CAPÍTULO XI-AMAR O
PRÓXIMO COMO A SI MESMO. O MAIOR MANDAMENTO.
Dentro desse capítulo nos é ressaltado por alguns irmãos
logo abaixo, algumas passagens de Jesus que nos servem de exemplos a serem
seguidos:
Nesse primeiro item, São Mateus no capítulo XXII, versículos
de 34 a 40, conta que os fariseus teriam sabido que Jesus tinha feito calar a
boca dos Saduceus, e acabaram se reunindo, e um deles que era doutor da lei
teria lhe feito uma pergunta para tentá-lo, de que qual seria o maior
mandamento da Lei? E que Jesus diante disto teria lhe respondido: “Amaras ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma e de todo o teu Espírito”, e este seria o maior e o
primeiro mandamento”. Que o segundo seria: “Amaras ao teu próximo, como a ti
mesmo”. Que toda lei e os profetas se
achavam contidos nesses dois mandamentos.
Já no segundo item, no capítulo VII, versículo 12, que o
Mestre teria ressaltado: “Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos
façam, porquanto tais são a lei e os profetas”.
E ainda dentro deste item, Lucas no capítulo VI, versículo
31, conta que foi dito por Jesus:
“Tratai todos os
homens como quereríeis que eles vos tratassem”.
No terceiro item, São Mateus no capítulo XVIII, versículo de
23 a 25, ressalta que foi dito pelo nosso Mestre Jesus: Que o Reino dos Céus é
comparado a um rei que quis cobrar as contas dos seus servidores, e tendo
começado a fazer, teria se apresentado a ele um deles que lhe devia dez mil
talentos. E como ele não teria meios de lhe pagar, seu Senhor teria lhe
recomendado que vendesse a ele, sua mulher e seus filhos e tudo o que ele tinha
para satisfazer sua dívida. Que o servidor diante disto, teria se lançado aos
seus pés e teria lhe suplicado para que tivesse em pouco de paciência, que ele
lhe restituiria o total. Então o Senhor desse servidor, tocado de compaixão o
deixou ir e perdoou a sua dívida. Mas esse servidor tendo encontrado um dos
seus companheiros que lhe devia cem dinheiros o tomou pela garganta, o
sufocando e dizendo, que lhe restitui-se o que lhe devia. Que o devedor teria
se lançado aos seus pés suplicando para que tivesse um pouco de paciência que
ele restituiria o total, e que o servidor que fora perdoado pelo rei não teria
concordado, e lhe teria colocado na prisão para nela ficar até lhe restituir o
que lhe devia.
Que os outros servidores tendo visto isto ficaram aflitos, e
foram informar o ocorrido ao seu Senhor, e este sabendo fez vir junto a sua
presença aquele servidor e lhe disse: “Mau servidor, eu lhe havia perdoado tudo
o que me devias, porque me pediste isso; não estavas desde então no dever de
também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?”
E com isto o Senhor tomado de cólera, o entregou aos
verdugos para que o tivessem até que ele pagasse tudo o que lhe devia.
Este fato serve para nós sabermos como poderemos ser
tratados nos Céus, se cada um de nós não vier a perdoar do fundo dos nossos
corações os nossos irmãos, as faltas que eles nos tenham cometido.
Neste quarto item, podemos entender que Jesus quis dizer,
que amar o nosso próximo como a nós mesmos, significa fazer para aos outros
aquilo que fizessem por nós. Realmente vem a ser a mais completa expressão da
caridade, porque nela resume todos os deveres, porque sem fazermos aos outros o
que gostaríamos que nos fizessem, perguntamos com que moral poderíamos exigir
que eles nos fizessem.
Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Mensagem escrita e interpretada pelo Médium
Getulio Pacheco Quadrado.
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