O Caminho † Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.
Cruz e disciplina
“E
constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali
passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.” — (MARCOS, 15.21)
1 Muitos
estudiosos do Cristianismo combatem as recordações da cruz, alegando que as
reminiscências do Calvário constituem indébita cultura de sofrimento.
2 Asseveram
negativa a lembrança do Mestre, nas horas da crucificação, entre malfeitores
vulgares. Somos, porém, daqueles que preferem encarar todos os dias do Cristo
por gloriosas jornadas e todos os seus minutos por divinas parcelas de seu
ministério sagrado, ante as necessidades da alma humana.
3 Cada
hora da presença dele, entre as criaturas, reveste-se de beleza particular e o
instante do madeiro afrontoso está repleto de majestade simbólica.
4 Vários
discípulos tecem comentários extensos, em derredor da cruz do Senhor, e
costumam examinar com particularidades teóricas os madeiros imaginários que
trazem consigo.
5 Entretanto,
somente haverá tomado a cruz de redenção que lhe compete aquele que já alcançou
o poder de negar a si mesmo, de modo a seguir nos passos do Divino Mestre.
6 Muita
gente confunde disciplina com iluminação espiritual. Apenas depois de havermos
concordado com o jugo suave de Jesus-Cristo, podemos alçar aos ombros a cruz
que nos dotará de asas espirituais para a vida eterna.
7 Contra
os argumentos, quase sempre ociosos, dos que ainda não compreenderam a
sublimidade da cruz, vejamos o exemplo do Cireneu, nos momentos culminantes do
Salvador. 8 A cruz do Cristo foi a
mais bela do mundo, no entanto, o homem que o ajuda não o faz por vontade própria,
e, sim, atendendo a requisição irresistível. E, ainda hoje, a maioria dos
homens aceita as obrigações inerentes ao próprio dever, porque a isso é
constrangida.
Emmanuel
Texto
extraído da 1ª edição desse livro. |
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