CAPÍTULO XIII. QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA.
FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO.
Aquele que pratica o bem com segundas intenções, não é bem
visto pelo Poder Celestial.
Antigamente os Escribas e os Fariseus que usavam longas
túnicas, gostavam de orar em praça pública e faziam questão de se sentarem nas
primeiras filas aonde iam, tudo como sempre com a intenção de conseguir adeptos
e ficarem famosos, mas no fundo aqueles que abdicavam a este caminho acabavam
lhe custando caro, com as tais preces pagas, batizados, recomendação do corpo e
outros.
Pois é, no nosso Evangelho ele recomenda que não façamos as
nossas boas obras diante da humanidade, para sermos vistos por eles.
Recomenda-nos que quando dermos esmolas, que a mão esquerda não saiba o que fez
a direita. Isto quer dizer, que devemos fazer as coisas sem que a pessoa saiba
o que estamos fazendo de bem para ela. A pessoa que pratica o bem e espera
recompensa aqui, quando chegar aos Céus não terá direito a nada, porque já
ganhou aqui, porque o Pai Celestial tudo vê. Jesus por certo dirá: “Já recebeu
a sua recompensa”. Com isso Ele quis dizer, que já teve seu pagamento recebido
aqui, e Deus não lhe deve nada, e sim a punição pelo seu orgulho e vaidade.
Existem sim aqueles que prestam serviço com a esperança de
ser reconhecido publicamente.
Tem também aqueles que fazem suas doações, na esperança de
se salvarem, mas não são capazes de darem uma moeda no anonimato.
Renunciar a satisfação aqui é ser superior as coisas
materiais, e sim se preparar para a vida futura. Tem gente que me pergunta, por
que pensar na vida futura se estão vivendo aqui na material. Ora é simples de
responder, será que não é bom sabermos o que nos espera, e irmos nos preparando
para praticarmos a verdadeira caridade sem querer nada em troca.
A frase, que quer dizer, que a mão esquerda não saiba o que
faz a sua mão direita, claro que foi dita de uma forma alegórica por Jesus,
primeiro porque falava por parábolas, e segundo se falava desta maneira era
para que o povo daquela época pudesse entender.
Naquela época havia aqueles que se faziam de modestos, mas o
que procuravam era garantir que o bem feito discretamente na realidade pudesse
ter tido a sua plateia. Estes também serão aqueles que por certo receberão sua
recompensa aqui no nosso planeta.
Na vida existem dois tipos de caridade, a material e a
moral. A moral vem a ser aquela que ajuda seu próximo sem ferir o amor próprio
da pessoa e sua dignidade, sendo ela que vem a transformar uma esmola em
serviço e não o contrário, porque existe sempre o orgulho e a maldade em
humilhar quem passa pela necessidade.
Existem muitas pessoas que doam de tudo, e pagam para
fazerem preces por elas e sem a garantia que obterão esta dádiva, porque Deus
não vende seus serviços, tudo como já dissemos, com o intuito de se salvarem,
mas o maior pecador é aquele que cobra para fazer isso porque não da garantia
dos seus serviços.
Ora para se cobrar teríamos que comprar de Deus, e como já
escrevemos Ele não vende jamais os seus benefícios, e da à cada um segundo as
suas obras.
Portanto irmãos quando derem esmolas, ou praticarem a
caridade, que não se resume apenas em esmolas, vamos fazer sem que a pessoa
saiba daquilo que desejamos a ela.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
0 comentários:
Postar um comentário
ESTAMOS DISPOSIÇÃO DOS AMIGOS PARA ESCLARECER QUALQUER DÚVIDA.