JUDAS
ISCARIOTES
Como Espírita dou a minha opinião do que sinto
todos os anos nesta época da tal “Páscoa”. Passado os tempos e todo ano é
referenciado o episódio que já pertence ao passado, o da crucificação de Jesus,
e de um ser que errou, e que Jesus pediu ao Pai do Céu que o perdoasse, pois
não sabia o que estava fazendo.
Até certo
ponto é bom para servir de lição para aqueles que traem os amigos, e que
devemos orar muito por eles para que Deus os perdoe, e possa iluminar a mente
destas pessoas.
Mas todos nós
estamos sujeitos ao erro, pois vivemos num mundo sujeito a isso, mas Deus
sempre da nos dar uma oportunidade de se redimirmos. È o mesmo que um
sentenciado que cumpre com o tempo na cadeia e pagou com o seu tempo, e continua
sendo taxado de sentenciado.
É por isso
que gosto muito da nossa religião, que prega o perdão como Jesus pediu, e o que
nos importa são somente os ensinamentos do Cristo, e coloca-los em prática,
porque não adianta ir ou viver na igreja e fazer tudo errado.
Jesus desde que
deixou aquela cruz, já não se encontra mais nela, hoje vive em Espírito e
verdade, sendo o Governador e responsável pelo nosso do planeta, mais vivo do
que nunca, e mesmo assim continuam vivendo aquele momento triste do passado.
Até teatro
hoje em dia são formados e tem gente que grita que belo, que espetáculo. Quem
de nós poderá dizer que não vivemos naquela época, e não blasfemamos ou jogamos
alguma pedra contra Ele. Digo isto porque podemos ter setenta anos, mas na vida
Espiritual somos Espíritos antigos, pois a vida e o tempo do lado de lá é
diferente.
Queremos
dizer que o que fazem, seria o mesmo que todos os anos referenciássemos o
desencarne dos nossos parentes, coisa que a Espiritualidade recomenda-nos não ficarmos
apegamos as coisas ruins, e nem nas pessoas que partiram. Digo isto porque o
Espírito que partiu pode ficar preso a nós e vivendo junto conosco, e não
progride, e podemos abrir para o lado negativo dado a doença que partiu e levou
consigo. Digo isto porque uma pessoa que parte deste mundo com uma doença, leva
no seu Perispírito ela, e conforme for terá que passar por um tratamento
Espiritual do lado de lá, porque no mundo Espiritual existem os hospitais Espirituais,
que às vezes é dividido com os nossos daqui. Para lá não existe espaços vazios.
Tudo aquilo que formos aqui, levaremos seremos do outro lado. È por isso que o
nosso mundo é dividido com o mundo Espiritual. È isto que justifica que se
formos médico aqui, continuaremos sendo médicos na Espiritualidade. Só que do lado de lá o remédio é diferente,
coisa que já fazemos com a água fluida e com o trabalho dos passes.
Mas vamos
falar um pouco do tal Judas Iscariotes:
É apontado
todos os anos como alguém que destoou no colégio apostólico, como exemplo de
mau amigo.
Dentro dos
Apóstolos parece ter sido o único que não era Galileu.
Em Cafamaum
era denominado como Judas Iscariotes, o que vale dizer, Judas, de Kerioth.
Entendia de
contabilidade e se transformou em tesoureiro do grupo, e cuidava da bolsa das
ofertas. Quem o analise dizia ser como culto, eloquente, polido, alegre, realizado
e sensato. Seu negócio era adquirir, revender e contar com lucros. Considerava
as pessoas e ocorrências sob a óptica distorcida da realidade, onde foi com
esta tônica que ele expôs o Amigo Celeste. Tinha ambição e fascinação por
riquezas, e não conseguiu aprender o sentido da missão do Grande Amigo da
Galiléia.
Para o Judas
Jesus era o Messias aguardado à séculos por Israel. O poder de Jesus, Seus
discursos, Sua inteligência o fascinavam.
Segundo o
Evangelho de João, lá é citado a desonestidade de Judas, que tendo a bolsa das
ofertas nas mãos, roubava o que se lançava nela.
Segundo as
lições Espirituais, Jesus o teria advertido, ao inicio do apostolado: “Judas, a
bolsa é pequenina; contudo, permita Deus que nunca sucumbas ao seu peso”.
Judas sempre
acompanhava Jesus em toda a parte, registrando-Lhe a grandeza, e alimenta o
filho de Simeão, a ideia de que um dia chegará em que ele assumiria o poder,
liderando uma grande revolução, esmagando Roma. Ele não conseguira entender que
a maior revolução que Jesus propunha era contra o inimigo interior.
Quando Jesus
entrou em Jerusalém, Judas achou aquele momento propicio para inaugurar o seu
reino.
Com o
discurso de Jesus, os fariseus ficaram indignados e lançaram ódio contra Ele.
Os sacerdotes começaram a temer perder o cargo e seus privilégios, e ai
decretaram ali a sentença de morte do filho de Deus.
Gozando da
amizade de políticos e influentes em Jerusalém, Judas decide propor um acordo
para apressar o triunfo dele. Arquiteta entregar Jesus aos homens do poder
temporal, tudo em troca da nomeação oficial para dirigir a atividade dos
companheiros. Com isto teria autoridade e privilégios políticos e satisfaria as
suas ambições, aparentemente justas. E quando assumisse o cargo, libertaria
Jesus em troca dos Seus conhecimentos Espirituais, e utilizaria para a
conversão de seus amigos e protetores prestigiosos.
Quando da
alvorada, ele se dirigiu ao Sinédrio, aguardou horas, e teve muitas promessas que
lhe foram feitas, e ganhou 30 moedas de prata, que nem mesmo sabia por quê?
Afinal teria as rédeas do movimento renovador, cujo plano envolveria que com um
beijo entregaria Jesus.
Efetuado o
seu plano de entrega de Jesus, aterrorizado viu o nosso Mestre ser crucificado,
sem nenhum lamento, e sem nenhuma queixa.
Vendo o
equivoco que praticou se dirigiu a Caifás, reclamando o comprimento do acordo,
e recebe sorrisos de sarcasmo dos demais. Recorre as suas amizades e teve que
reconhecer a fragilidade das promessas humanas, e de longe pode observar as
cenas humilhantes e angustiosas de Jesus, e o remorso acabou lhe abraçando, e dilacerando
a sua consciência.
Sem amigos, e
se sentindo traidor, ele somente pensa em desertar da vida, e somente escuta a
voz da sua consciência, e se dirigindo a rampa do vale de Hinom, compõe o laço
em torno do seu pescoço e se deixa pender, vencido pela dor, ingressando no
mundo Espiritual, atormentado e sofrendo.
Conta-se que
ao devolver as moedas para os sacerdotes, entenderam eles que representava o
preço de um sangue, e não seria licito devolver aos cofres do Templo, e
adquiriram um campo para servir de cemitério a estrangeiros e peregrinos que
morressem em Jerusalém. Este local ficou conhecido como campo de sangue, onde
Judas foi o primeiro a ser sepultado.
Com tudo isto
na sequencia dos anos Judas expiou no mundo Espiritual sua tenebrosa falta, e em
entrevista dada ao Espírito do Irmão X, ele narrou a sua trajetória de
redenção:
Teve que se submeter a séculos de sofrimento
expiatório pela falta dele, onde sofreu horrores em perseguições infligidas em
Roma pelos adeptos dos ensinamentos de Jesus, e as provas dele culminaram em
uma fogueira, onde tendo que imitar Jesus, foi traído e vendido e usurpado.
Também deixou
dito, que desde o dia que ele se entregou ao amor de Jesus, todos os tormentos
e infâmias que carregou, com resignação e piedade de seus carrascos, fechou o
ciclo das suas dolorosas reencarnações aqui no nosso planeta, sentindo na
fronte o beijo do perdão da sua própria consciência.
Tai irmãos o
porquê não devemos reviver coisas do passado e perdoarmos, pois como vimos
Jesus e o seu traidor, hoje encontram-se em outro patamar.
Jesus quanto
passou por aquele episódio, Ele já veio conscientemente preparado
psicologicamente, sabendo da sua missão árdua, por isso Ele sabia que iria ser
traído e como terminaria sua estada por aqui. Se Ele não tivesse passado por
aquelas circunstâncias, não teria tanta repercussão no mundo, por isso tinha
que ser assim.
Mensagem
escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
Em Curitiba. PR. Brasil
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