quarta-feira, 18 de junho de 2014

            O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
CAPÍTULO V-LEI DA CONSERVAÇÃO.

Quanto ao instinto e conservação, entendemos que todos os seres vivos possuem este instinto, estejam eles em qualquer grau de inteligência. Todos os seres tem que concorrer para o cumprimento dos desígnios de Deus, daí porque o Pai Maior outorga o instinto de conservação. A vida em si se destina a perfeição, onde os seres o sentem instintivamente sem disso aperceberem.
Por intermédio da conservação a pessoa tem a necessidade de viver, onde Deus lhe permitiu meios para isto, por isso o Nosso Pai Celestial concedeu-nos o planeta Terra para que possamos produzir aquilo que necessitamos de útil para vivermos. Se o ser humano soubesse viver com o estritamente necessário, não empregaria no supérfluo. O solo vem a ser a fonte onde provem todos os recursos que são simples transformações dos produtos destes. Se acabar faltando para alguns a subsistência mesmo na abundancia, só podemos dizer que se trata de egoísmo.
A palavra que Jesus pronunciou, “Buscai e Achareis”, não quer dizer que o ser humano deve simplesmente olhar para a terra, e sim fazer com que o arado venha a arar a terra fértil, plantando, regando e adubando aquilo que almeja e deseja, sendo isto seu 50%, o resto Deus faz.
Nos mundos mais adiantados os seres tem que se alimentar com alimentos de sua natureza, onde tais alimentos não seriam bastante substanciais para os nossos estômagos grosseiros, assim como os nossos não serviriam para eles.
Os gozos dos bens terrenos servem apenas para vivermos aqui e tudo é passageiro, pois tudo o que nos cerca é emprestado por Deus para atender as nossas necessidades. Um dia teremos que deixar tudo isto, inclusive o nosso corpo físico que serve apenas para vivermos neste planeta Terra.
Mais uma coisa é certa, Deus nos possibilita o uso dos bens como direito de todos, onde o nosso Pai Maior não imporia um dever sem dar a nós um meio de cumpri-lo. O objetivo dos bens materiais serve para desenvolvermos a razão que devemos preservá-la dos excessos. Tudo isto porque, toda pessoa que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, acaba se colocando abaixo do bruto, pois este saber detém-se quando satisfeita a sua necessidade. Entre o necessário e o supérfluo, a diferença esta naquele que é ponderado e conhece o limite entre eles, porém muitos só conhecerão por experiência e a sua própria custa. A necessidade tem o seu limite, enquanto que os vícios lhe alteram a constituição, e lhe criam necessidades que não são reais.
Os que detêm os bens materiais privando de terceiros, acabam olvidando as leis de Deus, e terão que responder por isso, porque todo excesso é prejudicial a qualquer pessoa, desde que tiremos dos outro aquilo que falta para eles.
Todo ser humano tem que trabalhar para prover o seu sustento, para ter saúde, pois sem esta não terá forças para trabalhar e ganhar o seu pão. É natural que busquemos o nosso bem estar e da família, onde Deus somente proíbe o abuso, por ser contrario a conservação. Tem gente que se priva de gozos inúteis, porque com isso acaba se desprendendo da matéria e elevando a sua alma. Resistir à tentação que quer nos arrastar para o excesso vem a ser um mérito, onde podemos tirar aquilo que nos é necessário, oferecendo o excesso para aqueles que carecem.
Não é racional a abstenção de certos alimentos, pois é permitido ao ser humano alimentar-se de tudo que não lhe prejudique.
A alimentação animal com relação ao ser humano não é contrária à natureza, porque a lei da conservação lhe prescreve como um dever, isto para manter as suas forças e saúde para cumprir com a lei do trabalho.
Os sofrimentos naturais são os que agradam a Deus, e acabam elevando o ser humano. Os voluntários de nada servem quando não concorrem para o lado do bem e do amor, tudo isto em favor de outrem.
Os que abreviam a vida mediante rigores sobre-humanos como fazem alguns fanáticos de algumas seitas, de nada serve, pois sofrer em seu benefício próprio vem a ser egoísmo, enquanto que sofrer em favor de outros vem a ser caridade.


Bibliografia: O Livro dos Espíritos.
 Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.



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