A NICOTINA SATURA O CORPO ESPIRITUAL DOS FUMANTES (Jorge Hessen)
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Postado
por Alexandre Nunes em 29 dezembro 2014 às 21h00min.
Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br
Há meio século os cantores Roberto e Erasmo Carlos lançaram a música “É
proibido fumar”. Passados cinco décadas, a canção é oportuna e pode ter soado
como premonição naqueles momentos tão afastadas dos anos de 1960, considerando
que hoje está em pleno vigor no Brasil a lei federal antifumo, que “proíbe
fumar” em locais fechados de uso coletivo – públicos e particulares – de todo o
país. Em resumo, assegura lugares completamente livres de cigarros e do cheiro
de fumaça. Está terminantemente proibido cigarros, cigarrilhas, charutos,
cachimbos, narguilés [1] e similares em locais como hall e corredores de
condomínios, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja apenas
parcialmente fechado por parede, divisória, teto ou toldo.
A lei extingue os nefandos fumódromos e extingue a propaganda comercial
de cigarros até mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade em
displays. Fica permitida a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens
sobre os males provocados pelo fumo. Além disso, os fabricantes terão que
aumentar os espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que
deverão aparecer em toda a face posterior das embalagens e de uma de suas
laterais.
Todavia, como estamos na pátria do “jeitinho” a lei tem as suas brechas
e consente fumar em áreas ao ar livre, parques, praças, espaços abertos de
estádios de futebol, vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas
especificamente para esse fim. Entre as exceções (pasme) estão cultos
religiosos, onde os “fiéis” podem fumar (sic), caso isso faça parte do ritual.
Conquanto inconcebível, em nosso país um ritual pode permanecer acima da lei,
afinal de contas é “constrangedor” não permitir que os “Espíritos” deem
cachimbadas, charutadas, tragadinhas, portanto, “eles” não precisam obedecer as
leis dos reles mortais.
Devemos pautar as nossas atitudes e as nossas regras de conduta, na
sociedade, pelos resultados de pesquisas científicas bem conduzidas. Gostem ou
não os fumantes daqui e do “além túmulo”, o século XX testemunhou as
importantes descobertas sobre os malefícios do fumo para a saúde. Graças ao
aprimoramento das técnicas de investigação epidemiológica, muito se sabe sobre
o assunto. No ano 2000, um Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS),
considerou o tabagismo a maior pandemia de todos os tempos.
São vários os estudos científicos baseados em evidências que não deixam
qualquer sombra de dúvida de que o tabaco é cancerígeno. Desde 1964, quando foi
feita a primeira descoberta em relação ao câncer de pulmão, outros cânceres
tiveram seu aparecimento relacionado ao tabaco como, por exemplo, câncer de
boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero,
estômago e fígado. Três equipes de pesquisadores, que publicaram estudos nas
revistas Nature e Nature Genetics, "apontaram duas áreas de variações no
cromossomo 15. Fumantes ou ex-fumantes que têm as duas cópias das duas variantes,
uma herdada do pai e outra da mãe, que são cerca de 15%, têm um aumento entre
70% e 80% de risco de desenvolver câncer pulmonar".[2]
Sabemos que a ação negativa do cigarro sobre o períspirito do fumante
prossegue após a morte do corpo físico. Segundo ensina o Espirito Emmanuel - O
problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos
tecidos sutis do períspirito ceda lugar à normalidade, o que, na maioria das
vezes, tem a duração correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência
física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente
desenvolvida para arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no
mundo espiritual, ainda exige cotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns,
com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao
paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer
dependência do fumo [3]
É evidente que há pessoas que fumam e conseguem alimentar pensamentos de
bondade no cotidiano (a despeito de estar aniquilando o corpo físico) e há
aqueles que, embora não fumem, são viciados no dinheiro, no sexo, no álcool, na
maledicência e noutras iniquidades. Deste modo, é menos lesivo um fumante
bondoso para a sociedade do que um não-fumante depravado.
Notas e referência bibliográfica:
[1] Narguilé é um cachimbo de água utilizado para fumar tabaco aromatizado.
Além desse nome de origem árabe também é chamado de hookah (na Índia e outros
países que falam inglês), shisha ou goza (nos países do norte da África),
narguilê, narguila, nakla, maguila, arguile, naguilé etc. Há diferenças
regionais no formato e no funcionamento, mas o princípio comum é o fato de a
fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente
utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente
Médio e Sul da Ásia
[2] Segundo dados colhidos num trabalho sobre saúde, da jornalista Magaly Sônia
Gonzales, publicado na revista "Isto É", de julho de 2000, "o
vício do fumo foi adquirido pelos espanhóis, junto aos índios da América
Central, que o encontraram nas adjacências de Tobaco, província de Yucatán. Um
dos primeiros a cultivar o tabaco na Europa foi o Monsenhor Nicot, embaixador
da França, em Portugal, de onde se derivou o nome nicotina, dado à principal
toxina nele contida.
[3] Nobre, Marlene R.S. Lições de Sabedoria, São Paulo: Ed Folha Espírita,
1997, Resposta de Emmanuel, através do Chico Xavier, dada a entrevista feita
pelo jornalista Fernando Worm, em agosto de 1978.
MENSAGEM POSTADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO
QUADRADO, NO DIA EM QUE EM NOSSA TERRA É COMEMORADO O DIA DO FUMO, OU DO
FUMANTE, COMO QUEIRAM.
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