Ter filhos, e ser pai.
Você tem filhos?
Se a resposta for positiva,
então responda: Você é pai?
Ora, alguns pensarão que ter
filhos e ser pai é a mesma coisa, mas uma reflexão mais detida nos mostrará a
diferença.
Para ter filhos basta estar
apto à reprodução e entregar-se à conjunção carnal para procriar.
Para ser pai é preciso alguns
cuidados a mais.
Há pouco tempo, uma revista
tratou do assunto retratando algumas dificuldades, principalmente com relação a
empresários e executivos que têm filhos e que não são pais.
Geralmente chegam em casa e não
se dão conta de que já saíram dos seus escritórios.
Esquecem-se de sintonizar os
sentimentos afetivos e continuam dando ordens, como se a esposa fosse a
secretária e os filhos seus subalternos. Não mudam nem o tom de voz.
Uma estatística da
revista Fortune atesta a dramática dimensão desse problema.
Revela que filhos de
empresários e executivos de alto nível apresentam graus de desajustes bem
maiores que os dos outros pais, inclusive os de famílias financeiramente menos
abastadas.
No livro The parent’s
handbook, ou Manual dos pais, em português, um dos livros
mais vendidos nos Estados Unidos, dois especialistas tratam do tema com grande
competência.
Estabelecem, entre outras
coisas, sete regras básicas para ser um bom pai:
1ª - Comporte-se naturalmente. Dê atenção na medida certa. Se você exagerar com
frequência, quando por qualquer motivo reduzir sua atenção, seu filho se
sentirá desprezado.
2ª - Diga
sempre ao seu filho que você o ama. Principalmente quando ele não espera esse
tipo de declaração. Não economize nos gestos. Beijos, carinhos, abraços,
emoção, muitas vezes valem mais que uma dezena de atitudes.
3ª - Vale mais encorajar do que repreender; incentivar do que premiar.
Dizer com sinceridade: Eu confio na sua capacidade de decisão, eu
aposto no seu discernimento.
4ª - Ouça seu filho! (talvez a mais importante das
recomendações). Aprenda a ouvir o que ele tem a dizer. Ouça tudo e até o fim.
Não interrompa, não conclua nem o obrigue a concluir no meio do relato. Mais do
que a sua opinião, ele quer contar para você...
5ª - Mesmo diante de uma aparente falta grave, procure não criticá-lo
duramente. Deixe que ele lhe dê as próprias razões.
Se você não se convencer, tente refletir em conjunto, ajudando-o a perceber o
que o levou a errar, tornando-o capaz de identificar o erro.
6ª - Por mais certeza que você tenha do que vai acontecer nos casos que não
haja risco à integridade de seu filho, permita que ele experimente e conclua
por si mesmo. O melhor aprendizado ainda é o da própria experiência.
7ª - Trate seu filho com a mesma educação e cordialidade que você reserva para
seus amigos. Agindo assim, por certo ele acabará se tornando o melhor de todos
os seus amigos.
Não se resumem aqui todas as regras para se ser um bom pai, mas aqueles que as
observarem já terão dado passos largos no caminho que a todas as outras conduz.
Todo filho é empréstimo sagrado que
deve ser valorizado e melhorado pelo cinzel do amor dos pais, para oportuna
devolução ao Genitor Celeste.
Redação do Momento Espírita, com base
na Revista Factus,
fevereiro de 1999, e no verbete Filhos, do livro Repositório de
sabedoria, v.1,
pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo P. Franco, ed. Leal.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 5 e no livro Momento Espírita, v.
1, ed. Fep.
Em 05.01.2009.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO
QUADRADO
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