Aborrecimentos
Nada mais comum,
nas atividades terrenas, do que o hábito enraizado das querelas, dos
desentendimentos, das chateações.
Nada mais corriqueiro entre os indivíduos humanos.
Como num grupo de
meninos, em que cada gesto, cada nota, cada menção se torna um bom motivo para
contendas e mal-entendidos, também na sociedade dos adultos ocorre o mesmo
fenômeno.
Mais do que
compreensível que nós, como se fôssemos um menino de pavio curto,
liberemos adrenalina nos episódios cotidianos que desafiam a nossa estabilidade
emocional.
Compreensível que nos agitemos, que nos irritemos, que levantemos a voz,
que afivelemos ao rosto expressões feias de diversos matizes.
Tudo isso é possível de acontecer por causa do nível do nosso mundo
íntimo.
No entanto, é bom lembrarmos que não viemos para a Terra para fixar
nossas deficiências, nossas dificuldades. Estamos aqui para tratar delas,
cultivando saúde íntima.
Não estamos no
mundo para agirmos, atendendo aos nossos impulsos irracionais, mas para
fazê-los amadurecer para os campos da razão lúcida.
Não nascemos para nos permitirmos levar pelo destempero, pela irritação
que nos desequilibra, nos torna pessoas de difícil trato.
Cabe-nos o dever de nos educarmos, porque temos na pauta da nossa vida o
compromisso de cooperar com Deus, à medida que cresçamos, que amadureçamos, que
nos tornemos pessoas nobres.
Desse modo, os
nossos aborrecimentos diários, embora sejam admissíveis em almas
infantis e destemperadas, provocam ruídos infelizes,
desconcertantes e indesejáveis, nas almas que vivem e convivem
conosco.
Tornamo-nos pessoas causadoras de distúrbios, de inconveniências, em
síntese, de problemas.
Observemo-nos. Façamos uma análise de nós mesmos e nos conheçamos um
pouco mais. Verifiquemos nossos pontos negativos e trabalhemos para deles nos
libertarmos.
Eles nos infelicitam e causam preocupações aos familiares, amigos,
colegas.
Afinal, quem pode ficar tranquilo ao lado de quem parece sempre pronto a
estourar?
Resistamos aos impulsos inferiores que ainda rondam a nossa intimidade.
Aproximemo-nos mais dos benfeitores espirituais que nos amparam.
Perante as perturbações alheias, aprendamos a não imitá-las.
Diante da rebeldia de alguém, analisemos e não façamos o mesmo.
Notando a explosão violenta de alguém, reflitamos nas consequências
danosas, a fim de não agirmos de igual forma.
Cada esforço que fizermos por nos melhorarmos, por nos educarmos, será
secundado pela ajuda de luminosos imortais que estão, em todo tempo, investindo
no nosso progresso.
Eles esperam que
cresçamos e nos iluminemos, tornando-nos cooperadores com Deus, superando a nós
mesmos, transformando nossas noites morais em radiosas manhãs de perene
formosura.
* * *
Quando formos visitados pelo sofrimento ou por contrariedades, não nos
deixemos dominar.
Finalmente, quando
tivermos vencido nossos ímpetos de impaciência, de cólera, ou de desespero,
digamos, para nós mesmos, cheios de justa satisfação: Fui o mais forte.
Redação do Momento Espírita com base no cap. 13
do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
BIBLIOGRAFIA. MOMENTO ESPÍRITA. MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO
PACHECO QUADRADO.
Em 17.4.2020
0 comentários:
Postar um comentário
ESTAMOS DISPOSIÇÃO DOS AMIGOS PARA ESCLARECER QUALQUER DÚVIDA.