Vida moderna.
O despertador anunciou que um
novo dia estava começando. No rádio as manchetes do dia. Os mesmos
congestionamentos, a repetição das notícias trágicas do dia anterior.
Enquanto se preparava para um
novo dia de trabalho, o executivo ouvia pelo celular os índices econômicos e a
previsão do tempo.
Tomou um café rápido e se dirigiu
para o automóvel. A família também o seguiu de forma automática, em silêncio.
Palavras são perda de tempo e atrapalham, quando se está com a mente ocupada.
Durante todo o percurso, o homem
de negócios insiste em manter o celular ao lado, ainda que seja proibido o uso
enquanto dirige.
Afinal, ele irá tocar ao menos
uma vez durante o trajeto, e, com certeza, será uma ligação de negócios.
Chega ao colégio e seus dois
filhos adolescentes saem do carro. Ele segue para deixar a esposa em seu local
de trabalho.
Ao se despedirem, há uma maior
troca de palavras. Um tchau de ambas as partes.
Chega ao trabalho e dirige-se à
sua mesa, dá uma olhada nos papéis e consulta a secretária sobre a agenda do
dia.
Vai ao computador para checar as
mensagens recebidas e apagar a grande quantidade de e-mails indesejados.
Verifica novamente os índices
econômicos importantes para o seu trabalho, lê mais algumas notícias e responde
os e-mails importantes.
Resolve muitos problemas enquanto
outros tantos surgem, fazendo com que não tenha tempo de almoçar em casa, com a
sua família.
A refeição será naquele
restaurante rápido, próximo da empresa, para ganhar tempo.
Após um dia de trabalho intenso,
chega em casa à noite, cansado como sempre. Logo em seguida, o celular irá
tocar mais uma vez em busca da solução de algum problema que ficou pendente.
Vai verificar os e-mails
novamente. Resolve os problemas do mundo moderno e vai tomar seu banho.
Senta-se para jantar, mas tem que
ser breve, afinal, já está na hora do noticiário e ele precisa saber o que se
passa no mundo.
Onde está a sua família? Bem, o
filho deve estar no seu quarto jogando vídeo game, assistindo TV ou navegando
pela Internet.
A sua filha deve estar
conversando com as amigas ao telefone, ou em alguma sala de bate-papo na
Internet.
E a esposa? Deve estar ao seu
lado, vendo o mesmo noticiário que ele vê, mas ele nem se dá conta disso.
Ele está em um outro mundo, em um
mundo mais moderno, mais tecnológico. Em resumo, em um mundo frio, onde não há
relacionamentos, apenas a simples troca de informações.
Mas não é só ele que está nesse
mundo, é a sua família, é a sua vizinhança, o seu bairro, a sua sociedade.
Esta talvez seja a rotina de
muitas famílias que, absorvidas pelas facilidades tecnológicas do Terceiro
Milênio, se esquecem do aconchego do lar e da troca de ideias tão necessários à
vida de relação.
* * *
As facilidades do mundo moderno
jamais deveriam afastar e isolar os membros da família.
Por mais que os recursos da
tecnologia sejam úteis e necessários, eles não substituem os pais na educação
dos filhos.
A Internet e a televisão são
meios de comunicação frios, e não substituem o afeto e a atenção, o calor e a
ternura que um abraço pode oferecer.
O mundo moderno veio para
facilitar as nossas vidas e não para nos conduzir.
Afinal, nós somos o piloto ou o
avião? O motorista ou o carro? O timoneiro ou o barco?
A modernidade é complexa mas não
supera o ser humano que a criou.
Através de um simples botão
conseguimos desligar a televisão, o telefone celular, o computador.
E isso é saudável, desde que o
façamos para nos ligar à família, aos amigos, à vida, enfim.
Importante que usemos o bom senso
e sigamos no rumo da felicidade tão sonhada, contando sempre com as facilidades
da vida moderna, mas sem nos deixar conduzir por ela.
Redação do Momento Espírita.
Em 04.05.2009.
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO
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