Baleias ou sereias?
Estamos vivendo a época do culto ao
corpo. Naturalmente que cuidar desse precioso instrumento de trabalho é muito
importante.
Contudo, criou-se a ideia de que as pessoas precisam ter corpos
esculturais.
Cresce o número de
escolas para modelos e muitas adolescentes sonham em se tornar top
model. Em serem ricas e famosas.
Nas lojas, encontram-se manequins que se direcionam para esse segmento
de mercado, em número expressivo.
As academias anunciam fórmulas diversas para se atingir o objetivo de um
corpo perfeito.
Medicamentos, drogas são receitadas e utilizadas para se conseguir o
efeito almejado.
A propósito, lemos que uma determinada academia, colocou, no início do
verão, um outdoor com o seguinte apelo:
Neste verão, você
quer ser sereia ou baleia?
Uma mulher dirigiu à academia a seguinte resposta:
Ontem vi um outdoor
da academia, com a foto de uma moça escultural, de biquíni, e a frase: “Neste
verão, qual você quer ser? Sereia ou baleia?”
Respondo que as
baleias sempre estão cercadas de amigos.
Elas engravidam e
têm filhotinhos fofos. Elas amamentam.
Nadam por aí,
cortando os mares e conhecendo lugares maravilhosos como as banquisas de gelo
da Antártida, ou os recifes de coral da Polinésia.
Baleias esguicham
água e brincam bastante. Baleias cantam muito bem e têm até CDs gravados.
Baleias são lindas e
amadas.
E quanto às
sereias? Bom, sereias não existem. Se existissem, viveriam em crise.
Elas não têm
filhos, pois matam os homens que se encantam com sua beleza e sua melodia.
São lindas, mas
tristes e solitárias.
* * *
A resposta encaminhada nos leva a refletir em como temos dado excessiva
ênfase ao corpo.
Ênfase que se reflete na sociedade, de um modo geral.
Tanta que, por vezes, pessoas com maior peso têm dificuldades para
entrar em determinados lugares, para se sentar em bancos pequenos, estreitos.
É claro que o descuido com o corpo gera uma série de inconvenientes, de
enfermidades.
Não menos o exagero que leva as pessoas a não se alimentarem, a
desenvolverem fobias por gramas a mais, a padecerem de bulimia.
E em tudo isso temos esquecido de algo muito importante: o ser que
habita o corpo é mais importante do que o corpo.
Assim, nem
tanto ao mar, nem tanto à Terra, como diz a sabedoria popular.
Mais adequada está determinada marca de produto que, no verão,
aproveitou para divulgar que o sol, o mar e a praia são para todas as mulheres.
Mesmo aquelas que não têm um corpo escultural.
Assim, preservar-se, alimentar-se de forma adequada, exercitar-se. Tudo
muito bom.
Mas, sem exageros, a fim de que não se caia no desleixo ou no excesso de
cuidados.
E, mais que tudo, recordar que é preciso cultuar valores imperecíveis,
que não acabam com o corpo.
Uma pessoa é amada e tem valor real não pelo peso de seu corpo, pela
forma harmoniosa ou não, mas pelo seu conteúdo.
Conteúdo que não perece com os anos, não enruga, não envelhece.
Conteúdo que se traduz em saber granjear amigos, manter a família,
produzir para o benefício de todos.
Assim, sejamos sábios e aproveitemos o que há de bom na sereia e na
baleia.
Cuidado exterior, sim. Beleza interior, também.
E, por fim, lembremos que somos seres imortais, destinados à perfeição.
Hoje, somos humanos. Amanhã, seremos anjos, benfeitores dessa e de
outras Humanidades, espalhadas por esse imenso Universo de Deus.
Redação do Momento Espírita, a partir
de texto sem menção a autoria.
Em 19.7.2019.
DIVULGADO PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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