segunda-feira, 27 de maio de 2019

A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS.


CAPÍTULO XIX. A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS.
FÉ, MÃE DA ESPERANÇA E DA CARIDADE.


Pois é, o irmão Jose, um Espírito Protetor, no ano de 1.862, em Bordeaux, deixa-nos dito algo em torno da fé, onde diz que para ela ser proveitosa, ela deve ser ativa; não podendo adormecer. Que ela é a Mãe de todas as virtudes que nos conduzem a Deus, e que devemos velar atentamente pelo desenvolvimento das suas próprias filhas.
Também ressalta que a esperança e a caridade são uma consequência da fé. E que essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Também diz que não é a fé que  sustenta a esperança de se verem cumpridas as promessas do Senhor; porque, se não tivermos fé, pergunta nos o que podemos esperar? E pergunta-nos também, se não é a fé que nos dá o amor? E responde que, se não tivermos fé, que reconhecimento teremos, e, por conseguinte, pergunta-nos que amor é este?
Ressalta mais uma vez, que a fé divina é inspiração de Deus, e que desperta todos os sentimentos que conduzem o ser humano ao bem: que é à base da regeneração, mas que é necessário que essa base seja forte e durável, pois se a menor dúvida puder abafa-la; e pergunta-nos mais uma vez que será do edifício que construímos sobre ela? Que o certo é que devemos erguer esse edifício, sobre alicerces inabaláveis. E que a nossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos.
Diz que a fé sincera é dominadora e contagiosa, e que se comunica aos que não a possuem, e nem mesmo desejariam possuí-la; que ela encontra palavras persuasivas, que penetram na alma, enquanto a fé aparente só tem palavras sonoras, que produzem o frio e a indiferença a quem a escuta. E conclama-nos para pregarmos pelo exemplo da nossa fé, para transmiti-la aos seres humanos. Também que possamos dar exemplo das nossas obras, para que vejam o mérito da fé; e que preguemos pela nossa inabalável esperança, para que vejam a confiança que fortifica e estimula a enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Que tenhamos, portanto, a verdadeira fé, na plenitude da sua beleza e da sua bondade, na sua pureza e na sua racionalidade. Que não aceitemos a fé sem comprovação, essa filha cega da cegueira.  Que amemos Deus, mas que saibamos por que o amamos. Que devemos crer nas suas promessas, mas sabendo por que acreditamos nela. Que devemos seguir os conselhos dele, mas consciente dos fins que nos propomos e dos meios que nos indicamos para atingi-los. Mais uma vez nos concita a crer, e que esperemos sem desfalecimento; os milagres que são produzidos pela fé.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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