Eu sou o que escolho me tornar
Se você quer algo novo, você precisa
parar de fazer algo velho.
Peter Drucker.
As crenças, num sentido geral,
representam uma das estruturas mais importantes do comportamento. Quando
realmente acreditamos em algo, nos comportamos de acordo com essa crença.
Temos crenças sobre outras pessoas,
sobre nós mesmos e sobre nossos relacionamentos, sobre o que é possível e sobre
aquilo que somos capazes de fazer. São as regras pelas quais vivemos. São os
nossos princípios de conduta. Agimos como se fossem verdade e,
se gostamos dos resultados, continuamos a agir como se fossem verdade. Se não
trazem bom resultado, mudamos. Ou seja, numa visão mais ampla, temos escolha
quanto àquilo em que acreditamos.
A repetição dos atos comportamentais,
mentais, gera hábitos e esses se tornam memórias, que passam a
funcionar automaticamente. Essas memórias são o nosso já
sabido. Exemplo: guardamos sistematicamente a chave do carro em determinado
lugar. Quando precisamos dela, de modo automático vamos ao local sabido por
nós. Se, eventualmente, a deixamos em outro lugar, e precisarmos dela, voltamos
a procurá-la no lugar já sabido, por automatismo. Não estando lá, surge a
sofrência de pensar e pensar e pensar onde a teríamos deixado.
Como sempre, bem ensina a Benfeitora
Espiritual Joanna de Angelis[1] a respeito dos hábitos: São eles que passam a dirigir a
sua conduta, porque toda a programação existencial começa no pensamento.
É de alta relevância considerar essa
questão, porquanto no pensamento estão as ordens do que se deve realizar e como
proceder à sua execução. Deixando-se conduzir pelas manifestações
primitivas, habituais, repetem-se, sem resultados positivos, os labores que
mantêm o ser no estágio em que se encontra, sem o valor moral para alcançar
novos patamares do processo da evolução. [Grifamos]
Desde que no pensamento está a
diretriz da conduta, pensar corretamente deve constituir o grande desafio de
quem almeja o triunfo.
Nesse raciocínio, citamos frase
atribuída a Albert Einstein: Insanidade é continuar fazendo sempre a
mesma coisa e esperar resultados diferentes.
Pensar e agir são termos da mesma
equação existencial.
Com o passar do tempo, todos mudamos
parte ou o todo de uma certa crença, mesmo sem nos apercebermos disso. Outras
vezes o fazemos de modo intencional, ou ainda, obrigados pelas circunstâncias.
Por exemplo, fazíamos uso regular de certo tipo de alimento, por acreditar que
nos fazia bem. Em face de um diagnóstico médico, vem a prescrição de o
abolirmos definitivamente, pois está nos prejudicando. E lá se foi uma crença.
Mudamos nossa crença e teremos mudado
o comportamento correspondente. Porém, o comportamento naturalmente vivenciado
decorre daquela crença na qual acreditamos de fato.
Mesmo desejando mudança, a princípio,
a acomodação nos levará a nos repetirmos. A insistência e perseverança é que
abrirão novo espaço no campo mental viciado, plantando as
sementes novas. E novo hábito se irá implantando lentamente no subconsciente
até tornar-se parte integrante do comportamento novo.
Leciona Joanna de Ângelis2: O
indivíduo está sempre no momento presente, que é o seu instante decisório. O
passado, por isso mesmo, não pode servir de parâmetro, senão aprender como não
repetir os erros, pois que é irrecuperável, no entanto, reparável.
Se sonhamos com um Novo Ano,
realmente novo, precisamos fazer por donde o ser humano velho dê
lugar a um novo ser, renovado em seus pensamentos e atos.
Sabemos que é possível e necessário
mudar, pois mudança é a única constante da vida.
Mude seus pensamentos e você muda seu
mundo, diz-nos Norman Vicent Peale.
Não podemos prever o futuro, mas
podemos criá-lo, a partir do nosso presente. Só no momento presente temos
domínio da situação e recursos para isso.
Isso é uma constante entre os
pensadores:
Não há nada como o sonho para criar o
futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã. – Victor Hugo.
O futuro dependerá daquilo que
fazemos no presente. – Mahatma Gandhi.
O futuro é como o papel em branco em
que podemos escrever e desenhar o que queremos. – Marquês de Maricá.
Hoje, neste tempo que é nosso, o
futuro está sendo plantado. As escolhas que procuramos, os amigos
que cultivamos, as leituras que fazemos, as crenças que firmamos, os valores
que abraçamos, os amores que amamos, tudo será determinante para a colheita
futura.
Este é nosso instante, e o instante
é a continuidade do tempo, pois une o tempo passado ao tempo futuro, segundo
Aristóteles.
Bastam pequenas mudanças para
pequenas renovações.
A maior descoberta de minha
geração, dizia William James, é que o
ser humano pode alterar a sua vida mudando sua atitude mental.
Sonhemos sim, com um Novo Ano repleto
de bênçãos e triunfos, que nos traga paz e saúde.
Mas precisamos fazer a nossa parte,
fundamental no processo.
Aprendamos com Carl Gustav
Jung: Eu não sou o que me acontece, eu sou o que escolho me tornar.
Velhos hábitos arraigados,
pensamentos viciosos, vontade enfraquecida, atavismos perniciosos, ressentimentos
conservados, conspirarão contra o programa de vida renovada.
Comecemos o nosso programa de
construção de um Novo Ano, renovando as nossas velhas crenças. Mudemos os
nossos pensamentos e raciocínios, direcionando-os para o êxito, em que devemos
acreditar fortemente, e, empenhando-nos, conseguiremos.
Podemos ter um futuro melhorado.
E vencer a preguiça é a
primeira coisa que o ser humano deve procurar, se quiser ser dono do seu
destino, recomenda Thomas Atkinson.
Não podemos aguardar que os tempos se
modifiquem e junto nos modifiquemos, por uma revolução silenciosa que chegue
sem que a esperemos e nos leve em sua marcha, sem que sejamos agentes dela. Nós
mesmos somos o futuro. Nós somos a revolução.
[1] FRANCO, Divaldo Pereira. Vida: desafios e soluções. Pelo
Espírito Joanna de Angelis. Salvador: LEAL, 1997. Cap. 4, item Hábitos mentais.
2 Op.
cit. cap.4, item Frustrações e dependências.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM
GETULIO PACHECO QUADRADO.
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