RELACIONAMENTO
CONJUGAL
PONTO DE
VISTA ESPÍRITA
No nosso
ponto de vista, todo relacionamento requer um tempo para amadurecer, chamado de
namoro.
Namoro para
nós quer dizer, onde dois seres se descobrem um no outro de maneira imprevista
por suave encantamento, numa relação matrimonial e familiar.
Já no plano
Espiritual estes encontros são traçados obedecendo à lei da reencarnação entre
os Espíritos que, possivelmente, já tenham partilhado experiências passadas a
nível afetivo e sexual.
Embora os
estudos estejam propensos a designarem a atração entre dois seres através do
instinto sexual, não podemos negligenciar que esta ligação vai além do físico,
pois contamos com inteligências desencarnadas neste jogo afetivo resguardando e
guiando companheiros de experiência, volvidos à reencarnação para fins de
progresso.
Para nós o
casamento vem a ser um progresso na marcha da Humanidade, e que a abolição
deste significa o retorno à vida animal.
O casamento
acaba originando um regime de vida em comum, pela quais duas criaturas se
confiam uma à outra no campo da assistência mútua, na criação e desenvolvimento
de valores para a vida implicando em direitos e deveres de um para com o outro.
Às vezes
recebemos o cônjuge a quem prejudicamos no passado, por isso que às vezes tem
gente que foge deste sistema para evitar problemas ou sofrimentos dos
compromissos assumidos com a parte Espiritual, adiando assim o seu resgate. São
os casamentos cármicos, o do pagamento de dividas de reencarnações passadas.
No casamento
somente seremos felizes se as afinidades estiverem ao nosso favor, isto é, das
suas inclinações e instintos, porque somente na vida futura é que encontraremos
a verdadeira união e reciprocidade entre os nossos Espíritos.
Geralmente
sonhamos e buscamos a nossa cara metade, isto querendo dizer, sermos felizes a
dois, que este venha a complementar o nosso eu de todas as formas.
Mas às
vezes o casamento é marcado como meio de resgate dos nossos débitos do passado
com aquela pessoa, onde este se constitui em ser um estágio evolutivo para os
dois. Coisas que um ficou devendo para o outro em vidas passadas.
Mas tudo
isto faz parte da nossa evolução Espiritual, onde encontramos momentos felizes,
e também acabamos nos defrontando com provações. Dizemos isto porque, às vezes
os dois se dão bem, e vem parentes de fora querendo estragar tudo, isto às
vezes sem contar com filhos que reencarnarão na nossa família, e que poderão
ser o algozes do passado.
Dentro da
lei da ação e reação, que vem a ser a das causas e efeitos, onde tudo o que se
planta colhemos, vamos pagando os nossos débitos, e o que temos que pagar porque
na outra encarnação fizemos o nosso cônjuge sofrer.
Nos casos
de casais sem filhos, pode ser algo que fizeram nas vidas anteriores, e algum
dos cônjuges vem com o problema da infertilidade. Para estes a recomendação é
adotar uma criança, pois existem muitas esperando uma oportunidade de ser e ter
alguém na vida.
Para a
união dos seres recomendamos muita paciência e dialogo entre eles, porque
geralmente cada um vem de uma formação e até chegarem ao ideal, muitos choques
se fazem presentes, e é ai que entra o diálogo, a paciência e perdão.
Na
convivência conjugal, nenhum deve deixar prevalecer a sua vontade de forma
impositiva, e nem deixar que o outro se anule para atender as suas exigências
egoísticas.
Temos que
saber que cada um de nós temos os nossos defeitos, e que devemos fazer de tudo
para corrigi-los sem exaltarmos, procurando sempre o entendimento.
Temos que
saber que no inicio tudo é mar de rosas, e que com o tempo existem vários
fatores que podem mudar o rumo das coisas. Por exemplo:
Com a
chegada dos filhos as coisas se dividem, pois o carinho e a afeição ficam
divididos entre os dois, e passa a ser partilhada por mais pessoas. O casamento
às vezes adoece, porque os desafios do quotidiano vêm representados pelos
conflitos, moléstias, falhas na formação e temperamento.
Devemos
lembrar sempre que a união deve estar sempre apoiada na confiança mútua,
conquistada e não imposta.
Situações
que podem abalar um casamento:
Pequenas
mentiras, traição, o ciúme exagerado, problemas financeiros e o processo
obsessivo.
Para os
casais Espíritas recomendamos que devam estar preparados para enfrentar estes
momentos de crise, recorrendo a medidas preventivas que estão no Evangelho
Segundo o Espiritismo. Queremos dizer com isso, que o ideal é ter-se uma base
religiosa.
A nossa
Doutrina Espírita oferece aos seres meios para que seja modificado o nosso
olhar para as diversas situações problemáticas, através do entendimento do
presente, considerando as provas e expiação concernentes ao nosso passado
Espiritual. O ser ao despertar-se com a sua situação motivada pela compreensão
dos fatos, ira se tornar mais resignado e prudente na sua conduta mental e
ativa, pois terá o devido preparo psicológico para aceitar os reveses da vida.
Estará mais
motivado em todos os aspectos, fomentando a fé e a esperança no dia de hoje,
para que o amanhã seja mais promissor.
O dinheiro
familiar deve ser empregado para a manutenção, sem deixar melindres tanto ao
homem como para a mulher, de reter uma pequena porção para o seu uso pessoal.
Temos que
cuidar com os problemas obsessivos, ou seja, quanto aos desejos sensuais,
provocando a infidelidade conjugal. Queremos dizer com isso, que nem tudo vem a
ser problema espiritual, mas se pensarmos desta maneira teremos Espíritos que
coadunarão com as nossas ideias, e fomentarão a situação. Para isto exige-se
muita prece, porque nesta situação existem dois caminhos, o de aceitar a
provocação ou rechaça-la, orando e vigiando os nossos pensamentos.
Devemos
sempre evitar as separações, que a luz do Espiritismo, a separação se constitui
em decisão séria, que só deve ser tomada em situações extremas, porque muitas
vezes envolve os filhos e a família. A maioria dos casamentos provacionais
requer muita paciência e renuncias para ser levado até o fim.
Frequentemente
os casais confundem diferenças de gostos e ideias com incompatibilidade. Com
isso é preciso aprender a dialogar e a se respeitarem mutuamente, e assim
poderão viver em paz.
Devemos
sempre lembrar, que as almas devem unir-se desde a sua origem, predestinadas e
essa união e cada um de nós tem nalguma parte do Universo a sua metade, a que
fatalmente um se reunirá.
Mensagem
escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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