CAPÍTULO XII.COMPLEMENTO DO AMAI OS VOSSOS INIMIGOS. OS INIMIGOS DESENCARNADOS.

 

CAPÍTULO XII. COMPLEMENTO DO AMAI OS VOSSOS INIMIGOS.

OS INIMIGOS DESENCARNADOS.

 

Pois é, podemos sim atrair inimigos do outro lado da vida, porque aqui no planeta Terra temos Espíritos encarnados de toda espécie, isto é cada um no seu grau de evolução.

Vivendo nesse nosso planeta que vem a ser de espia e às vezes até de ranger de dentes, tudo isto existe porque somos partes de um processo de evolução do nosso Espírito.

Convivendo aqui com Espíritos encarnados assassinos, ladrões e outros, estamos sujeitos a deixar-nos contaminar com situações de raiva e outros. Mas não é o que Deus espera de cada um de nós façamos, porque se aqui estamos é porque ficamos devendo algo em encarnações passadas, e fomos nós que escolhemos o período de provas que devemos passar por este planeta Terra a fim de reajustar-nos.

Vivendo aqui misturados com a poeira, à traça e a ferrugem que representam o acima, estamos sujeitos a conseguirmos fazer um inimigo, e isto não acaba convivendo quando desencarnarmos. Sim porque tudo isto ficará registrado no nosso períspirito que é uma espécie de chips, onde ficam gravado todas as nossas ações.

Mas nós os Espíritas convictos, temos por obrigação sermos indulgentes para com os inimigos, porque sabemos que a maldade pode ser passageira, e pode decorrer de uma imperfeição de momento, isto baseado na criança que consegue com o tempo corrigir os seus defeitos.

Como já disse se tivermos ou fizermos um inimigo, isto pode perdurar por muito tempo e por várias encarnações. É assim que às vezes recebemos em nossas vidas Espíritos que reencarnam e que são antagônicos conosco, seja na vida familiar, profissional e outras.

Extinguir o ódio com o sangue é muito difícil, pois na verdade tudo isto acaba refletindo no nosso Períspirito como já foi dito, e isto somente poderá cessar com o perdão, orando-se pela pessoa que nos persegue e calunia baseado nisto tudo nas palavras de Jesus: “Amai os vossos inimigos”.

Orando-se pela pessoa, evitamos que o ódio tome conta do nosso eu, porque tudo isto está contido na lei da ação e reação, que tudo aquilo que jogarmos para o lado de lá, volta para cá.

O que temos que fazer é procurar se reconciliar com o nosso adversário enquanto estivermos vivendo por aqui, procurando sempre orar por eles, e procurar colocar a cabeça no travesseiro dizendo a nós mesmos: “nada tenho contra o meu próximo”.

Não existe coração julgado perverso que não se emocione pelas boas ações, por isso Jesus recomendou pagarmos o mal com o bem. Com isso podemos fazer de um inimigo um amigo.

Como podemos cativar a amizade deste irmão, primeiramente cultivando com humildade com palavras de arrependimento, e acima de tudo perdoando, mas com o coração e não somente com imposições ou somente com a boca.

Devemos procurar suportar com paciência e resignação as provas da existência aqui neste planeta, os problemas são sabatinas diárias e oportunidade de crescimento com o próprio adversário.

Se formos maldosos o nosso adversário acabara nos odiando e procurará nos perseguir pela vida eterna.

Como dissemos no início, podemos sim termos aqui inimigos entre os encarnados e os desencarnados. Os desencarnados se manifestam pela malevolência onde a pessoa abre as portas para o lado negativo. Perguntamos por que o sol penetra dentro das nossas casas? É porque abrimos a porta as janelas e a cortina, se não abrimos não penetrará. É assim que acontece com o Espírito desencarnado menos esclarecido, que acaba sendo atraído justamente pelo pensamento negativo. Se não houvesse Espíritos negativos aqui no nosso planeta, por certo não atrairia os desencarnados negativos para conosco. Por isso é recomendado, pensamento positivo atrai a parte positiva, e o negativo o negativo.

Se devemos ser indulgentes com os Espíritos encarnados, devemos também ser com os desencarnados, sendo caridosos com eles, orando e pedindo a Deus que possa leva-los para um aprendizado ou hospital Espiritual, que às vezes é dividido com o nosso aqui na Terra. Digo isto porque, para a Espiritualidade não existe espaços vazios, porque vivemos entre os dois mundos, o material e o Espiritual.

Antigamente era oferecidos sacrifícios para apaziguar os tais Deuses do mal, que nada mais eram do que Espíritos maus. Hoje não precisamos mais de flagelos, penitências e outros, basta fazer aquilo que Jesus nos ensinou, oramos e vigiarmos os nossos pensamentos. Sabe como funciona? É simples, cada vez que verificarmos que não estamos bem, e que as coisas parecem não dar certo, devemos sim nos fechar em uma sala ou quarto, e fazermos uma prece vivendo palavras por palavras, e se fixando na figura de Jesus e pedindo a Ele que se tiver algum espírito negativo junto a nós tentando jorrar fluidos negativos, ou tentando intuir na nossa mente o pessimismo que seja levado para um aprendizado, ou hospital espiritual.

O nosso Espiritismo vem a provar que o tal demônio não são mais do que almas de homens perversos que ainda não se despojaram da maldade, ou seja, dos instintos materiais, e que não podemos apaziguá-los senão pelo sacrifício dos maus sentimentos, e sim pela caridade que não tem apenas o efeito de impedi-los a praticar o mal, mas também de induzi-los ao caminho do bem e do amor. É assim que funciona a máxima que Jesus deixou dito: “Amai os vossos inimigos”. Com isso não fica restrito somente ao círculo da Terra e da vida presente, mas sim na grande lei da solidariedade e da fraternidade universal.

O que vem a ser:

Indulgente. É não ver defeitos alheios, e se vê evita comenta-los a não ser para ajudar;

Amor. Vem a ser respeito, tolerância, aceitação e carinho;

Amar. É respeitar a pessoa como ela é, e não querer que ela seja como nós gostaríamos.

Amar os inimigos vem a ser respeita-los, tolera-los e os aceitarmos, sabendo que cada um de nós está num grau da evolução.

Com toda esta recomendação, devemos procurar colocar em prática a aceitação das provas como as demais, como uma ótima oportunidade de crescimento, pois muitas vezes é através do sofrimento que vamos dar valor naquilo que tínhamos. A pedra do diamante de um anel, para ser aquela pedra vistosa, quantas cinzeladas ela levou, pois era uma pedra bruta, e assim somos nós.

 

Bibliografia. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.