O que fazer
quando sogra e nora não se entendem?
Uma pessoa casada
há cinco anos, garante que o relacionamento vai muito bem. No entanto, basta
falar em almoço na casa da sogra ou em qualquer encontro de família para que o
alicerce do casamento estremeça. “Ela me manda indiretas, dá palpites na nossa
alimentação, na organização da casa, no meu temperamento. Enfim, em qualquer
coisa que seja possível”, reclama a moradora de São Paulo. Além disso, Nathalia
afirma que sua sogra insiste em controlar os gastos do casal e faz inúmeras
perguntas sobre a vida dos dois, gerando conflito em todos os encontros.
Como a nova
mãe pode lidar com críticas dentro da família
A situação
relatada que é mais comum do que se imagina e dificulta o relacionamento de
muitos casais. Segundo um estudo publicado pelo site inglês Netmums, uma em
cada quatro mulheres não se dá bem com a sogra e a maioria delas descreve a mãe
do companheiro como “controladora, intrometida e megera”. No entanto, o
psicólogo Tonio Dorrenbach Luna, do Conselho Regional de Psicologia do Paraná
(CRP-PR), garante que filhos e noras também são culpados pela dificuldade de
relacionamento e precisam colaborar na busca por uma relação mais pacífica.
Segundo o
especialista, a disputa entre nora e sogra inicia porque algumas mães criam
expectativas grandes demais para o filho e não deixam o garoto crescer. “É como
se ele pertencesse somente a ela e, por isso, a nora acaba ameaçando esse tipo
de relação”. Nesses casos, a mãe deve aprender a lidar com a dor da perda a fim
de enfrentar a separação de forma tranquila e dar espaço para o filho
amadurecer.
“Esse menino
pode ter 20, 40, 50 ou 60 anos. Como é uma relação emocional interna, mesmo que
a mãe nem exista mais, ele continuará sendo aquele garoto que espera uma mãe
para cuidar dele”.
Se isso não
ocorrer, o menino pode levar para o casamento a dependência que tem da mãe e
permanecer preso à figura materna de forma infantil. “Esse menino pode ter 20,
40, 50 ou 60 anos. Como é uma relação emocional interna, mesmo que a mãe nem
exista mais, ele continuará sendo aquele garoto que espera uma mãe para cuidar
dele”, explica o psicólogo, que aponta outra característica desses pacientes.
“Eles costumam procurar atividades menos corajosas, que não envolvam muita
energia ou desafios. Em grande parte dos casos, inclusive, não se resolveram
bem na vida em relação ao trabalho, por exemplo”.
Além da mãe e
do filho terem comportamentos que prejudicam o relacionamento entre nora e
sogra, a mulher que decide se casar com esse “garoto” também tem questões a
serem resolvidas. “Por que ela procura um menino ao invés de um homem mais
maduro?”, questiona Luna. De acordo com o especialista, a maioria delas se
casou muito jovem ou possui algum receio de procurar homens adultos. “Por algum
motivo, que deve ser analisado por um profissional, elas precisam se relacionar
com homens de menor potencial”, diz.
E como lidar
com a situação?
Por isso, a
sogra, o filho e a nora devem trabalhar para a correção do problema. No caso do
filho, é necessário “cortar o cordão umbilical” que tem com a mãe. Para isso, a
orientação do especialista é manter a relação de respeito e reconhecimento com
aquela que o gerou, mas entendendo que agora outra mulher assumiu o papel
principal em sua vida. “Ele não está mais em um lugar tão confortável como o
colo da mãe, mas em uma relação amorosa maior e mais profunda”.
Como as avós
podem compartilhar suas experiências com a nova mãe sem passar dos limites
Dessa forma,
deve cuidar da esposa e intervir nas situações em que ela seja maltratada,
assim como ocorreu no relacionamento da advogada Nathalia. “Meu marido sempre
ficou ao meu lado, principalmente porque via minha sogra me atacando com
palavras duras e com indiretas constrangedoras”, afirmou a paulista, que também
presenciou diversas conversas no marido com a mãe na tentativa de solucionar os
conflitos e evitar que se repetissem.
“Ele [o
filho] não está mais em um lugar tão confortável como o colo da mãe, mas em uma
relação amorosa maior e mais profunda”.
Caso o esposo
não consiga fazer isso e siga dependendo da mãe em uma espécie de relação
infantil, será necessário contar com ajuda profissional para seguir em frente.
“É algo doloroso porque ele precisará deixar essa figura materna e procurar
referência em um pai que, muitas vezes, não teve”, explica Luna. “Depois disso,
conseguirá conversar com sua mãe com mais facilidade e explicar as mudanças que
precisam ocorrer”.
Enquanto
isso, a esposa deve evitar uma postura de confronto porque a relação da mãe com
o filho é mais antiga do que a dela com o marido. “Quanto mais ela entrar em
competição com a sogra, mais vai perder força”. O segredo, então, é estar muito
segura de si para manter o relacionamento e ter paciência. “Lembrando que isso
não significa aceitar atitudes desrespeitosas ou antiéticas. É apenas não
entrar em competição”, pontua o especialista.
MENSAGEM
COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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