O LIVRO A
GÊNESE. FORMAÇÃO PRIMÁRIA DOS SERES VIVOS.
Tempo houve em que não existiam animais; logo,
eles tiveram começo. Cada espécie foi aparecendo, à proporção que o globo
adquiria as condições necessárias à existência delas. Isto é positivo. Como se
formaram os primeiros indivíduos de cada espécie? Compreende-se que, existindo
um primeiro casal, os indivíduos se multiplicaram. Mas, esse primeiro casal,
donde saiu? É um desses mistérios que entendem com o princípio das coisas e
sobre os quais apenas se podem formular hipóteses. A Ciência ainda não pode
resolver o problema; pode, entretanto, pelo menos, encaminhá-lo para a solução.
É esta a questão primordial que se apresenta:
cada espécie animal saiu de um casal primitivo ou de muitos casais criados, ou,
se o preferirem, germinados simultaneamente em diversos lugares? Esta última
suposição é a mais provável. Pode-se mesmo dizer que ressalta da observação.
Com efeito, o estudo das camadas geológicas atesta, nos terrenos de idêntica
formação, e em proporções enormes, a presença das mesmas espécies em pontos do
globo muito afastados uns dos outros. Essa multiplicação tão generalizada e, de
certo modo, contemporânea, fora impossível com um único tipo primitivo. Doutro
lado, a vida de um indivíduo, sobretudo de um indivíduo nascente, está sujeita
a tantas vicissitudes, que toda uma criação poderia ficar comprometida, sem a
pluralidade dos tipos, o que implicaria uma imprevidência inadmissível da parte
do Criador supremo. Aliás, se, num ponto, um tipo se pode formar, em muitos
outros pontos ele se poderia formar igualmente, por efeito da mesma causa.
Tudo, pois, concorre a provar que houve criação simultânea e múltipla dos
primeiros casais de cada espécie animal e vegetal.
A formação dos primeiros seres vivos se pode
deduzir, por analogia, da mesma lei em virtude da qual se formaram e formam
todos os dias os corpos inorgânicos. À medida que se aprofunda o estudo das
leis da natureza, as engrenagens que, de início, pareciam tão complicadas se
vão simplificando e confundindo na grande lei de unidade que preside a toda a
obra da criação. Isso se compreenderá melhor, quando estiver compreendida a
formação dos corpos inorgânicos, que é o degrau primário daquela outra.
A Química considera elementares umas tantas
substâncias, como o oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono, o cloro, o
iodo, o flúor, o enxofre, o fósforo e todos os metais. Combinando-se, elas
formam os corpos compostos: os óxidos, os ácidos, os álcalis, os sais e as
inúmeras variedades que resultam da combinação destes. A combinação de dois
corpos para formar um terceiro exige especial concurso de circunstâncias: seja
um determinado grau de calor, de sequidão, ou de umidade; seja o movimento ou o
repouso; seja uma corrente elétrica etc. Se essas circunstâncias não se
verificarem, a combinação não se operará. N.E.: Segundo Charles Darwin
[1809–1882, naturalista britânico, autor de Sobre a origem das espécies por
meio da seleção natural (1859)], as espécies teriam evoluído pelo processo de
seleção natural, ou seja, os indivíduos mais aptos a sobreviver em um
determinado ambiente, apresentam mais probabilidade de gerar uma prole que
herde suas características genéticas, que por sua vez sofrem imperceptíveis
mutações genéticas de geração em geração. Ao longo de séculos, o acúmulo de
pequenas mutações genéticas acaba resultando em grandes modificações e
aperfeiçoamentos se compararmos com a primeira geração daquela espécie, podendo
surgir até novas espécies, bem diversas da primeira. A teoria mais aceita
atualmente é, então, a de que todas as espécies do planeta estão de alguma
forma interligadas, das mais simples às mais complexas. Gênese orgânica 169.
DO LIVRO A GÊNSE.
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