Tragédias Coletivas (Novo texto)
Divaldo
Franco
Professor, médium e conferencista
Constantemente a humanidade é surpreendida por
tragédias coletivas. Desde os fenômenos sísmicos às guerras, aos acidentes de
várias ordens, demonstrando a fragilidade do ser humano ante as forças da
natureza e as suas próprias paixões, que, amiúde, somos convidados a
reflexionar em torno da transitoriedade carnal e sobre a continuidade da vida
em outra dimensão.
Há poucos dias, um desastre aéreo de lamentáveis consequências feriu dezenas de
famílias, ceifando vidas juvenis em plena busca da felicidade. Desejamos
referir-nos ao acidente que arrebatou 71 vidas, especialmente de chapecoenses,
deixando aflições inomináveis em muitos familiares e amigos.
Os conceitos filosóficos do materialismo diante do
infortúnio não conseguem acalmar as ansiedades e as dores dos sentimentos
vitimados pelas ocorrências infelizes do cotidiano, provocando, não raro,
revolta e desespero.
Algumas correntes religiosas despreparadas para o enfrentamento dos desafios
afligentes que ferem a humanidade simplificam a maneira de os encarar,
transferindo para a “vontade de Deus” todas as ocorrências nefastas, sem que,
igualmente, com algumas exceções, logrem o conforto moral e a esperança nas
suas vítimas.
Ao Espiritismo cabe a tarefa urgente de demonstrar
que a criatura humana é autora do próprio destino através dos atos que realiza.
A Divindade estabelece leis morais que atuam nas
existências, com a mesma severidade que aqueloutras que regem o Universo e são
inalteradas.
Embora Deus seja amor, o dever e o equilíbrio são
expressões desse incomparável amor pelas criaturas.
O sofrimento não é um ato punitivo da Divindade,
mas uma resposta da Vida ao comportamento malsão de quem se permite
desrespeito aos supremos códigos.
Por intermédio da reencarnação o Espiritismo
explica a lógica de acontecimentos tão funestos.
No caso em tópico, segundo a Imprensa, a Anac havia proibido a viagem
programada, mas a fatalidade conseguiu uma maneira de atender ao determinismo cármico,
mediante o aluguel de uma outra aeronave boliviana. Alguns sobreviventes e
outros, que não puderam viajar por uma ou outra razão, foram poupados da
terrível provação, por não fazerem parte do grupo comprometido com as Leis
divinas.
Provavelmente essas vítimas resgataram antigo
débito moral no seu processo evolutivo e foram reunidas para o ressarcimento
coletivo, conforme a responsabilidade do conjunto em algum desmando anterior,
de existência pregressa.
Hoje, no mundo espiritual, na condição de vítimas das circunstâncias de que não
são responsáveis, encontram-se amparados por Espíritos nobres, que os
auxiliarão a encontrar a plenitude. Aos seus familiares e amigos, apresentamos
a nossa solidariedade.
Artigo
publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 1-12-2016.
MENSAGEM
DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.
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