O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
CAPÍTULO II. O NADA-E A VIDA FUTURA.
O ser
humano repele instintivamente o nada porque o nada não existe.
O sentimento instintivo da vida futura para o
ser humano, vem antes da encarnação. O Espírito conhece todas essas coisas, e a
alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado
espiritual.
Comentário de Kardec: Em todos os tempos, o ser humano se
preocupou com o futuro de além-túmulo, o que é muito natural. Qualquer que seja
a importância dada à vida presente, ele não pode deixar de considerar quanto é
curta e sobretudo precária, pois pode ser interrompida a cada instante e jamais
ele se acha seguro do dia de amanhã. Em que se tornará depois do instante
fatal? A pergunta é grave, pois não se trata de alguns anos mas da eternidade.
Aquele que deve passar longos anos num país estrangeiro se preocupa com a
situação em que se encontrará no mesmo. Como não nos preocuparmos com a que
teremos ao deixar este mundo, desde que o será para sempre?
A ideia do nada tem
algo que repugna à razão. O ser humano mais despreocupado nesta vida, chegado o
momento supremo, pergunta a si mesmo o que será feito dele e involuntariamente
fica na expectativa.
Crer em Deus sem
admitir a vida futura seria um contrassensos. O sentimento de uma existência
melhor está no foro íntimo de todos os seres humanos e Deus não o pôs ali em
vão.
A vida futura
implica a conservação da nossa individualidade após a morte. Que nos
importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral tivesse de perder-se
no oceano do infinito? As consequências disso para nós seriam as mesmas do nada.
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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