quarta-feira, 6 de novembro de 2024

CAPÍTULO XXVI. DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER. DOM DE CURAR.

 


CAPÍTULO XXVI, DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER.

DOM DE CURAR.

 

O Irmão Mateus mais uma vez no capítulo X, versículo 8, comenta as palavras de Jesus quando Ele se dirigiu aos seus discípulos dizendo:

“Daí de graça o que de graça recebestes”. E com esta recomendação, prescreveu que ninguém se faça pagar daquilo que nada pagou. Porque o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom que Jesus lhes dera gratuitamente para aliviarem os que sofriam e sofrem, foi como meio de poderem propagar a fé também; Jesus, pois lhes recomendava que não fizessem dele objeto de comércio, e nem de especulação, nem meio de vida.

PRECES PAGAS.

Já São Lucas no capítulo XX, versículo 45 a 47, São Marcos no capítulo XXII, versículos 38 a 40, e São Mateus no capítulo XXIII, versículo 14, comentam as palavras de Jesus falado aos seus discípulos em seguida, e diante de todo o povo que o escutava, orientando-os para precaverem-se dos escribas que se exibiam a passar com longas túnicas, e que gostavam de serem saudados nas praças públicas e de ocuparem nas sinagogas os primeiros lugares nos festins; que a pretexto de extensas preces, devoravam as casas das viúvas. E falou que essas pessoas receberão condenação mais rigorosa.

Jesus também informou que a prece vem a ser ato de caridade. E que é um arroubo do coração cobrar de alguém que lhe pede para pedir por si. Que cobrar de alguém aquilo que recebe de graça, é transformar-se em assalariado. E que a prece assim se torna uma fortuna para quem não pode paga-la. Disto se conclui que, uma das duas: Deus mede ou não as suas graças pelo número de palavras ou pelo valor pago, se estas forem necessárias em grande número, porque então dizê-las poucas, ou quase nenhuma por aquele que não pode pagar com já foi dito. Disto só podemos deduzir ser falta de caridade, se só uma palavra basta, sem dizê-las em excesso. Então se pergunta, porque então cobra-la? Só pode ser prevaricação.

Deus não vende os benefícios que concede, porque aquele que vende não pode garantir a obtenção da dádiva para aquele que paga.

Ao contrário se a soma não fosse paga ou não fosse suficiente, será que Deus concederia esta dádiva? O bom sendo nos diz que jamais. A justiça de Deus existe para todos, pobres e ricos, pois considera imoral traficar com as graças de um soberano da terra, que não podem ser comparadas com o do universo. Outra coisa que aquele que paga não pode se considerar isento de proferi-la, pois não existe a garantia de terceiros que assim terá a dádiva. E pergunta-se se isto de se pagar a terceiro, não vem a reduzir a eficácia da prece ao valor de uma moeda em curso?

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

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