CAPÍTULO XXI. FALSOS CRISTOS E
FALSOS PROFETAS. JEREMIAS E OS FALSOS PROFETAS.
No
capítulo acima o irmão Luis um Espírito Protetor, no ano de 1.861, e em
Carlsruhe, e dentro das instruções dos Espíritos, comenta que o Senhor dos
exércitos teria dito: “Não escuteis as palavras dos profetas, que vos
profetizam e vos enganam; onde eles falam das suas visões de seus corações, e
não da boca do Senhor”. Dizem aqueles que blasfemam: O
Senhor o disse; vós tereis a paz; e a todos aqueles que andam na corrupção do
seu coração: Que nenhum mal os acontecerá. Mas pergunta, qual dentre deles
assistiu ao conselho do Senhor, e viu e ouviu a sua palavra? E esclarece que
não tinha enviado estes profetas, e eles corriam por si mesmos; e que não lhes
falava nada, e eles profetizavam. Também afirma que tenha ouvido o que disseram
esses profetas que profetizaram a mentira em seu nome, dizendo: Sonhei, tenho
sonhado. E pergunta até quando se achará isto no coração dos profetas que
vaticinam a mentira, e que profetizam as seduções do seu coração? E chama a
atenção, se, pois este povo ou o profeta, ou o sacerdote, os interrogar dizendo:
Qual é o peso do Senhor? Que digam: Vós sois o peso, porque disse o Senhor.
(Jeremias,
XXIII: 16-18, 25-26; 33).
Pois
é, diante desta passagem do Irmão Jeremias, que o Espírito Protetor Luis, no
ano de 1.861, e em Carlsruhe, pede para tratar conosco: Que Deus falando pela
boca dissera: “É a visão do seu coração que os faz falar”. Onde estas palavras
indicam claramente, que já naquela época, os charlatões e os vaidosos abusavam
do dom da profecia e os exploravam. Abusando, entretanto da fé simples e quase
cega do povo, predizendo por dinheiro coisas boas e agradáveis. E Afirma também
que essa espécie de embuste estava bastante generalizada entre os judeus, sendo
fácil compreender que o pobre povo, em sua ignorância, estavam impossibilitado
de distinguir os bons dos maus, e eram sempre mais ou menos enganado pelos
impostores ou fanáticos que se diziam profetas. Deixa também dito que nada é
mais significativo do que estas palavras: “Eu não enviei estes profetas, e eles
corriam por si mesmos; não lhes falei, e eles profetizavam”? Onde mais adiante,
encontramos: “Tenho ouvido o que disseram os profetas que em meu nome
profetizam a mentira, dizendo: sonhei, tenho sonhado”. Onde indicava, assim, um
dos meios então empregados para explorar a confiança do povo. A multidão,
sempre crédula, não pensava em lhes contestar a veracidade dos sonhos ou das
visões, porque achava tudo muito natural e convidava sempre os profetas a
falarem.
E nos chama a atenção, para depois das palavras do profeta, possamos ouvir os
sábios conselhos do apóstolo São João, quando diz: “Não creias em todos os
Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus”. Porque, entre os
invisíveis, há também os que se comprazem em enganar, quando encontram
oportunidade. Os enganados são bem entendidos, os médiuns que não tomam as
necessárias precauções. Tendo nisto, sem dúvida, um dos maiores escolhos,
contra o quais muitos se chocam, sobretudo quando são novatos no Espiritismo. Sendo
isto uma prova, de que não podem triunfar senão com muita prudência. Pois,
antes de tudo, que aprendam a distinguir os bons dos maus Espíritos, para não
os tornar mesmos em falsos profetas.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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