Guerra no trânsito
Se perguntássemos às pessoas se apreciam as
guerras, certamente nos responderiam que as abominam.
No entanto, se não houvesse guerreiros, as guerras
fatalmente não se realizariam.
Prova evidente disso são as guerras no trânsito,
que tantas e tantas vítimas têm feito no mundo inteiro.
São pais e mães de família que, sob a aparente
proteção de um veículo, sentem-se invencíveis e fazem do automóvel um tanque de
guerra.
Isso nos faz lembrar uma passagem narrada na
Revista Seleções. Um motorista desses que estão sempre apressados, dirigia seu
carro agressivamente e insultava todos que estavam à sua frente.
Agia como se todos tivessem a obrigação de lhe
ceder passagem.
Um sobrinho de 6 anos que estava no banco de trás,
ouvindo o tio dizer a um que tirasse a carroça de sua frente, a outro perguntar
se estava dormindo no volante, entre outros xingamentos, perguntou:
Tio Bob, por que você permite que as
pessoas trafeguem pela "sua" rua?
Tio Bob teve um choque. Diminuiu a velocidade e
começou a refletir no que acabara de ouvir da boca de uma criança, fruto da
observação do seu comportamento.
Deu-se conta de que realmente estava agindo como se
fosse o dono da rua. E o que era pior, ele era uma lição viva ao sobrinho que
estava atento a todos os seus movimentos.
Daquele dia em diante, tio Bob adotou o propósito
de nunca mais dirigir como se a rua lhe pertencesse.
* * *
Se nós somos daqueles motoristas nervosos, sempre
irritados com tudo e com todos, aliviemos um pouco o pé do acelerador e
reflitamos sobre a nossa postura.
Além do inconveniente de sermos um exemplo vivo de
intolerância e incúria para os que nos observam, há o agravante de fomentarmos
as guerras no trânsito.
Quantos motoristas que, por falta de prudência e
paciência, jazem inermes nas rodovias, nas ruas ou calçadas. Ou fazem vítimas
fatais, ou provocam sequelas irreversíveis em outras pessoas.
Já é tempo de refletirmos em torno dessas questões
que a todos nos interessam.
É tempo de mudar o comportamento
equivocado de declarar guerra aos demais motoristas que, como nós, necessitam
enfrentar o trânsito cada vez mais disputado.
Se sabemos que o trânsito se faz
lento em determinadas horas do dia, saiamos mais cedo. Calculemos melhor o
tempo que levaremos para nos deslocar de um lugar a outro. E, ainda, lembremos
que é melhor perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
Antes de xingar alguém no trânsito,
pensemos que talvez a pessoa mereça nossas melhores vibrações por ser alguém
visitado pela dor, pela enfermidade. Ou quiçá seja alguém que esteja a caminho
do hospital, levando consigo um enfermo grave, uma criança em pranto ou outra dificuldade
qualquer.
Seja qual for a situação, jamais nos
arrependeremos por mantermos a paciência e a tolerância no trânsito.
* * *
A ação precipitada, sem a
necessária prudência, invariavelmente engendra desacertos e aflições sem nome,
conduzindo o aturdido aos despenhadeiros do insucesso, em cuja rampa o remorso
chega tardio.
COMO PSICOLOGO DO TRABALHO. A
DEFINIÇÃO DO TRÂNSITO É: DESPUTA DE ESPAÇO, MAS DIGO COM EDUCAÇÃO, COISA QUE
NUNGUEM TEM
Redação do Momento Espírita com base
no verbete Pensamento e no verbete Precipitação, do
livro
Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Angelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Leal e em artigo publicado na revista Seleções Reader’s Digest, de
nov/1993.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MEDIUM E
PSICOLOGO DO TRABALHO, GETULIO PACHECO QUADRADO.
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