Envelhecimento – Quando a idade chega
Para entender esse artigo devemos a priori entender o que é ser “idoso”,
quando chegamos à chamada “terceira idade”?
A meia idade é considerada para alguns
pesquisadores em termos cronológicos, a vida adulta intermediária como sendo
dos 45 aos 65 anos; assim a partir daí é considerado “idoso” ou “terceira
idade”.
Sabemos que envelhecer é um processo que, de fato, começa quando se é gerado
e move-se inexoravelmente através de toda a vida. No entanto, depois dos
cinquenta anos de idade, ordinariamente, o processo é acelerado. Várias
mudanças ocorrem na vida do homem nessa idade. Essas mudanças se dão na vida
física, emocional, intelectual e social. Do ponto de vista fisiológico, o homem
experimenta mudanças nos sistemas cardiovascular, digestivo, respiratório e
nervoso, todas elas com profunda repercussão no seu comportamento em geral. A
isolação social e a solidão a que a pessoa idosa está sujeita, em muitos casos,
é grandemente responsável pelo senso de inutilidade comum às pessoas idosas.
Deparamos assim com diversos fatores conceituais, entre eles destacamos:
* A idade para o estabelecimento desta situação não coincide nem em
todos os países nem em todas as culturas;
* O envelhecimento é um fenômeno natural, inerente à finitude biológica
do organismo humano, mas é um processo diferencial em cada um de nós;
* Envelhecimento é:
·
Cronológico – idade objetiva;
·
Biológico – molecular, celular, orgânico, estrutural e funcional.
À medida que as pessoas envelhecem, aumenta de forma gradual o risco de
adoecerem e de terem dificuldades funcionais motoras e sensoriais (entre
outras); os indivíduos sentem-se mais fatigados e tornam-se mais lentos.
Segundo Mataix] (2002) sob o ponto de vista
funcional velhice é quando se produz pelo menos 60% das funções fisiológicas
atribuíveis a idade ou capacidade reduzida de manter a homeostase.
O envelhecimento é uma preocupação que sempre esteve presente na história
da civilização, podemos exemplificar através dos textos do antigo Egito,
referencias de 2.890 aC de autoria do médico e arquiteto Imhotep]; O símbolo da
medicina originário da Mesopotâmia o “Caduceu”, é representado por
serpentes que significa também a preocupação com o rejuvenescimento.
Embora o envelhecimento tenha sido estudado por muitos no decorrer de
nossa história somente como o livro “Gerontocomia de autoria do médico
Gabriel Zerbi (1.468-1.505) que começaram-se a ser produzidos artigos e livros específicos
sobre envelhecimento.
Não há dúvidas quanto o crescimento da população de idosos em todo o
mundo, em termos de percentuais hoje a já passa de 9%, o que dá 15
milhões de idosos acima de 60 anos.
Em 2020 a população mundial de idosos é estimada em 1,2 bilhões, no
Brasil a estimativa é de 30 milhões], e esse aumento na
longevidade tem como principais causas os avanços tecnológicos como vacinas,
remédios e equipamentos, também está havendo uma melhor condição de vida, a
grande maioria dos idosos hoje mantêm um estilo de vida ativo,
aderindo à prática do exercício físico regular.
“O aumento da expectativa de vida e do contingente de idosos é um
fenômeno mundial. Os avanços médicos e tecnológicos vêm propiciando o aumento
considerável tanto na expectativa de vida da população, quanto na queda da taxa
de natalidade”.
Porém ao se falar em envelhecimento seria hipocrisia não ter consciência
de que a morte é inevitável, e nesse sentido a religião pode ser um dos fatores
mais importantes na vida de uma pessoa idosa no sentido de ajustá-la ao
processo do envelhecer e prepará-la par a continuidade persistente do
“eu”, significando que o “eu” deve desenvolver-se rumo à maturidade; auto
percepção, experiência que capacita a mente a projetar-se no mundo exterior e
que resulta numa vida de atividade criativa; habilidade de mudar e
modificar-se; capacidade de adaptação: habilidade de ter visão global da vida,
que implica na aquisição de uma compreensão tanto da temporalidade quanto da
eternidade da vida.
A luz dessa visão, a existência humana tende a ser vista como um
contínuo mais ou menos independente do corpo “Material” e que faz da realidade
da morte matéria secundária. A fé de um homem pode ajudá-lo na formulação de
uma filosofia de vida que determinará sua atitude para com o seu próprio
envelhecer e para com sua própria morte.
Victor Hugo brilhantemente nos brinda com a frase:
“Quando eu descer à sepultura, afirmarei, como muitos outros: ‘Terminei
meu dia de trabalho.’ Mas não posso afirmar: ‘Terminei minha vida.
Meu trabalho começará de novo na manhã seguinte. A tumba não é uma viela;
é uma passagem livre. Fecha-se ao lusco-fusco; abre-se ao romper da alva.
Para a Doutrina Espírita o ciclo o da vida se altera consideravelmente:
nascer, crescer, amadurecer, envelhecer, morrer e “renascer”. Eis o que
nos diz o espiritismo. A morte é apenas um momento no infinito de nossas
existências. Essa afirmativa dá um golpe sério no conceito tradicional de
morte.
“Quando o Júri de Atenas condenou Sócrates à morte ao invés de lhe
dar um prêmio, sua mulher correu aflita para a prisão, gritando-lhe: “Sócrates,
os juízes te condenaram à morte”. O filósofo respondeu calmamente: “Eles também
já estão condenados”. A mulher insistiu no seu desespero: “Mas é uma sentença
injusta!” E ele perguntou: “Preferias que fosse justa?” A serenidade de Sócrates
era o produto de um processo educacional: a Educação para a Morte.
Na concepção espírita da vida a morte não é morte, é apenas passagem de
um plano da vida para outro.
“Kardec lembrou que, se somos seres humanos, de natureza espiritual,
temos também o ser do corpo, que mesmo na metamorfose da morte é vida e
movimento. A concepção estática das coisas é uma ilusão sensorial. A Física
atual abandonou a concepção material do Universo. Vivemos em espírito e pelo
espírito, desde a pedra até o anjo.”
Sob esse prisma lembramos a famosa frase:
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”
Marcos Paterra
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO
QUADRADO.
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