EUTANÁSIA NA VISÃO ESPÍRITA
Pesquisando o novíssimo dicionário prático da língua portuguesa, esta palavra no ponto de vista material significa morte do corpo físico de um indivíduo doente incurável sem sofrimento.
Este tipo de morte do corpo físico pela qual é tratada por alguns enfermos, vem a ser “como meio de se obter uma morte digna, porque se julgam no direito de determinar o fim da sua via por aqui, por não se considerarem merecedores de sofrimentos”.
No ponto de vista Espiritual, não podemos julgar estas pessoas dado aos seus problemas e condições de saúde, mas no livro dos Espíritos esta estampada que culpado será aquele que não aguardar o tempo que Deus marcou para a sua existência por aqui.
Já no livro Após a Tempestade, Joanna de Ângelis, define como sendo algo puramente material. É uma prática que enaltece a predominância do conceito materialista sobre a vida, que vê apenas a matéria e suas implicações imediatas em detrimento das realidades Espirituais. Reflete também na soberania do primitivismo animal na constituição emocional do ser humano. Depois desta explicação, vemos que este ato pode parecer bastante pensado aos olhos da pessoa no ponto de vista material, mas é uma atitude impensada no ponto de vista Espiritual.
Este ato pode abreviar o sofrimento aqui na nossa terra, mas continuará do lado Espiritual. Tudo isto porque podem abreviar o sofrimento de hoje, mas ao longo da caminhada evolutiva trará sérios problemas, ou seja, tudo o que for feito por aqui continuará sendo ao outro lado da vida até que consigam se redimir das suas faltas que podem durar muitos anos de sofrimento.
Nós os Espíritas temos a consciência de que a eutanásia não é uma alivio, e pelo contrário o inicio de um grande sofrimento para o Espírito, e que tal ato seria uma consequência mediante o que aprendemos a não fazer.
No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V (Bem aventurados os aflitos), item 28, “Um homem está agonizando, presa a cruéis sofrimentos, sabe-se que o seu estado é desesperador, será que seria lícito pouparem-lhe alguns instantes de angústia, apresando o seu fim aqui”?
La nos diz o seguinte; “Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode Ele conduzir o homem até a borda do fosso, para daí o retirar a fim de fazê-lo voltar a se alimentar de ideias adversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. Será que a ciência da terra não pode se enganar em suas previsões”?
O Evangelho ainda nos alerta que a ciência terrena também pode cometer seus erros, porque podem os médicos preveem um prazo de vida de um enfermo, e errar. Podem determinar fatores que podem influenciar uma vida longa ou curta, mas nunca determinar um prazo de vida, porque isto somente cabe a Deus.
Baseado em tudo isto, não devemos nunca incentivar para esta prática, porque às vezes o sofrimento é aquele que acaba lapidando o ser humano, e esta nos desígnios de Deus.
CENTRO PARANAENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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