, neste mundo.
Nosso palco é a Terra, a peça em que atuamos a presente reencarnação, nossos companheiros de palco, os nossos familiares.
Se dentro da mesma cena os atores não apresentarem bom desempenho com relação à amizade, ao respeito e à participação positiva de todos, a cena se esfumaça, e o sentido real do ato deixa de existir.
Nossa plateia é a Humanidade, com suas preferências, seus padrões e seus preconceitos.
Se não nos revestirmos de respeito às diferenças, de carinhosa atenção aos demais, não teremos aceitação e êxito.
Todos nos vestimos do corpo carnal e dividimos o mesmo camarim das experiências comuns.
Todos almejamos os aplausos do sucesso, mas nem todos nos esforçamos o suficiente para merecê-los.
Da mesma forma, perdemos oportunidades e ficamos à espera de novas chances para refazer, para recomeçar.
Sejamos pois, a alma sedenta de bom desempenho, que se tranquilizará após nobre atuação, sem ficar a exigir os principais papéis.
Abençoemos o cansaço de cada dia, sem escolher leito sofisticado, mas que possamos descansar em qualquer banco do caminho, fazendo dele um castelo de paz.
Bendito seja o suor do trabalho árduo, a dor das mãos calejadas que dão mostras de ocupação valiosa, que não nos permite a mente vazia.
Mantenhamos o silêncio construtivo ao palavrório sem conteúdo.
Valorizemos o riso que embeleza a face sóbria de uma vida enriquecida de amor.
Bem-vindas as muitas perguntas rumo à sabedoria, as muitas buscas de oportunidades, que nos farão mais esclarecidos e realizados.
Abençoadas sejam as declarações de amor e amizade que colorirem nossos caminhos.
Benditos os dias que pudermos tropeçar cair e nos erguermos, abraçados à poesia da vida, desejosos de emocionar até o último ato.
Redação do Momento Espírita.
Em 14.9.2016.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADR