quinta-feira, 30 de maio de 2019

A DOR.


A DOR
Vem a ser o ponto do equilíbrio e da educação no ser humano, fazendo vibrar a alma, e inspirando a nobreza dos sentimentos, e a intensidade da emoção. Dizemos isso porque, é através dela que o ser acaba descobrindo o quanto ele era feliz sem a dor.
É na dor que acabam se sobressaindo os cânticos da alma, porque ela acaba atingindo as profundezas do ser, onde sobressai a elevação da alma até ao criador, e a pessoa através de seus brados de apelos acabam comovendo e arrastando multidões. É nesse momento que o ser humano levanta sua cabeça e lembra-se de Deus, pedindo ajuda.
É pela dor que o elemento mede o quanto é necessário ter um corpo são, porque ele vem a ser a casa do Espirito, e para ser um Espírito são, também precisa ter este também são.
É pela dor que certos Espíritos se consagram, aonde através dela que chegam à virtude completa, e com a glória imperecível.
A dor vem a ser um meio pela qual a Providência Divina se utiliza para chamar o indivíduo aos olhos da razão, para fazer com que este chegue mais rápido a felicidade Espiritual, e duradoura.
É pela dor que acaba corrigindo o indivíduo a educar-se e a melhorar-se, para se tornar mais dóceis, para se purificar e embelezar a sua alma.
Para aqueles que perguntam por existe a dor, a Sabedoria Divina informa que serve para polir a sua alma, porque é através dela que acabam valorizando o quando eram felizes, tendo saúde, tanto material como Espiritual.
A dor física vem a ser um aviso da natureza que procura preservar o ser dos excessos, porque sem ela o elemento abusaria de seus órgãos até ao ponto de destruir-se antes do tempo.
Quando a dor se vai insinuando no ser, ela serve como alerta para a pessoa verificar se ela invadisse cada vez mais, terminando por secar a fonte da vida.
E para que possa haver o crescimento, a dor se faz presente.
MENSAGEM ESCRITA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO
Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com

quarta-feira, 29 de maio de 2019

DEUS O NOSSO PAI.


DEUS O NOSSO PAI.
O Espiritismo ou a Doutrina Espírita para muitas pessoas que ainda não a entendem, ou seja, para aquelas pessoas que nunca adentraram num centro espírita, é um mistério. Uma das dúvidas que mais permeiam a imaginação dos leigos é: O espiritismo admite a existência de Deus? Se acreditam, então quem é Deus segundo o Espiritismo?
O espiritismo admite a existência de Deus?
Sim! O Espiritismo e os espíritas acreditam em Deus. Além disso, a crença do espiritismo em Deus tenta ser o mais racional possível para que não se tome conclusões baseadas nas crenças e misticismos antigos.
Na antiguidade tinha-se a visão de que Deus era esse ser supremo que castigava e, por muitas vezes, maltratava aqueles que caiam no erro. Não raro vemos ainda legiões de pessoas ainda carregando os mesmos pensamentos a cerca do nosso Pai Celestial.
Jesus em suas caminhadas, quando curava pessoas por onde passava, dizia: “Estás curado, mas não voltes a errar”. Nesse momento, Jesus nos mostrava a grandiosidade e tamanho o amor que Deus tem por seus filhos. O homem, por sua vez e por sua ignorância, tornou Deus um ser vingativo.
Na história da humanidade, a gente vai ver que a concepção de Deus próximo de uma aparência humana, como se Deus pudesse ter sentimentos de raiva e vingança levou a muitos equívocos, inclusive o equívoco, por exemplo, de que Deus teria Raiva de que de que seria possível fazer guerras em nome de Deus.
A visão do Espiritismo sobre Deus foge completamente deste conceito punitivo. Na concepção dos Espíritas seria contraditório conceber a ideia de um Deus infinitamente misericordioso e bom, mas que seria capaz de condenar um filho ao fogo do inferno, ou aos castigos diversos que permeiam a imaginação dos homens.
Kardec na codificação Espírita (os cinco livros básicos do Espiritismo), ele deixa muito claro em vários momentos a necessidade de Deus. Em sua obra fica muito claro que nada tem sentido, a vida não tem sentido, nossas dificuldades, as nossas ações não tem sentido sem a presença de Deus. A existência de Deus é fundamental na Doutrina Espírita, é uma é um dos fundamentos.
Em O Livro dos Espíritos, que é a primeira obra de Kardec, ele pergunta aos espíritos amigos: O que é Deus? A resposta é clara e objetiva: É a causa primária de todas as coisas.
Deus, portanto, é a inteligência suprema do Universo. Deus, segundo o Espiritismo, é aquele que deu início a tudo, aquele que deu origem a tudo, é o causador de tudo… essa é à base da resposta dos Espíritos à Kardec.
Pergunta nº 3 de O Livro dos Espíritos (Allan Kardec).
Segundo o Espiritismo, é possível entender a natureza íntima de Deus?
Kardec também faz esta pergunta para os espíritos, mas infelizmente para nós humanos encarnados, ainda nessa faixa evolutiva espiritual e moral, ainda não temos condições de ter tal entendimento. De certa forma, falta-nos sentidos, até palavras, para que a gente chegue a esse entendimento da natureza de Deus. Será possível um dia, na medida em que formos evoluindo nas nossas conquistas dos valores intelectuais e morais.
Na medida em que evoluímos espiritual e moralmente, vamos chegando cada vez mais perto de Deus, até que um dia possamos chegar como Jesus chegou.
Quando nós entendemos Deus como a inteligência suprema e a causa primária é muito mais simples de compreender como essa inteligência pode estar presente em todos os lugares, em todos os momentos.
Quais as provas da existência de Deus segundo o Espiritismo?
Podemos imaginar uma prova, a partir de um raciocínio que se aplica às ciências comuns: todo efeito inteligente provém de uma causa inteligente. Podemos usar como exemplo um relógio. O relógio não é inteligente por si só, ele foi criado por uma inteligência, ou seja, um relojoeiro. Mas se pensarmos num computador moderno, precisaríamos de um criador muito mais avançado, como um engenheiro.
E quando olhamos para o Universo? O mecanismo perfeito da natureza, os dias, as noites… Seria um tanto quanto inconcebível que tudo isso foi criado por mero acaso. Dessa forma, é preciso uma inteligência suprema para criar algo de tão grande magnitude.
E fora desse raciocínio, poderíamos citar também o sentimento íntimo de que todos nós temos da existência de um poder superior às nossas forças. Tanto é que não há povos de ateus. Desde o surgimento dos primeiros seres inteligentes, ainda que bem primitivos, sempre, na história, a gente observa esse sentimento inato… dessa ânsia de um ser superior.
Comentário de Kardec sobre as provas da existência de Deus (O Livro dos Espíritos)
Segundo o Espiritismo, Deus é único? Ele é matéria ou é um espírito?
Deus, o Pai criador é diferente de tudo aquilo que nos conhecemos. Então, não é matéria porque se ele fosse matéria, ele seria como a matéria que nos conhecemos. Ele não é matéria justamente porque ele tem que ser imutável. Se ele fosse matéria, ele se modificaria. E se Deus se modificasse, a criação, possivelmente, não teria estabilidade, então, ele está acima da matéria e acima do Espírito.
Eu sei! Ficou confuso! Mas resumindo… Deus não é matéria e nem Espírito. É por isso que não temos condições de explicar com 100% de exatidão a natureza íntima de Deus, pois nem sequer temos vocabulário para isto, imagine raciocínio lógico?!
Deus é soberanamente justo e bom – Se Deus existe, por que existem tantas dificuldades e tragédias no mundo?
Podemos entender as desigualdades e dificuldades no mundo como parte de um processo educativo da criatura humana. É bastante curioso como na história da nossa humanidade, às vezes, até nas nossas próprias histórias, individualmente, em virtude não entender um conceito, a gente passa olhar para o mundo e achar que o mundo está contradizendo aquele conceito.
Quando nós vamos observar a lei da reencarnação, nós vamos, então, compreender que o nosso planeta é um planeta, onde há espírito em provas expiações, vivenciando circunstâncias que foram criadas por eles mesmos ou por nós mesmos. Dessa forma, através dessas passadas experiências reencarnatórias, somos colocados repetidas vezes nessa “escola” terrena, com as consequências daquilo que fizeram para que possam refazer de forma correta.
Então, essa é a possibilidade que é divindade nos dá de oferecer novas reencarnações, às vezes, em circunstâncias aparentemente difíceis, mas só aparentemente, porque são situações que permitem a compreensão para felicidade futura. É fundamental conhecermos sobre a reencarnação, pois imagine quantas pessoas sofrem especialmente por desconhecer, por achar que foram abandonados por Deus, que estão sendo injustiçados, quando exatamente o contrário?
O sofrimento de hoje é a oportunidade que Deus está dando para que seja reparado o erro do passado. E isso não é um castigo. Não deve ser entendido como uma punição, pois quem gerou todo este desconforto foi o próprio indivíduo em encarnações passadas. Dessa forma, eis o ditado: “A semeadura é opcional, mas a colheita é obrigatória”.
Se não conhecemos a natureza íntima de Deus, pensar nele seria perda de tempo?
Comentário de Kardec sobre as provas da existência de Deus (O Livro dos Espíritos)
Muito pelo contrário! Devemos sempre pensar em Deus!
Vejamos quantas coisas nós sabemos sobre Deus. Quantas informações nós temos que facilitam a nossa vida. É só a certeza de que ele é justo, que ele é bom, que está sempre conosco, então, na realidade, se Deus não desejasse que nós não pensássemos sobre ele, não nos teria dado a competência intelectual para questionar.
Pensar sobre Deus é fundamental, porque se é verdade que a gente não compreende algumas coisas, por exemplo, a essência íntima do Criador, há muitas outras que a gente compreende e que podem facilitar muito a nossa vida.
Nós entendemos que a vida seria muito mais difícil se nós não acreditássemos em Deus, se nós não tivéssemos o conhecimento da vida futura.
Quando colocamos o pensamento voltado para Deus como uma inteligência que não se equivoca, então eu posso me entregar, eu posso servir, eu posso dar conta da possibilidade de estarmos em contato com Esse, que é o autor de todos nós. E aí, nós temos fortaleza para prosseguir.
MENSAGEM DIVULGADA PEO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

terça-feira, 28 de maio de 2019

A INFELICIDADE REAL.


A INFELICIDADE REAL

Tem gente que acredita saber interpretar o significado desta palavra aqui no nosso planeta.
 A infelicidade não esta somente naquilo que as pessoas enxergam na nossa Terra, como sendo a miséria que ameaça seu coração, que se parte com esta situação.
Tudo isto é visto no ponto de vista humano, mas às vezes aquilo que enxergamos ser uma desgraça, no fundo vem causar um bem maior. Analisando tudo isto, quer dizer que às vezes a causa não esta na coisa e sim no resultado que ela pode trazer. Por exemplo: uma tempestade que acaba quebrando a nossa árvore e que parece uma infelicidade, mas que no fundo acaba trazendo um benefício porque veio a sanear o ar, dissipando a exalação insalubre que poderia causar um mal maior, acaba nos trazendo a felicidade.
Com isso perguntamos, se isto não vem a ser uma felicidade ou uma infelicidade?
Pois é, com isso aprendemos que antes de julgarmos qualquer coisa, primeiro temos que analisar as suas consequências, verificando se realmente nos trouxe uma felicidade ou não.
Devemos em qualquer julgamento, pensar mais além desta vida material, porque é no mundo Espiritual que poderemos sentir as verdadeiras consequências daquilo que fizemos ou deixamos da fazer.
E é uma verdade, temos que saber viver da melhor maneira possível aqui, procurando sempre plantarmos as boas sementes, para que no futuro na vida Espiritual possamos obter bons frutos.
Isto quer dizer que devemos procurar praticar os ensinamentos de Deus deixados pelo nosso Mestre Jesus.
O irmão Delphine de Girardin, em Paris no ano de 1.861, que ditou esta mensagem, espera que o Espiritismo e seus adeptos possam clarear e recolocar nas nossas luzes a verdade e o erro, tão desfigurado pela nossa cegueira!
Sendo assim o nosso dever como Espírita é agirmos como verdadeiro soldado, que fica longe de fugir do perigo, não se importando em perder as suas armas, as suas bagagens e seus uniformes, contando que saiamos vencedores glorificados!
Com isso podemos contar com a fé no futuro, mesmo deixando sobre o campo de batalha da vida, a nossa fortuna e o nosso corpo carnal, contando que a nossa alma entre radiosa no reino dos Céus.
Kardec comenta, que a pessoa bem compenetrada do seu destino futuro, na vê na existência terrena mais do que uma rápida passagem diante da eternidade. Ela se consola facilmente com alguns aborrecimentos passageiros, numa viagem que o levará a uma situação melhor, mais é preciso que tenha feito os preparativos para usufruí-la.
Tudo isto porque somos punidos nesta Terra pelas infrações que cometemos nas leis da existência corpórea, em outras e nesta encarnação. Ao retornamos ao desencarnarmos a vida Espiritual, onde aqui algumas pessoas enxergam como uma maldade, estando do lado de lá não sabem que o nosso Espírito pode ir habitar um mundo melhor.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com

POR QUE ESTAMOS VIVENDO NESTE PLANETA.


POR QUE ESTAMOS VIVENDO NESTE PLANETA

 Pois é, na nossa Terra temos gente vivendo aqui que são Espíritos encarnados de vários graus de evolução. Uns vivendo na tranquilidade, embora misturados com a traça, à ferrugem e a poeira. Outros enfrentando situações difíceis, com enfermidades, existindo também aqueles que vivem na busca de prazeres e emoções sem compromissos.
Outros sempre trabalhando visando a melhora financeira, procurando adquirir bens que venham a lhe garantir o presente e o futuro.
Existem também aqueles que elegem os valores do individualismo e do egoísmo, enquanto que outros se desdobram preocupando-se com o seu próximo, isto nos valores da solidariedade.
Diante de tantas diferenças, por certo perguntaremos a nós mesmo o que estamos fazendo aqui, e qual a finalidade de estarmos aqui nesse planeta.
Se pensarmos de uma maneira materialista, podemos dizer que estamos aqui para desfrutar dos prazeres que a vida nos reserva, e não importando o preço que tenhamos que pagar.
Mas se pensarmos de uma maneira religiosa, podemos dizer que se estamos aqui é porque temos um objetivo, pois cada um está vivendo num degrau da evolução do nosso Espírito em busca da perfeição deste. Por isso temos aqui, uns sãos outros aleijados, uns pobres e outros ricos e outros pagando dívidas de encarnações passadas e desta também. Tudo dentro da lei das causas e efeitos, que tudo o que se planta se colhe. Vem a ser também uma oportunidade de nos redimirmos destas faltas contraídas, visando sempre à evolução do nosso Espírito.
Devemos entender que a vida do nosso Espírito, está sobre um foco da imortalidade e da multiplicidade das existências até atingirmos o cume da perfeição, isto nem que leve anos e anos.
Assim os desafios e as oportunidades são sempre lições que a Providência Divina pode nos proporcionar, para que consigamos conquistar novas conquistas. Com isso acabamos compreendendo que estamos numa grande escola e nos matriculamos nela, e o aprendizado contido nesta vem a serem as Leis de Deus que regem o mundo, da melhoria do nosso progresso individual e Espiritual.
 Isto pode ser intelectual através do investimento em nossa formação, para progredirmos moralmente através da transformação de valores baseado na lei do amor.
Com isso devemos lembrar sempre que as dificuldades e problemas que sempre batem na nossa porta, são convites para novos aprendizados, assim como são os dias de calmarias, que serão também dias de aprendizado das coisas da vida e de Deus. Pois com isso haveremos de saber separar o joio do trigo, e procurarmos plantar boas sementes da vida.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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 Getulio mensagens Espíritas
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segunda-feira, 27 de maio de 2019

A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS.


CAPÍTULO XIX. A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS.
FÉ, MÃE DA ESPERANÇA E DA CARIDADE.


Pois é, o irmão Jose, um Espírito Protetor, no ano de 1.862, em Bordeaux, deixa-nos dito algo em torno da fé, onde diz que para ela ser proveitosa, ela deve ser ativa; não podendo adormecer. Que ela é a Mãe de todas as virtudes que nos conduzem a Deus, e que devemos velar atentamente pelo desenvolvimento das suas próprias filhas.
Também ressalta que a esperança e a caridade são uma consequência da fé. E que essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Também diz que não é a fé que  sustenta a esperança de se verem cumpridas as promessas do Senhor; porque, se não tivermos fé, pergunta nos o que podemos esperar? E pergunta-nos também, se não é a fé que nos dá o amor? E responde que, se não tivermos fé, que reconhecimento teremos, e, por conseguinte, pergunta-nos que amor é este?
Ressalta mais uma vez, que a fé divina é inspiração de Deus, e que desperta todos os sentimentos que conduzem o ser humano ao bem: que é à base da regeneração, mas que é necessário que essa base seja forte e durável, pois se a menor dúvida puder abafa-la; e pergunta-nos mais uma vez que será do edifício que construímos sobre ela? Que o certo é que devemos erguer esse edifício, sobre alicerces inabaláveis. E que a nossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos.
Diz que a fé sincera é dominadora e contagiosa, e que se comunica aos que não a possuem, e nem mesmo desejariam possuí-la; que ela encontra palavras persuasivas, que penetram na alma, enquanto a fé aparente só tem palavras sonoras, que produzem o frio e a indiferença a quem a escuta. E conclama-nos para pregarmos pelo exemplo da nossa fé, para transmiti-la aos seres humanos. Também que possamos dar exemplo das nossas obras, para que vejam o mérito da fé; e que preguemos pela nossa inabalável esperança, para que vejam a confiança que fortifica e estimula a enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Que tenhamos, portanto, a verdadeira fé, na plenitude da sua beleza e da sua bondade, na sua pureza e na sua racionalidade. Que não aceitemos a fé sem comprovação, essa filha cega da cegueira.  Que amemos Deus, mas que saibamos por que o amamos. Que devemos crer nas suas promessas, mas sabendo por que acreditamos nela. Que devemos seguir os conselhos dele, mas consciente dos fins que nos propomos e dos meios que nos indicamos para atingi-los. Mais uma vez nos concita a crer, e que esperemos sem desfalecimento; os milagres que são produzidos pela fé.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

HUMILDADE DE JESUS


O Mestre colocou como ponto culminante de suas palavras a humildade ao lado do amor e do respeito, porque só sabe respeitar quem é humilde, pois este consegue visualizar o outro sem preconceitos. Só consegue ouvir quem é humilde, pois que este sabe não possuir toda verdade. Só tem forças para não julgar quem é humilde. Só se propõe a fazer, ou servir quem é humilde porque não se preocupa com o julgamento dos outros. Não há privilégios na criação divina, por isso não nos acreditemos maiores e melhores do que os outros.
Enquanto homens dominados pela matéria disputam sobre a terra o status dos cargos, outros hão que conscientes da necessidade de se espiritualizarem disputam o privilégio dos encargos, ou seja, do trabalho construtivo, do bem servir. Jesus veio valorizar o homem pelas suas virtudes e pelo seu real saber, e a seus discípulos que queriam segui-lo disse: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”.
O Mestre situou uns hóspedes a mesa de um anfitrião, que os servia com a solicitude de um criado de modo que na aparência, o anfitrião era o menor de todos que ali se achavam, mas na verdade, era o maior, porque era o dono da casa. “Quem é o maior, quem está à mesa ou quem serve? Não é quem está à mesa? Mas eu estou no meio de vós como quem serve”. O Mestre quis nos ensinar que ninguém pode mandar sem saber fazer, porque a condição essencial de quem manda é também fazer. Mandar fazendo e fazer mandando. “O que manda seja como o que serve”. O que manda seja como o que trabalha. Veja bem, Ele não disse: “O que trabalha seja como o que manda”.
Pregar ou falar de humildade, não torna ninguém humilde, e também essa virtude nada tem a ver com a presença ou ausência de bens materiais porque é uma forma de comportamento íntimo. Ainda, confundimos humildade com inferioridade, submissão e pobreza, no entanto, ela está relacionada com distinção, gentileza, lucidez, graciosidade e simplicidade. Entre todas as virtudes, somente a humildade não realça a si mesma porque o verdadeiro humilde não acredita que o seja. Só quem tem plena consciência de seu valor pessoal é que não precisa se exaltar. Quando adquirimos o auto descobrimento somos levados à verdadeira humildade perante a vida; facultando-nos a simplicidade de coração e o respeito cultural por todas as pessoas. Os humildes apreenderam com a introspecção, ou seja, auto descobrimento, a fazer de si mesmos um “canal ou espaço transcendente”, por onde flui silenciosamente a Inteligência Universal, instrumento pelo qual retomamos a conexão com a causa primeira, Deus.
Esse auto descobrimento não está confinado a nenhuma religião especificamente; ao contrário, é acessível a todos os seres, contudo só se deixa penetrar por aqueles que têm “simplicidade de coração e humildade de espírito”. Por meio de seus recursos infinitos recebemos as mais sublimes contribuições: psicológicas, filosóficas, artísticas, científicas, religiosas, alargando a compreensão da vida dentro e fora de nós mesmos.
Ser humilde como Jesus Cristo, Ghandi e Sócrates, não é alienar-se ou ser agressivo contra as demais pessoas e apresentar-se descuidado, sem higiene, indiferente ao progresso. Quem assim se comporta é preguiçoso e não humilde, da mesma forma aquele que aceita todos os caprichos que se lhe impõem, esse se aproxima mais daqueles que tem medo de enfrentamentos das lutas. Humildade não é conivente com o erro ou com o mal, em silêncio comprometedor. Antes é ativa, combatente, cativante, decidida, sendo mais um estado interior do que de aparência.
Os fariseus e escribas surpreendiam continuamente Jesus com perguntas estapafúrdias, armando-lhe ciladas e fingindo serem seus admiradores, mas a intenção era de oprimi-lo, humilhá-lo e acusá-lo.
O que fazer diante dessas oportunidades em que tentavam humilhá-lo injustamente? Deixar ser menosprezado? Deixar ser esmagado, desmoralizado? Não, Jesus não era um covarde, não era um tímido, não era um subserviente passivo. Sua humildade era altaneira, sua mansidão era cheia de atividade e sua bondade não chegava ao extremo de renunciar à seu espírito de justiça que o caracterizava. Além de tudo devia defender sua integridade moral, precisava manifestar-se a altura de sua doutrina, que não podia ser rebaixada na sua pessoa.
Então, não perdia a ocasião de ensinar, não só a seus agressores, mas a todos modernos escribas e fariseus de hoje que necessitam da mesma lição. Em outra oportunidade ensinava que, “Aquele que se humilhar e se tornar pequeno como uma criança será o maior no reino dos céus”. Continuando com seu pensamento acrescentou: “Todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado”.
A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade como se mostram numa criança. O Espiritismo a seu turno, vem falar que a Humildade é a virtude que nos aproxima de Deus, já que “sem a simplicidade de coração e humildade de espírito ninguém pode entrar no reino de Deus”. A humildade é, pois, a chave para se vencer o orgulho e assim conhecer-se, reformar-se e desse modo evoluir.
por Adauto Reami
Fontes: Espírito do Cristianismo – Cairbar Schutel; A Sabedoria de Sócrates e o Cristianismo Redivivo – Leonardo Machado; Os Prazeres da Alma – Francisco do E. Santo Neto – Hammed e Auto Descobrimento, uma Busca Interior – de Divaldo P.Franco)
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domingo, 26 de maio de 2019

BASES PARA A REFORMA SOCIAL.


Bases para a reforma social

Vivemos a era do desenvolvimento científico e dos avanços tecnológicos.
No entanto, embora a satisfação e o conforto que os avanços proporcionam para a vida material, não conseguem preencher o vazio da alma.

        O ser humano aspira qualquer coisa de superior, sonha com melhores instituições, deseja a vida, a felicidade, a igualdade, a justiça para todos.

        Mas, como atingir tudo isso com os vícios da sociedade e, sobretudo, com o egoísmo imperando?

        O ser humano sente a necessidade do bem para ser feliz e compreende que só o bem pode lhe dar a felicidade pela qual aspira.

        Mas, como ocorrerá isso?

        Ora, se o reino do bem é incompatível com o egoísmo, é preciso que o egoísmo seja destruído.

        Mas, o que pode destruí-lo? A predominância do sentimento do amor, que leva os seres humanos a se tratarem como irmãos e não como inimigos.

        A caridade é a base, a pedra angular de todo edifício social. Sem ela o ser humano construirá sobre a areia.

        Assim sendo, se faz urgente que os esforços e, sobretudo os exemplos de todos os seres humanos de bem, a difundam.

        Mas como exemplificar o bem num meio corrompido pela maldade, a violência, a corrupção?

        Está nos desígnios de Deus que, por seus próprios excessos, as más paixões se destruam. O excesso de um mal é sempre o sinal de que chega ao seu fim.

        No entanto, sem a caridade o ser humano constrói sobre a areia. Um exemplo torna isso compreensível.

        Alguns seres humanos bem intencionados, tocados pelos sofrimentos de uma parte de seus semelhantes, supuseram encontrar o remédio para o mal em certas doutrinas de reforma social.

        Vida comunitária, por ser a menos custosa; comunidade de bens para que todos tenham a sua parte; nada de riquezas, mas, também, nada de miséria.

        Tudo isso é muito sedutor para aquele que, não tendo nada, vê, antecipadamente, a bolsa do rico passar ao fundo comunitário sem cogitar que a totalidade das riquezas, postas em comum, criaria uma miséria geral ao invés de uma miséria parcial.

        Que a igualdade, estabelecida hoje, seria rompida amanhã pela mobilidade da população e a diferença entre aptidões.

        Que a igualdade permanente de bens supõe a igualdade de capacidades e de trabalho. Mas a questão não é examinar o lado positivo e o negativo desses sistemas.

        O fato é que os autores, fundadores ou promotores de todos esses sistemas, sem exceção, não visaram senão a organização da vida material de uma maneira proveitosa a todos.

        A finalidade é louvável, indiscutivelmente. Resta saber se, nesse edifício, não falta à base que, só ela, poderia consolidá-lo, admitindo-se que fosse praticável.

        A vida comunitária é a abnegação mais completa da personalidade.

        Ora, o móvel da abnegação e do devotamento é a caridade, isto é, o amor ao próximo.

        Um sistema que, por sua natureza, requer para sua estabilidade virtudes morais no mais supremo grau, haveria que ter seu ponto de partida no elemento espiritual.

        Pois muito bem, ele não o leva absolutamente em conta, já que o lado material é a sua finalidade exclusiva.

        Isso quer dizer que são enfeitadas com o nome da fraternidade, mas a fraternidade, assim como a caridade, não se impõe nem se decreta, é algo que existe no coração e não será um sistema que a fará nascer.

        Ao mesmo tempo em que isto ocorre, o defeito antagônico à fraternidade arruinará o sistema e o fará cair na anarquia, já que cada pessoa quererá tirar para si a melhor parte.

        A experiência aí está, diante de nossos olhos, para provar que eles não extinguem nem as ambições nem a cobiça.

        Os seres humanos podem fundar colônias sob o regime da fraternidade tentando fugir ao egoísmo que os esmaga, mas o egoísmo seguirá com eles como vermes roedores.

        E lá, onde se acham, haverá exploradores e explorados, se lhes falta a caridade.

        Por todas essas razões é que nunca haverá reforma social que se sustente em sistemas que não levem em conta o elemento espiritual.

        É incontestável que antes de fazer a coisa para os seres humanos, é preciso formar os seres para a coisa, como se formam obreiros, antes de lhes confiar um trabalho.

        Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em discurso pronunciado por Allan Kardec,
nas reuniões gerais dos espíritas de Lyon e Bordeaux, do livro Viagem espírita em 1862,
ed. O clarim, 2. ed., pp.80-84.
Em 14.03.2008.


sábado, 25 de maio de 2019

SUICÍDIO SEGUNDO A VISÃO ESPÍRITA.



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Segundo a visão Espírita, o suicídio leva a um caminho espiritual de dor e sofrimento e está longe de ser uma forma de libertação. O suicídio é praticado por pessoas de diversas classes sociais e por diferentes motivos, como depressão, decepções amorosas, problemas financeiros, entre outros. O Livro dos Espíritos, explica na questão 943 o que leva as pessoas a tirarem a própria vida: “Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade. Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto obra com o fito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera”.
AS CAUSAS DO SUICÍDIO
De acordo com os espíritas, a causa mais frequente do suicídio é a ociosidade do espírito. Trata-se de pessoas sem propósitos, que não se sentem estimuladas a buscar uma função útil na sociedade. Porém, alguns cometem o suicídio como uma forma de fuga dos problemas da vida e não apenas por uma falta de propósito. Allan Kardec responde sobre o suicídio cometido como fuga, na questão 946 do Livro dos Espíritos: “Pobres Espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Ai, porém, daqueles que esperam a salvação do que, na sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna! O acaso, ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los por um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras. ” Os espíritas defendem que nenhum sofrimento ficará sem o amparo de Deus e Ele irá auxiliar na passagem por este infortúnio necessário.
A doutrina acredita que o suicídio causa um enorme atraso evolutivo ao espírito. Além de “parar no tempo” em relação à evolução espiritual, a pessoa comete um crime contra si mesma e contra a lei de preservação e sobrevivência, que todos que trazemos dentro de nós.  A busca por chegar depressa em uma vida espiritual melhor, vai por água abaixo quando se pratica o ato do suicídio. Como vemos na resposta da pergunta 950, do Livro dos Espíritos: “Outra loucura! Que faça o bem e mais certo estará de lá chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma ideia falsa. Uma falta, seja qual for, jamais abre a ninguém o santuário dos eleitos”.
O SUICÍDIO COMETIDO DE FORMA INDIRETA
O suicídio cometido de forma indireta é um conjunto de atos cometidos durante a vida, que podem levar o indivíduo a doenças ou a morte. Ser fumante, por exemplo, é considerado suicídio indireto. No livro “Nosso Lar”, de Chico Xavier, André Luiz é avaliado suicida por ter morrido devido à excessos alimentares, que causaram marcas de desequilíbrio em seu fígado perispiritual. O suicídio indireto é uma autossabotagem, todos os danos físicos e espirituais causados por nós mesmos em nosso corpo e espírito.
O QUE ACONTECE COM O ESPÍRITO DEPOIS DO SUICÍDIO?
De acordo com o Espiritismo, existem vários destinos diferentes para aqueles que cometem suicídio. Como no mundo espiritual a consciência tem uma voz mais ativa, muitos espíritos sofrem por anos pela culpa de tirar a própria vida e chegam à loucura espiritual. Outros, são influenciados por vampiros energéticos, espíritos maléficos, que se aproveitam do sofrimento dos suicidas para sugar as energias pós-desencarne.
Na obra “Memórias de um Suicida”, da médium Yvonne Pereira, há relatos sobre o Vale dos Suicidas. Este é um local onde espíritos que estão em sofrimento, inclusive suicidas, se reúnem por possuírem pensamentos em comum.
Também existe a teoria, que o espírito suicida ao reencarnar nasce com o órgão prejudicado pelo suicídio com alguma marca. Esta pode ser uma explicação para alguns defeitos congênitos.  Defeitos ocorrem também nos casos em que órgãos foram tão danificados em outras vidas, que geraram uma marca perispiritual. Neste caso, a pessoa apresenta um problema de saúde desde a infância.


HÁ ESPERANÇA PARA QUEM COMETE O SUICÍDIO
Se você tem algum caso de suicídio em sua família, não se desespere. Deus sempre permitirá que os seres evoluam e encontrem a luz. Ele trará novas oportunidades, através do veículo da Lei de Evolução: a reencarnação. Para aqueles que estão sofrendo com uma perda trágica como o suicídio, repita com fé: “Deus é Bondade Infinita e, portanto, não permite que Suas Criaturas sofram indefinidamente e que esse sofrimento poderá ser abreviado mais rapidamente mercê de orações sinceras e cheias de amor de todos quantos querem que se restabeleça o Bem”.
Para evitar o suicídio, Kardec aconselha que todos busquem uma ocupação útil no mundo e, para aqueles que possuem algum transtorno mental, é essencial o apoio da família e dos amigos. Seguir em dia com a sua fé pode ser uma grande ajuda para manter o equilíbrio emocional.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.


MISSÃO DOS PAIS ESPÍRITAS.


A Missão dos Pais Espíritas.
“A MELHOR ESCOLA AINDA É O LAR, ONDE A CRIATURA DEVE RECEBER AS BASES DO SENTIMENTO E DO CARÁTER.” (Emmanuel – O Consolador – item 110).
Vivemos uma época de profundas transformações quando os valores que regem a sociedade estão sendo questionados. Como nos dias atuais nunca se buscou tanto o prazer e a satisfação doentia das paixões, contudo, ao mesmo tempo, nunca se sentiu tanta falta de orientação e amparo à família que possam preparar o ser humano para a modernidade, sem levá-lo à bancarrota moral.
Sem dúvida, as mudanças fazem parte do processo de evolução. Somente com a luz viva da verdade espiritual, com o conhecimento da reencarnação, com o entendimento da destinação evolutiva do ser humano, com a compreensão da lei de ação e reação, o ser humano conseguirá captar a importância da busca pela riqueza espiritual, cumprindo o mister de renovar a sociedade, renovar os seres.
A renovação das criaturas se fará através da EDUCAÇÃO. A educação se inicia na infância, desde os primeiros momentos do espírito encarnado. E a responsabilidade de educar estas almas que retornam, compete aos PAIS.
Se há grande importância em dirigir um carro, dirigir uma empresa, maior ainda é a importância de dirigir um espírito eterno em seus primeiros passos na presente encarnação. As situações meramente humanas passam, mas a moral, o caráter, os sentimentos são elementos divinos que caracterizam a alma, que na infância se encontra predisposta à chance de reajustar-se e aprender novas lições.
Em Allan Kardec temos magistral questão (LE 582): “Pode considerar-se como missão a paternidade? É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o ser humano, a sua responsabilidade quanto ao futuro”.
O compromisso de sermos pais ou mães foram assumidos na Pátria Espiritual e reafirmados por ocasião de nosso casamento, na formação da nova família. A responsabilidade dos pais é imensa na educação dos filhos. Não somente na preocupação de dar-lhes alimento, vestuário, lazer, escola, conforto, mas principalmente na dedicação em colocar-lhes no coração os sentimentos e virtudes que os orientarão e lhes iluminarão os caminhos.
Novamente Kardec elucida: “Os espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho”. (LE 208).
Deste modo, ninguém poderá subtrair dos genitores a responsabilidade da tarefa.
Isto não significa, em hipótese alguma, que os pais devam realizar uma incrível “mágica” e transformar seus filhos em “anjos” em alguns anos de convivência. O que Jesus nos pede é que sejamos sempre esforçados e dedicados a tão importante encargo, não desanimando ante as dificuldades ou desprezando o lar pela busca obsessiva dos fatores transitórios.
O Espírito não se modificará profundamente de um momento para outro. Porém, todo bom exemplo, toda boa palavra, toda corrigenda sincera, todo diálogo, toda energia, todo carinho, toda disciplina e todo amor jamais se perderão, mesmo que tenham sido encaminhados a um coração endurecido pelo mal, ainda carregando muitas dificuldades.
Não haverá consciência atormentada quando formos pais leais, devotados e sinceros, mesmo com a tristeza de ver nossos filhos incursionando pelos caminhos do desequilíbrio e da ilusão. O que causará grande tormenta em nossa consciência será a preguiça no exercício de nosso papel paterno/materno, o amor sem limites que cega, a profunda má vontade de grande parte dos pais que acham já saberem tudo, não enxergando suas falhas, e a falta de humildade em reconhecer-nos ainda insipientes quanto aos conhecimentos acerca da educação. Não somos responsáveis pelas imperfeições de nossos filhos, mas, sim, se adubamos essas tendências infelizes ou se não as combatemos quanto podíamos.
O mais importante não é darmos “shows” de virtudes paternais, e sim que nossos filhos, ao deixarem a vida física, estejam mais enriquecidos espiritualmente e moralmente do que quando chegaram a ela, mesmo que teimem em recalcitrar, resistindo teimosamente em abandonar às próprias sombras. Somente haverá um mundo melhor com o bom desempenho da tarefa educativa por parte dos pais nos lares.
Santo Agostinho esclarece-nos: “Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranquila a consciência”.
Para os pais espíritas o grau de compromisso aumenta, tendo em vista o rico e inestimável material que trazem em mãos: a DOUTRINA ESPÍRITA. Com o horizonte descerrado pelo Espiritismo, a compreensão dilatada da realidade espiritual, o trabalho educativo ganha uma dimensão mais profunda e as possibilidades de acerto se multiplicam. Compete a estes pais aproveitarem a fecundidade destes recursos.
Devemos desenvolver o caráter de nossos tutelados, ministrar-lhes as noções religiosas imprescindíveis, oferecer-lhes o melhor esforço de exemplificação, dar-lhes assistência material e moral constante, indicar-lhes um rumo certo a seguir, orientar-lhes constante e carinhosamente, apoiá-los, protegê-los, ajudá-los, ser-lhes amigos, amá-los, animá-los em seus ideais, incentivá-los em suas virtudes, auxiliá-los a enfrentarem as influências perniciosas, a invigilância, a ignorância.
A educação está hoje complicada pelos convites e estímulos que despertam nossos filhos cada vez mais cedo para as ilusões humanas. Precisamos mostrar a eles todos os perigos que irão encontrar quando tiverem que caminhar com as próprias pernas. O grande trabalho dos pais não é esconder o filho dos problemas, e sim prepará-los, dando-lhes as armas com as quais poderá triunfar sobre estes desafios.
Podemos dizer que, antes de conhecer o Espiritismo, educar era difícil; agora, com o Espiritismo, continua e às vezes até aumenta a dificuldade. Só que estaremos tão mais bem preparados que, a par da dificuldade, produzimos e acertamos mais.
E, para isso, procuremos na Casa Espírita a escola da alma que nos amparará e iluminará na grande missão a cumprir. Aos pais e dirigentes espíritas envia-se o alerta: que em todos os agrupamentos espíritas nasçam atividades voltadas para a preparação e apoio aos pais.
Estejamos prontos para o mister! Abracemos nossa grande missão! O Terceiro Milênio é construção a se iniciar em cada um dos lares da Terra! Tomai da enxada e começai a sementeira…
QUE NÓS, PAIS ESPÍRITAS, SEJAMOS OS TRADUTORES DE JESUS JUNTO A NOSSOS FILHOS, ILUMINADOS PELO EVANGELHO, EDUCANDO-OS COM SEGURANÇA E CONVICÇÃO.
(Do livro Um Desafio Chamado Família vol.1– item 10, autor Joamar Zan).
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.