O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
CAPÍTULO II.
INTUIÇÃO DAS PENAS E DOS GOZOS
FUTUROS.
Na procedência
da crença, que se encontra em todos os povos, nas penas e recompensas
futuras, é sempre a mesma coisa: pressentimento da realidade, dado ao ser
humano pelo seu Espírito. Porque, ficam sabendo, que não é em vão, que uma voz
interior os fala com frequência, e os tornariam melhores.
No momento
da morte, o sentimento que domina a maioria dos seres humanos, é a dúvida para os céticos
endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para os homens de bem.
O por que
há céticos que são em menor número, e que a alma traz para o ser humano o sentimento
das coisas espirituais.
São porque muitos se fazem de
espírito forte durante esta vida por orgulho, mas no momento da morte não
se conservam tão fanfarrões.
Comentário de Kardec: A consequência da vida futura se traduz na
responsabilidade dos nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na
distribuição da felicidade a que todos os homens aspiram, os bons e os maus não
poderiam ser confundidos. Deus não pode querer que uns gozem dos bens sem
trabalho e outros só o alcancem com esforço e perseverança.
A ideia que Deus
nos dá de sua justiça e de sua bondade, pela sabedoria de suas leis, não nos
permite crer que o justo e o mau estejam aos seus olhos no mesmo plano, nem
duvidar de que não recebam, algum dia, uma recompensa e outro o castigo pelo
bem e pelo mal que tiverem feito. É por isso que o sentimento inato da justiça
nos dá a intuição das penas e das recompensas futuras.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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