Padrasto
Lucinha era uma
menina linda, mas vivia triste, apática. Mal respondia quando lhe dirigiam a
palavra.
Observava seus
primos, suas vizinhas, a conversar e brincar com seus pais. E mais retraída
ficava.
Às vezes, era
encontrada a chorar.
Dizia que todos
tinham pai, somente ela não.
Por mais que a mãe
tentasse lhe explicar que seu pai deixara o lar, antes do seu nascimento, ela
não conseguia entender.
Ela queria ter um
pai para amar. Alguém que a abraçasse quando tivesse medo de alguma coisa.
Um pai para sentir
em seu rosto a aspereza da barba por fazer, um pai que ela pudesse encontrar
quando voltasse da escola.
Um pai que ela
idealizava. Um pai com quem sonhava.
Certo dia, viu a
mãe chegar do trabalho acompanhada por um colega. Ele somente viera buscar um
livro emprestado.
No entanto, ao
vê-lo, Lucinha lhe correu ao encontro de braços abertos.
Mamãe, você trouxe
o meu pai! Você trouxe o meu pai!
A mãe,
desconcertada, não sabia o que falar.
Mas Cláudio,
admirando a garota, agachou-se, envolvendo-a em demorado abraço.
Enquanto a menina
mantinha seus braços em torno do seu pescoço, ele sentia as próprias lágrimas
correrem pela face.
Uma profunda emoção
tomou conta dele. Não entendia o que estava acontecendo. Mas lhe pareceu um
verdadeiro reencontro de almas que se amam.
O tempo passou.
Cláudio começou a frequentar a casa, vez ou outra. Depois, de forma mais
assídua.
Um doce afeto foi
sendo construído e, decorridos alguns meses, casou-se com a colega e assumiu a
paternidade da menina.
Lucinha era só alegria
e felicidade.
* * *
Ser pai, na
amplidão do termo, é ter compromisso, querer amar e proteger aos que lhe são
filhos biológicos. Ou eleitos pelo coração.
Pai é uma presença
sentida pelas meninas como um príncipe protetor. Um super-homem no qual colocam
sua confiança.
Para os meninos, é
o que ele deseja ser quando crescer. É aquele que sabe tudo, que resolve tudo.
Jogar bola, andar
de bicicleta, ralar o joelho, sujar-se de lama, ao lado do pai, tem um colorido
diferenciado para cada criança.
Na adolescência o
pai presente representa um freio a caminhos negativos, um limite importante
para evitar o erro.
E cada etapa
vencida na escola é orgulhosamente evidenciada, estimulada, comemorada.
Grande é a
importância da figura paterna, seja ele o pai biológico ou aquele que assume a
posição, em qualquer forma de adoção.
Pai, padrasto, não
importa como se denomine. Sua presença significa segurança.
Em decorrência
disso, recebe a gratidão e o carinho de quem se sente acolhido, aconchegado,
protegido, amado.
Colhe a confiança
da criança que adormece tranquila em seus braços, próxima ao seu coração que
bate compassado.
Criança que
crescerá, e aprenderá como deverá tratar os próprios filhos, quando se tornar
adulta.
Porque o exemplo é
a melhor das lições. E a experiência do amor paterno é das mais marcantes.
Benditos sejam
todos os que honram a paternidade responsável.
Redação do Momento
Espírita.
Em 17.10.2020.
MENSAGEM DIVULGADA
PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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