ATENDIMENTO OU APOIO FRATERNO.
ÂMBITO DE AÇÃO:
O Centro
Espírita deve procurar sempre criar condições para um eficiente atendimento a
aqueles que o procuram com o propósito de obter esclarecimento, orientação,
ajuda ou consolação. O Atendimento Fraterno é a concretização dessa
recomendação, fundamentada no Evangelho, objetivando assistência
individualizada aos que sofrem, através do diálogo espontâneo, confidencial e
privativo. Trata-se de atividade também conhecida no Movimento Federação
Espírita Brasileira.
“Coloca-se em
primeira instância o consolo que é preciso oferecer aos que sofrem, e erguer a
coragem dos caídos, arrancar um ser humano de suas paixões, do desespero, do
suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime”! Em Jesus temos o Atendente
Fraterno perfeito que, além de ter ensinado às multidões, através de Seus
inolvidáveis discursos, deixou-nos preciosas lições dialogadas, através das
quais o Seu verbo de luz socorreu os indivíduos, cada um conforme a sua
necessidade:
Libertando a
todos, que se fizeram heróis no futuro. Se o Divino Mestre disse: “Vinde a mim
todos vós que estais aflitos e sobrecarregados”, também propôs: “Que vos ameis
uns aos outros”. Isto como a dizer-nos assim: “Se estiverdes em condição, vinde
diretamente a mim pelos caminhos formosos da oração”.
Atendimento
Fraterno è uma Terapia do amor, onde a maioria daqueles que nos procuram, vão
em busca justamente de orientações, de uma palavra amiga e outros. È um
atendimento que atende a parte da violência, ódio, ciúme, ressentimento,
amargura, suspeita, insatisfação, dentre outras muitas — respondem por
incontáveis aflições que aturdem o ser humano. Alma encarnada, nela se
encontram as matrizes do bem como do mal em que se compraz, dando campo ao seu desenvolvimento.
Como efeito, as alegrias e as dores que se exteriorizam somente podem ser
erradicadas quando trabalhadas nas suas raízes causais. Diria que toda
decepção, doença sempre faz com que a pessoa venha a baixar a sua sintonia,
fazendo com que o lado espiritual negativo venha e fomentar a sua situação. Os
sofrimentos humanos de qualquer tipo são manifestações dos distúrbios profundos
que remanescem no ser espiritual, desarticulando os sensores emocionais e a
harmonia vibratória que vige nas células, o que faculta a instalação das enfermidades.
Por isso
mesmo, a terapia do amor é de vital importância, envolvendo o paciente em
confiança e ternura, ao mesmo tempo esclarecendo-o quanto à sua realidade e
constituição espiritual. * O atendimento fraterno tem como objetivo primacial
receber bem e orientar com segurança todos aqueles que o buscam. Não se propõe
a resolver os desafios nem as dificuldades, eliminar as doenças nem os
sofrimentos, mas propor ao cliente os meios hábeis para a própria recuperação. Pois
quem cura na realidade, é Deus, Jesus e os nossos Mentores Espirituais, bem
como o próprio enfermo. O Espiritismo ajuda na cura porque acaba conduzindo o
ser para o lado positivo das coisas. E quando não ajuda da pelo menos o
acalento para o ser, porque tem coisas que estão relacionadas com o carma da
pessoa. E carma é carma, é a cruz que a pessoa tem que carregar.
O atendimento
fraterno abre perspectivas novas e projeta luz naqueles que se debatem nos
dédalos das aflições. Mediante conversação agradável, evitando-se atitudes de
confessionário, o atendente fraternal deve saber desviar os temas que incidem
nos vícios da queixa, da lamentação, da autopunição, demonstrando que o momento
de libertação e paz está chegando, mas a ação para o êxito depende do próprio
paciente, que deve iniciar, a partir desse momento, o processo de autoterapia. Preparar-se bem, psicológica e
doutrinariamente, faz-se imprescindível para o desempenho correto do mister a
que o atendente fraterno deseja dedicar-se. Ao lado desses requisitos cabe-lhe
desenvolver o sentimento de amor, embora se vigiando para evitar qualquer tipo
de envolvimento emocional, jamais esquecendo a fraternidade gentil e caridosa
como recurso hábil para a desincumbência da tarefa a que se propõe. O atendimento
fraterno na Casa Espírita é de vital importância, para que todo aquele que lhe
busque a ajuda, seja orientado com equilíbrio, guiando-o para o labor de auto
iluminação.
A UTILIDADE DOUTRINÁRIA DO SERVIÇO DE
ATENDIMENTO FRATERNO NA CASA ESPÍRITA:
É receber as
pessoas, orientando-as quanto às possibilidades de que a Casa dispõe em forma
de recursos que são colocados às ordens daqueles que vêm até ao núcleo de
iluminação espiritual, encaminhando os que têm problemas para receberem as
respostas pertinentes às suas necessidades e, por fim, fazendo o trabalho
educativo e fraternal de bem conduzir todos aqueles que batem às portas da
Instituição Espírita. É benéfico para as pessoas que recorrem à terapia dos
passes.
O Atendimento
Fraterno é uma psicoterapia que modifica a estrutura do problema no indivíduo
que se acerca da Casa Espírita com idéias que não correspondem à realidade.
Atendimento
Fraterno ponto de vista espiritista o requisito moral do indivíduo é relevante,
imprescindível. Utilizamo-nos de um brocardo popular: “Diz-me quem és e eu te
direi com quem andas; diz-me com quem andas e eu te direi quem és”. Ir a Deus
através da prece é outra condição, pois se abrem os canais psíquicos para uma
perfeita sintonia com o Mundo Espiritual que nos assiste no atendimento às
criaturas da Terra. Além desses caracteres essenciais, além dos valores morais,
é imprescindível o conhecimento da Doutrina Espírita. Não se pode propiciar um
bom atendimento fraterno na Casa Espírita, sem que se conheça o Espiritismo, o
que seria paradoxal, falando-se de uma coisa com a qual não se está
identificado. O conhecimento amplo da Doutrina Espírita é um requisito que tem
caráter primacial, porque a pessoa irá falar a respeito daquilo que é a
essência da Doutrina a fim de que o cliente recém-chegado se inteire do que
pode conseguir. Um bom tato psicológico é necessário. A capacidade de saber
ouvir é valiosa, porque o cliente, normalmente, quer falar. Na maioria das
vezes, não deseja ouvir respostas, quer “desabafar”, como muitos o afirmam,
porque, na falta de uma resposta para o problema, ele necessita de alguém que o
ouça.
O ATENDIMENTO FRATERNO NÃO É UM
CONFESSIONÁRIO:
Como o
próprio nome diz, é um encontro, no qual se atende fraternalmente àquele que
tem qualquer tipo de carência. Com tato psicológico pode-se desviar, no momento
oportuno, uma questão que seja inconveniente e interromper o cliente na hora
própria, a fim de que não se alongue demasiadamente, gerando um “élan” de
afinidades entre o terapeuta do atendimento e aquele que o busca, evitando
produzir-se o que, às vezes, ocorre entre o psicoterapeuta convencional e o seu
paciente. O atendente fraterno deve manter-se em condição não preferencial por
pessoas, numa neutralidade dinâmica, como diria Joanna de Angelis, porque todos
são iguais — diz a Justiça — perante a Lei. A todos, então, que tem problemas e
nos buscam, deveremos atender com carinho, sem preferências, sem
excepcionalidades e sem absorvermos o seu problema, para que ele não se torne
um paciente nosso e não transfira todos os seus desafios para nossa residência.
Diria tomar a dor da pessoa, seria o mesmo que abraçar a sua cruz que veria a
somar com a nossa, que todos nós trazemos de encarnações passadas, e que fomos
nós que a escolhemos. Com isso teríamos que carregar a nossa e a dele, e com
isso arriaríamos. Em síntese diria, vamos dar as mãos, mas fiquemos com o resto
do corpo.
COMO FAZER PARA AJUDA-LOS A DESVIAR DESSAS
FIXAÇÕES:
Claro que
seria difícil atendermos todas as pessoas que frequentam o nosso Centro. Dou
como exemplo 100 pessoas, a não ser que tenhamos estrutura para isso. Eu sempre
recomendo que tenhamos sempre dois tipos de passes: Um chamado de passe
coletivo e outro individual. O coletivo é onde passam todas as pessoas, e la
podemos fazer uma triagem, perguntando no termino destes passes, se tem alguém
ainda não se sentindo bem. Estes sim deveriam ir para o passe individual para
dialogo. Ou fazermos uma triagem quando as pessoas chegam como estão se
sentindo, ou tem aqueles que procuram orientação junto a secretaria.
UM EXEMPLO COMO SE DEVE EXECUTAR O
ATENDIMENTO:
Deixar,
primeiro, que falem. O primeiro encontro é sempre muito difícil. A pessoa vem
com muitas ideias que não correspondem à realidade; ou vem céptica, e fala com
certa indiferença; ou vem fascinada pela hipótese de ter o problema resolvido
no primeiro encontro. Então acha que pelo fato de estarem numa Casa Espírita,
os seus problemas já não mais irá afligi-la. Essa pessoa, no momento em que
começa a falar, deveremos deixá-la expor a sua dificuldade por alguns instantes
( de uma maneira sintética).
Tudo começa
no pensamento. Toda vez que um pensamento for perturbador, substituamos por
outro que seja positivo. Se a criatura disser: — Mas, eu não posso...
Respondamos: — Querer é poder, pois nem tudo depende somente de Deus e Jesus.
Cinquenta por cento é deles e outro é totalmente seu. O negócio é começar a
pensar sempre de uma maneira positiva. Pois o pensamento positivo atraia a
parte positiva, enquanto a negativa atrai a negativa.
A parte
negativa só estará em contato conosco, se abrirmos a porta para eles. Os bons
Espíritos ajudam as pessoas de uma maneira mais fácil, se todo aquele aspirar
oxigênio puro; já quem desce ao vale, onde existem pântanos e matéria em
decomposição, mesmo que o não perceba impregna-se de miasmas.
QUANTO A NOSSA CASA ESPÍRITA:
Qualquer
templo de fé religiosa é amparado pelos Espíritos bons e responsáveis pela
casa, que têm ali a tarefa de preservar o nome de Deus, o Seu valor diante das
almas e, no caso específico do Cristianismo, a presença de Jesus, que prometeu
nunca nos deixar órfãos. Quando chegamos à Casa Espírita, as Entidades
benevolentes e caridosas dispõem de Espíritos outros que se encarregam de
vigiar, de proteger o recinto humano e o espiritual. Fazem programas,
utilizando-se de Entidades com capacidades magnéticas para impedir a entrada de
outras entidades perturbadoras, obsessoras, o que é patente em nossas Casas. A
nossa Instituição tem as portas abertas a quem quer que seja, e todos somos
testemunhas de que jamais aconteceu qualquer coisa desagradável, face à massa
que a frequenta, e que pode trazer psicopatas, dependentes químicos de drogas,
de álcool, desajustados, porque as defesas magnéticas estabelecidas, de alguma
forma impedem-lhes a entrada, da mesma forma que as defesas espirituais
impossibilitam a penetração de Espíritos perversos que, às vezes, estão
acompanhando os seus hospedeiros. Eis porque, aí já começa a desobsessão... A
presença dos bons Espíritos e o atendimento que fazem logo modifica a estrutura
psíquica dos pacientes, afastando as Entidades malévolas que os irão aguardar à
saída, fora dessas defesas magnéticas.
Atendimento Fraterno na Casa Espírita ou noutro templo de fé, mais
particularmente quando nos encontramos em atendimento fraterno, os bons
Espíritos estão acompanhando-nos, e percebendo a gravidade maior ou menor de
nosso problema, removem aqueles Espíritos perturbadores e os trazem à
doutrinação. Ocorre, com muita frequência entre nós, essa doutrinação sem a
presença do paciente, o que é perfeitamente compreensível. Estar ali
participando não é necessário para a sua recuperação, impondo-lhe assistência à
reunião mediúnica. Desse modo, o Atendimento Fraterno também tem o caráter de
desobsessão lúcida, porque o atendente funciona como doutrinador e o paciente
como beneficiário.
MENSAGEM
DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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