SURGIMENTO DO DIA DA MULHER.
A ideia de criar o Dia da Mulher
surgiu no final do Século XIX e início
do século XX nos Estados Unidos[1] e na Europa, no contexto das
lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, de direito de voto. Em 26 de agosto de 2010, durante a
Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhagen, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a
instituição de uma celebração anual das lutas por direitos das mulheres
trabalhadoras.[2] [3]
As celebrações do Dia Internacional
da Mulher ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro
e março, a depender do país [1]. A primeira celebração
se deu em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros
países europeus nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações
da Comuna de Paris, ao final de
março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutavam por
igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos.
Em 1910, durante uma conferência internacional das mulheres, que antecedeu a
realização da reunião da Segunda Internacional Socialista de Copenhague, Dinamarca, foi estabelecido
o Dia Internacional da Mulher, celebrado no ano seguinte no dia 19 de março por
meio de numerosas manifestações em países como Alemanha, Áustria-Hungria,
Dinamarca e Suíça[4] .
Posteriormente, no início de 1917 na Rússia, ocorreram
manifestações de trabalhadoras russas por melhores
condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente
reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.[5] [6] A data da
principal manifestação, 8 de março de 1917 (23
de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída como Dia
Internacional da Mulher entre o movimento internacional socialista.
Após 1945, a data tornou-se
principalmente um feriado comemorado nos países do chamado bloco comunista. Em
1955, segundo as autoras francesas Liliane Kandel e Françoise Picq, surgiu o
mito de que a data teria como origem a celebração da luta e da greve de
mulheres trabalhadoras do setor têxtil em Nova York em 1857 que haviam sido
duramente reprimidas pela polícia ou mortas em um incêndio criminoso na
fábrica, segundo diferentes versões do mito. Não há indícios de que isso tenha
ocorrido e segundo as autoras, a origem desta versão ocorreu entre feministas
francesas que durante a Guerra Fria buscavam uma
origem à comemoração que estivesse desvinculada da história da luta socialista[7] [8] .
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia
Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária. Também era
amplamente celebrado nos países do bloco socialista na Europa Ocidental.
Nos países ocidentais, o Dia
Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920, tendo sido
esquecido por longo tempo e somente recuperado pelo movimento feminista na década. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional
da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter
festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender
evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março
de 1917,[8] costumam
distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado
pela ONU como o Ano Internacional da
Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi
adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e
econômicas das mulheres.[9]
Origem
Hipátia foi uma astrônoma romano-egípcia, coincidentemente
assassinada no dia 8 de março de 415
A ideia de instituir o Dia Internacional
da Mulher surge na virada do século XX, no contexto
da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da
mão-de-obra feminina, em massa, na indústria.
O primeiro Dia Internacional
da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do protesto das
operárias da indústria do vestuário de Nova York contra as más
condições de trabalho. [10]
Em 1910, ocorreu a
primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhagen, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da
socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de
um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.[11] [12]
Membros da Women's International League for Peace and Freedom,
em Washington, D.C., 1922.
No ano seguinte, o Dia
Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um
milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.[4]
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146
trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído
às más condições de segurança do edifício.
Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a
morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado
ao imaginário coletivo, de modo
que esse episódio é com frequência desde a década de 1950 erroneamente
considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.[13] [14]
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em
Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações
do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias
da indústria têxtil contra a fome, contra o czar
Nicolau e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial
precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o
evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações
revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis
deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem
sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não
imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”. [8]
Berlin Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de líderes
daInternationalen Demokratischen Frauen-Föderation (IDFF), na 41ª
edição do Dia Internacional da Mulher.
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lênin para torná-lo
um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heroica
mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a
vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam
simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas
de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado
oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
Protesto do grupo
feminista FEMEN no Dia Internacional da Mulher.
Na Tchecoslováquia, quando o país
integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era
apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen,
"Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado
como instrumento de propaganda do partido,
visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao
formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia
Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as
mulheres ganhavam uma flor ou um presente do chefe. A data foi gradualmente
ganhando um caráter de paródia e acabou
sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito
original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União
Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo
regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da
Mulher foi comemorado durante as décadas de1910 e 1920. Posteriormente, a
data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já
na década de 1960, sendo, afinal,
adotado pelas Nações Unidas, em 1977. A data mantém hoje relevância
internacional, e a própria ONU continuava a dinamizá-la, como sucedeu em 2008,
com o lançamento de uma campanha, “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a
chamar a atenção para a igualdade de gênero no tratamento de notícias na
comunicação social mundial. [15]
MENSAGEM ENVIADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO, EM HOMENAGEM AO DIA QUE SE APROXIMA DA
MULHER.
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