Causas Emocionais da Doenças
A nossa saúde é um reflexo das nossas crenças e
pensamentos.
Quando descobrimos o padrão mental que está por
detrás de cada doença, temos a oportunidade de modificá-lo e de nos curar.
Nosso corpo está sempre falando conosco. Ele é o nosso professor, que nos avisa
quando insistimos num comportamento que nos faz mal.
Veja na tabela seguir, os problemas de saúde mais
comuns e suas prováveis causas emocionais:
PROBLEMA
CAUSA EMOCIONAL
Acidentes – Crença na violência ou na
necessidade de receber castigo; deixar que as outras pessoas nos atinjam
(acidentes de carro)
Anorexia/ Bulimia – Raiva de si mesmo; negação da
vida; “não ser bom o suficiente”
Alergias – Agressividade reprimida
Amigdalite – Criatividade reprimida,
incapacidade de expressar a raiva
Ansiedade – Medo da vida, do futuro
Apendicite – Medo da vida; de enfrentar os
problemas de frente
Arteriosclerose – Resistência. Recusa em ver a
realidade
Artrite – Criticismo; perfeccionismo;
inflexibilidade
Asma- Incapacidade de se doar; desejo de
manipular
Câncer – Ressentimento; desilusão
Coceira – Ânsia por alguma coisa, irritação;
desejo de sair da própria pele
Cólica menstrual – Rejeição da condição de
mulher; medo; culpa
Coluna (problemas na) – Incapacidade de se
apoiar; falta de confiança na vida
Conjuntivite – Raiva do que se vê
Coração (problema no) – Incapacidade de
demonstrar amor; falta de alegria
Dentes (problemas nos) – Indecisão;
incapacidade de demonstrar agressividade
Depressão – Raiva da vida
Diabete – Amargura
Diarreia – Medo; fuga
Dores agudas – Desejo de se castigar
Enxaqueca – Desejo de controlar; incapacidade
de expressar a raiva; repressão sexual
Frieiras – Medo de não ser aceito; resistência
ao progresso
Furúnculo – Raiva
Gastrite – Dificuldade para lidar com
aborrecimentos
Gengivite – Insatisfação com relação às próprias
decisões
Gripe – Absorção de negatividade; conflito
Joelho (problemas no) – Orgulho
Labirintite – Medo de não estar no controle;
sensação de desorientação na vida
Mononucleose – Hábito de depreciar a vida e os
outros
Obesidade – Necessidade de se proteger ou de
se tornar maior para conseguir enfrentar um grande desafio
Prisão de ventre – Recusa a abandonar velhas ideias;
repressão da energia sexual
Reumatismo – Vitima; amargura
Sinusite – Irritação
Varizes – Permanecer num lugar ou situação que
se odeia
Verruga – Expressão de ódio acumulado
Vícios – Fuga
Texto inspirado no livro A Doença como Caminho,
Editora Cultrix. E Reiki Essencial, Editora Pensamento.
Todo problema de frustração que for enfrentado com
realismo e tratado de um modo organizado aumenta a força da personalidade. Todo
fracasso com o qual se aprendeu uma lição, proporciona tanto uma experiência
como um recurso que ampliam nossa capacidade de enfrentar novos problemas.
Dr. John Donnelly.
As doenças na visão espírita
Marlene Nobre
O Espiritismo tem uma grande contribuição a
oferecer à Medicina e às escolas que lidam com a saúde humana.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda define
saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. O
Espiritismo, porém, amplia essa visão e ensina que saúde é o estado de completo
bem-estar biopsicossociológico espiritual, pois leva em consideração os fatores
biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que influenciam o ser humano em
sua passagem pela existência terrena.
Diferentemente da Medicina do Corpo, que ainda é
exercida em larga escala nos dias de hoje, o Espiritismo descortina um novo
modelo, o da Medicina da Alma.
No paradigma médico-espírita, o ser humano é um
conjunto complexo, constituído de corpo físico, corpos sutis e alma; a
prioridade, no entanto, na direção desse conjunto, é a da alma. Compete, pois,
ao espírito imortal, a construção do seu destino terreno e, consequentemente, a
da manutenção da sua própria saúde.
Segundo esses conceitos, o fato de uma pessoa não
exteriorizar doença durante determinada fase da existência, pode não significar
que ela esteja saudável. Assim, a criatura pode apresentar-se aparentemente
saudável durante um período, mas já trazer no períspirito as marcas indeléveis
da doença que eclodirá um pouco mais adiante, segundo a lei de ação e reação,
que tem no tempo o principal fator desencadeante.
Segundo os princípios espíritas, a questão
saúde-doença está profundamente vinculada à lei de causa e efeito, ao carma.
André Luiz explica, no livro Ação e Reação, que carma designa “causa e efeito”,
porque a toda ação corresponde uma reação. Quer dizer que está ligado a ações
de vidas passadas. Assim, o carma seria uma espécie de “conta do destino criada
por nós mesmos”, faz parte do sistema de contabilidade da Justiça Divina.
Segundo esse princípio, a criatura humana tem de
dar conta de tudo que recebe da vida, de todos os empréstimos de Deus,
patrimônios materiais, inteligência, tempo, afeições, títulos, e também do
corpo físico, que lhe é concedido para o aperfeiçoamento espiritual. E será
sempre assim, na roda viva da evolução espiritual em que deve se empenhar,
tendo em vista a conquista de amor e sabedoria.
Aprendemos, com os Mentores Espirituais, que a
percentagem quase total das enfermidades humanas tem origem no psiquismo.
Assim, orgulho, vaidade, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da alma, que
geram perturbações e doenças nos seus envoltórios, quer dizer, no corpo
espiritual ou períspirito e no corpo físico.
Assim, no estudo de toda doença, é preciso levar o períspirito
em consideração, mesmo porque a cura do corpo físico está diretamente subordinada
à cura desse envoltório espiritual. Há exemplos importantes nos livros da
coleção André Luiz que elucidam o nosso estudo. Vou citar apenas dois deles.
Vejamos o caso de Segismundo, em Missionários da
Luz. Em vida passada, por causa de Raquel, ele tirou a vida física de Adelino
com um tiro, que atingiu a vítima na altura do coração. Na vida atual,
Segismundo renasceu como filho de Adelino e Raquel e trouxe, já na formação do
seu corpo físico, o problema cardíaco que só se manifestará mais tarde, como
doença do tônus elétrico do coração, após os 40 anos de idade.
As doenças, em geral, surgem relacionadas à idade
em que as faltas foram cometidas.
Em outro livro, Ação e Reação, podemos acompanhar o
caso de Adelino Silveira. No século XIX, Adelino era filho adotivo de um
fazendeiro de grandes posses. Ambos eram muito unidos. Aos 42 anos, seu pai
casou-se com uma jovem de 21 anos, a mesma idade de Adelino. Aconteceu, porém,
que os dois jovens – Adelino e a madrasta – apaixonaram-se e ambos tramaram a
morte do pai e marido. A pretexto de cuidar do pai enfermo, Adelino deu uma
bebida forte ao dono da fazenda e depois ateou fogo ao seu corpo. Foi uma morte
muito dolorosa. Depois de tudo consumado, Adelino casou-se, mas não conseguiu
ser feliz, atormentado pelo remorso. No mundo espiritual, os padecimentos foram
intensos e contínuos. Finalmente, arrependido, reencarnou no século XX como
Adelino Silveira e, desde pequeno, teve seu corpo tomado por um eczema extenso,
que o dominava quase por inteiro.
Como podemos observar, as ações praticadas vincam o
nosso períspirito e se refletem no corpo físico que age como uma espécie de
filtro das impurezas.
Assim, em matéria de saúde e doença, temos de levar
em consideração as ações das vidas passadas e as da existência atual para que
as nossas conclusões não sejam falhas ou incompletas.
Ao estudarmos esses casos, podemos constatar também
o importante papel que a dor tem em nossas vidas. Segundo o benfeitor
Clarêncio: Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de
nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao
Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem
graves prejuízos para nós mesmos.
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