sábado, 4 de fevereiro de 2023

OBSESSÃO. O QUE VEM A SER.

 


Obsessão. O que vem a ser.

 A obsessão é a ação persistente de um mau Espírito sobre uma pessoa. Apresenta características muito diversas, desde a simples influência de ordem moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais. Oblitera todas as faculdades mediúnicas. Na mediunidade psicográfica, ou de escrever, revela-se pela obstinação de um Espírito em se manifestar exclusivamente, sem permitir que outros o façam. Os maus Espíritos pululam ao redor da Terra, em consequência da inferioridade moral dos seus habitantes. Sua ação malfazeja faz parte dos flagelos que a Humanidade suporta neste mundo. A obsessão, como as doenças, e como todas as atribuições da vida, deve ser considerada, pois, como uma prova ou uma expiação, e aceita nessa condição.

Assim como as doenças são o resultado das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas do exterior, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um mau Espírito. A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral, é necessário opor uma força moral. Para preservar das doenças, fortifica-se o corpo.

 Para garantir contra a obsessão, é necessário fortificar a alma. Disso resulta que o obsedado precisa trabalhar pela sua própria melhoria, o que na maioria das vezes é suficiente para o livrar do obsessor, sem socorrer-se de outras pessoas. Esse socorro se torna necessário quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque o paciente perde, por vezes, a sua vontade própria e o seu livre arbítrio.

A obsessão é quase sempre a ação vingativa de um Espírito, e na maioria das vezes tem sua origem nas relações do obsedado com o obsessor, em existência anterior. (Cap. X, nº 6; e XII, nº 5 e 6).

Nos casos de obsessão grave, o obsedado está como envolvido e impregnado por um fluído pernicioso, que neutraliza a ação dos fluídos salutares e os repele. É necessário livrá-lo desse fluido. Mas um mal fluido não pode ser repelido por outro da mesma espécie. Por uma ação semelhante a que o médium curador exerce nos casos de doença, é preciso expurgar o fluido mau com a ajuda de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um resgate. Essa é a que podemos chamar de ação mecânica, mas não é suficiente. Faz-se também necessário, e acima de tudo, agir sobre os ser inteligente, com o qual se deve falar com autoridade, sendo que essa autoridade só é dada pela superioridade moral. Quanto maior for esta, tanto maior será a autoridade.

E ainda não é tudo, pois para assegurar a libertação, é preciso convencer o Espírito perverso a renunciar aos seus maus intentos; despertar-lhe o arrependimento e o desejo do bem, através de instruções habilmente dirigidas, com a ajuda de evocações particulares, feitas no interesse da sua educação moral. Então, pode-se ter a dupla satisfação de libertar um encarnado e converter um Espírito imperfeito.

A tarefa se torna mais fácil, quando o obsedado, compreendendo a sua situação, oferece o concurso da sua vontade e das suas preces. Dá-se o contrário quando, seduzido pelo Espírito embusteiro, ele se mantém iludido quanto às qualidades da entidade que o domina, e se compraz nas suas mistificações, porque então, em vez de ajudar, ele mesmo repele qualquer assistência. É o caso da fascinação, sempre infinitamente mais rebelde do que a mais violenta subjugação. (Ver Livro dos Médiuns, cap. XXIII) Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar da ação contra o Espírito obsessor.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

 

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