quarta-feira, 20 de novembro de 2024

CASAMENTO E CELIBATO.

 


CASAMENTO E CELIBATO.

O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres é contrária à lei da Natureza?

— É um progresso na marcha da Humanidade.

Qual seria o efeito da abolição do casamento sobre a sociedade humana?

— O retorno à vida dos animais.

Comentário de Kardec: A união livre e fortuita dos sexos pertence ao estado de natureza. O casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições. A abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de alguns animais que lhe dão o exemplo das uniões constantes.

A indissolubilidade absoluta do casamento pertence à lei natural ou apenas à lei humana?

— E uma lei humana muito contrária à lei natural. Mas os homens podem modificar as suas leis; somente as naturais são imutáveis.

0 celibato voluntário é um estado de perfeição, meritório aos olhos de Deus?

— Não, e os que vivem assim, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todos.

O celibato não é um sacrifício para algumas pessoas que desejam devotar-se mais inteiramente ao serviço da Humanidade?

— Isso é bem diferente. Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.

Comentário de Kardec: Deus não se contradiz nem considera mal o que ele mesmo fez. Não pode, pois, ver um mérito na violação de sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, já não se dá o mesmo quando constitui, pela renúncia às alegrias da vida familiar, um sacrifício realizado a favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal visando ao bem e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima da sua condição material.

Divulgação por parte do médium Getulio Pacheco Quadrado.

A VIRTUDE DA HUMILDADE.

 


A VIRTUDE DA HUMILDADE

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

 

Um homem pode ser humilde sem se tornar alvo de humilhações? A humildade deixa as criaturas sem autoestima?

Por vezes, quando exaltamos a humildade, há pessoas que duvidam da excelência dessa virtude e acreditam que ser humilde é o caminho mais rápido para ser pisoteado pelos orgulhosos e poderosos. Não é exatamente assim.

Quando Jesus nos ensinou sobre a humildade, disse que os pobres de espírito são bem-aventurados porque teriam o Reino dos Céus.

Mas atenção: pobre de espírito não significa, em hipótese alguma, ser pequeno de ideias ou uma pessoa de espírito inferior.

Ao contrário, ser pobre de espírito significa simplesmente ser humilde, carregar dentro do peito um coração capaz de não se envaidecer facilmente.

Ser pobre de espírito representa a conquista de um estado espiritual que não cede espaço para manifestações de egoísmo.

Ser pobre de espírito é buscar um estado espiritual sem orgulho, sem soberba, sem vaidade.

Você já notou que há pessoas que se acham superiores às demais?

Essas acreditam que Deus deveria lhes conceder privilégios e condições especiais.

Esquecem que Deus é Pai de todas as criaturas, que faz nascer o sol sobre bons e maus, e faz cair Sua chuva sobre justos e injustos.

Somos todos Seus filhos queridos e nenhum de nós se perderá.

O pobre de espírito é aquele que é capaz de olhar para todos os seres humanos como seus irmãos.

É um homem de bem, asserenado pela certeza de que todas as pessoas são profundamente interessantes e dignas de respeito.

A pessoa verdadeiramente humilde não se considera superior, nem inferior a ninguém, pois vê em todos um universo de inteligência e de beleza.

Por isso, o humilde não discrimina, nem maltrata qualquer pessoa. Para ele, ricos e pobres, inteligentes e obtusos, bons e maus são, antes de tudo, filhos de Deus.

As diferenças são decorrentes apenas de seu estágio intelectual e moral.

Um homem assim é sábio e, certamente, vive tranquilo.

O homem verdadeiramente humilde não se orgulha de seus bens, de sua riqueza, de seu patrimônio intelectual ou de sua boa aparência.

E age assim porque sabe que tudo é passageiro na vida terrena.

Ao deixarmos esse mundo, ficarão para trás todos os bens materiais, o corpo físico.

Além disso, bem antes da morte, a vida já vai nos mostrando que estamos em um mundo onde as coisas são profundamente transitórias.

Para quem é belo e jovem, vale lembrar que o corpo envelhece.

Para os que têm saúde, é sábio recordar que as doenças podem vir a qualquer momento.

Os que se orgulham de riquezas e de uma boa posição social devem observar que tudo isso lhes pode ser retirado a qualquer momento.

Os que têm trabalho ou ocupam altas funções também devem ter em mente que podem perder tais cargos a qualquer momento.

Por isso, vale a pena, em qualquer situação, oferecer o melhor de si a todos, indiscriminadamente.

O homem humilde é o mesmo em todas as ocasiões. Se está em situação desfavorável, conserva-se tranquilo e não se sente inferiorizado, pois conhece suas potencialidades.

Se vive em condições confortáveis, busca vivenciar a solidariedade, a alegria, o bom humor e a tolerância.

É assim que se constrói um futuro de alegria e realização.

DIVULGAÇÃO POR PARTE DO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

O QUE VEM A SER A HUMILDADE NO PONTO DE VISTA ESPÍRITA.

 


O QUE VEM A SER A HUMILDADE NO PONTO DE VISTA ESPIRITA

 

Muita gente confunde humildade com a pobreza, pois no passado Jesus bem aventurou o pobre dizendo que deles seria o Reino dos Céus. Esta ideia levou muita gente a se dispor dos seus bens materiais, no pressuposto de que, quanto mais miseráveis na Terra mais ricos aportariam nos Céus. Mas quem pode garantir isto, pois existem muitos pobres aprontando por ai, como ricos também. O dinheiro nestes casos é neutro, podendo ser utilizado tanto para o lado do bem, como do amor.

A humildade não pode ser avaliada sob o ponto de vista econômico, e sim pela nossa pequenez diante da humanidade, e a consciência plena de que tudo pertence a Deus. Somente assim poderemos entrar nos Reinos dos Céus, pois somente o homem humilde desfruta de liberdade plena.

Às vezes dentro das nossas aspirações vamos adquirindo bens materiais e mais, que servem como nossas motivações, entretanto às vezes quando nos deixamos levar pela empolgação em demasia nos escravizamos, e nos tornamos orgulhosos. Mas o homem humilde não se deixa levar por estas coisas, sabendo que por mais que consiga ter em bens, tudo isto não passa de um empréstimo de Deus para vivermos aqui, e que amanhã teremos que deixar aqui.

Tem gente que pensa em não ser humilde porque os outros poderão escraviza-lo, principalmente os orgulhosos, porque poderão chama-lo de pobres de Espírito.

Mas pobre de Espírito não quer dizer pequeno de ideias ou uma pessoa de Espírito inferior.

Pobre de Espírito significa ser humilde brando de coração, não se deixando levar pela vaidade facilmente. É um coração que não tem espaço para o egoísmo, nem pelo orgulho e pela vaidade.

Para se ter uma base, é só ver as pessoas que se acham superiores aos outros. São pessoas que acham que Deus deve lhes dar privilégios e condições especiais, e às vezes acham que dando muito dinheiro para as igrejas, ou pagando para fazerem preces por eles, terão um palacete nos Céus.

Esquecem que todos somos filhos do mesmo Pai Celestial, que faz chover e nascer o sol para todos nós.

Pobre de Espírito é aquele que pode olhar para todos como seus irmãos, sendo um homem de bem, respeitando a todos, e vivendo tranquilo.

A pessoa humilde não se considera nem superior e nem inferior a todos, respeita o direito de cada um, e sabe onde termina o seu.

A pessoa humilde na descrimina, nem maltrata, para ele ricos e pobres são todos iguais. A diferença é que cada um está num estágio da evolução do seu Espírito, uns mais adiantados e outros mais atrasados, e se estão juntos é para que os que estão abaixo evoluam junto com o mais elevado. È por isso que Deus concede que estejamos vivendo entre pessoas de todas as qualidades, como ladrões, assassinos e outros, é para ver se estes evoluem.

O verdadeiro homem humilde não se orgulha dos seus bens materiais, de suas roupas, dos seus carros, da sua fortuna, porque sabe que tudo é transitório.

Os que se orgulham dos seus bens, devem saber que até o seu corpo físico terão que deixar aqui, imagine o resto.

Por isso devemos saber que vale a pena em qualquer situação, oferecer o melhor de si a todos indiscriminadamente.

O homem humilde é o mesmo em todas as ocasiões, se está em situação desfavorável, conserva-se tranquilo e não se sente inferiorizado, pois sabe que amanhã será um novo dia.  Se vive em condições confortáveis, busca vivenciar a solidariedade, a alegria, o bom humor e a tolerância. Sendo assim que podemos construir um futuro de alegria e realizações.

 

Bibliografia: I Momento Espírita. Mensagem escrita e interpretada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado. Curitiba. PR

                                            Conheça meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com                                            

 

HUMILDADE E JESUS.

 


HUMILDADE E JESUS.

O Mestre colocou como ponto culminante de suas palavras a humildade ao lado do amor e do respeito, porque só sabe respeitar quem é humilde, pois este consegue visualizar o outro sem preconceitos. Só consegue ouvir quem é humilde, pois que este sabe não possuir toda verdade. Só tem forças para não julgar quem é humilde. Só se propõe a fazer, ou servir quem é humilde porque não se preocupa com o julgamento dos outros. Não há privilégios na criação divina, por isso não nos acreditemos maiores e melhores do que os outros.

Enquanto homens dominados pela matéria disputam sobre a terra o status dos cargos, outros hão que conscientes da necessidade de se espiritualizarem disputam o privilégio dos encargos, ou seja, do trabalho construtivo, do bem servir. Jesus veio valorizar o homem pelas suas virtudes e pelo seu real saber, e a seus discípulos que queriam segui-lo disse: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”.

O Mestre situou uns hóspedes a mesa de um anfitrião, que os servia com a solicitude de um criado de modo que na aparência, o anfitrião era o menor de todos que ali se achavam, mas na verdade, era o maior, porque era o dono da casa. “Quem é o maior, quem está à mesa ou quem serve? Não é quem está à mesa? Mas eu estou no meio de vós como quem serve”. O Mestre quis nos ensinar que ninguém pode mandar sem saber fazer, porque a condição essencial de quem manda é também fazer. Mandar fazendo e fazer mandando. “O que manda seja como o que serve”. O que manda seja como o que trabalha. Veja bem, Ele não disse: “O que trabalha seja como o que manda”.

Pregar ou falar de humildade, não torna ninguém humilde, e também essa virtude nada tem a ver com a presença ou ausência de bens materiais porque é uma forma de comportamento íntimo. Ainda, confundimos humildade com inferioridade, submissão e pobreza, no entanto, ela está relacionada com distinção, gentileza, lucidez, graciosidade e simplicidade. Entre todas as virtudes, somente a humildade não realça a si mesma porque o verdadeiro humilde não acredita que o seja. Só quem tem plena consciência de seu valor pessoal é que não precisa se exaltar. Quando adquirimos o auto descobrimento somos levados à verdadeira humildade perante a vida; facultando-nos a simplicidade de coração e o respeito cultural por todas as pessoas. Os humildes apreenderam com a introspecção, ou seja, auto descobrimento, a fazer de si mesmos um “canal ou espaço transcendente”, por onde flui silenciosamente a Inteligência Universal, instrumento pelo qual retomamos a conexão com a causa primeira, Deus.

Esse auto descobrimento não está confinado a nenhuma religião especificamente; ao contrário, é acessível a todos os seres, contudo só se deixa penetrar por aqueles que têm “simplicidade de coração e humildade de espírito”. Por meio de seus recursos infinitos recebemos as mais sublimes contribuições: psicológicas, filosóficas, artísticas, científicas, religiosas, alargando a compreensão da vida dentro e fora de nós mesmos.

Ser humilde como Jesus Cristo, Ghandi e Sócrates, não é alienar-se ou ser agressivo contra as demais pessoas e apresentar-se descuidado, sem higiene, indiferente ao progresso. Quem assim se comporta é preguiçoso e não humilde, da mesma forma aquele que aceita todos os caprichos que se lhe impõem, esse se aproxima mais daqueles que tem medo de enfrentamentos das lutas. Humildade não é conivente com o erro ou com o mal, em silêncio comprometedor. Antes é ativa, combatente, cativante, decidida, sendo mais um estado interior do que de aparência.

Os fariseus e escribas surpreendiam continuamente Jesus com perguntas estapafúrdias, armando-lhe ciladas e fingindo serem seus admiradores, mas a intenção era de oprimi-lo, humilhá-lo e acusá-lo.

O que fazer diante dessas oportunidades em que tentavam humilhá-lo injustamente? Deixar ser menosprezado? Deixar ser esmagado, desmoralizado? Não, Jesus não era um covarde, não era um tímido, não era um subserviente passivo. Sua humildade era altaneira, sua mansidão era cheia de atividade e sua bondade não chegava ao extremo de renunciar à seu espírito de justiça que o caracterizava. Além de tudo devia defender sua integridade moral, precisava manifestar-se a altura de sua doutrina, que não podia ser rebaixada na sua pessoa.

Então, não perdia a ocasião de ensinar, não só a seus agressores, mas a todos modernos escribas e fariseus de hoje que necessitam da mesma lição. Em outra oportunidade ensinava que, “Aquele que se humilhar e se tornar pequeno como uma criança será o maior no reino dos céus”. Continuando com seu pensamento acrescentou: “Todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado”.

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade como se mostram numa criança. O Espiritismo a seu turno, vem falar que a Humildade é a virtude que nos aproxima de Deus, já que “sem a simplicidade de coração e humildade de espírito ninguém pode entrar no reino de Deus”. A humildade é, pois, a chave para se vencer o orgulho e assim conhecer-se, reformar-se e desse modo evoluir.

por Adauto Reami

Fontes: Espírito do Cristianismo – Cairbar Schutel; A Sabedoria de Sócrates e o Cristianismo Redivivo – Leonardo Machado; Os Prazeres da Alma – Francisco do E. Santo Neto – Hammed e Auto Descobrimento, uma Busca Interior – de Divaldo P.Franco)

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NA HORA MAIS AMARGA.

 


Na hora mais amarga

 

Ela é assim. Chega quando se está no auge da alegria, quando os planos são muitos e se espera o jamais alcançado.

Chega e derruba sonhos, destrói prazeres idealizados, consome de dor os que permanecem.

Conta a atriz Helen Hayes a sua inconformação com a morte de sua filha, de apenas dezenove anos de idade, levada por um ataque de poliomielite.

Por quê? – Gritava seu coração. Minha filha era jovem e inocente, por que razão ser levada desta forma, às vésperas de sua estreia na carreira teatral, em nova Iorque?

Ela própria, envolta em luto, abandonou a carreira artística. Como poderia criar beleza nos palcos, se estava morta por dentro?

Passou a recusar compromissos sociais e profissionais, limitando-se a receber as pessoas mais íntimas da família.

Tentou encontrar Deus, na literatura. Leu São Tomás de Aquino, a vida e a obra de Gandhi, a Bíblia.

Tudo, porém, sem êxito algum. Sua filha estava morta e ela só conseguia ver sombras espessas no mundo, na sua vida.

Mas, Deus tem formas estranhas de informar da Sua existência e socorrer Seus filhos.

Então, um tal Isaac Frantz começou a telefonar, diariamente, para sua casa, tentando lhe falar. Helen jamais o atendeu.

Finalmente, como ele não desistisse, ela concordou em recebê-lo em sua casa. Ele chegou, com a esposa.

E foi no início do diálogo que a atriz entendeu o motivo da visita do casal.

A ideia fora do senhor Isaac, inclusive, sem o conhecimento da esposa, que ficara apavorada ao saber do compromisso.

Contudo, comparecera, considerando que o marido tivera tanta dificuldade para marcar aquele encontro.

O que surpreendeu Helen foi a espontaneidade com que a visitante começou a falar do filho, desencarnado, há pouco tempo, vítima de paralisia infantil.

Subitamente, percebeu que ela mesma estava mencionando o nome de sua filha, o que não havia feito desde a sua morte.

E isso, emocionalmente, aliviara o seu coração. Entretanto, o que a escandalizou foi ouvir a visitante lhe dizer que tinha intenção de adotar um órfão de Israel.

A senhora Frantz, delicadamente, lhe disse: A senhora está pensando que esse órfão irá tomar o lugar do meu filho?

Isso jamais poderá acontecer. No entanto, ainda há amor no meu coração e não desejo que esse sentimento se perca por falta de uso.

Não posso morrer, emocionalmente, porque meu filho morreu biologicamente. Não devo amar menos por ter desaparecido fisicamente o afeto do coração. Devo amar ainda mais, porque o meu coração conhece o sofrimento dos que perderam o seu ente querido.

Quando o casal se despediu, concluída a visita, Helen compreendeu porque não encontrara Deus anteriormente.

É que ele, o Deus-amor, não está nas páginas de um livro. Ele reside no coração humano.

Também reconheceu que Deus a ninguém privilegia. Pessoas famosas ou quase anônimas, todas são iguais, perante o Seu amor e a Sua justiça.

*   *   *

Na hora mais amarga, serão a resignação dinâmica e a busca de Deus que poderão aplacar a dor e estabelecer novas diretrizes para a continuidade da vida.

Afinal, a aurora se faz extraordinária, explodindo em cores, a cada dia. E nos convida a amar, a não permitir que esse sentimento seque em nossa intimidade.

Porque Deus é amor, por amor nos criou e nos sustenta.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo
 
Desencarnação de um ente querido, de José Couto Ferraz, da
RevistaPresença Espírita nº 317, de novembro/dezembro 2016,
 ed. LEAL.
Em 10.3.2017.

MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

O AMOR É A LEI DA VIDA.

 


O AMOR É A LEI DA VIDA.

Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que estava passando por muitas dificuldades em seu casamento. Falou-lhe que já não amava sua mulher e que pensava em separação...

O sábio o escutou, olhou-o nos olhos e disse-lhe: Ame-a!

Mas já não sinto nada por ela! Retrucou o homem.

Ame-a! Disse-lhe novamente o sábio.

Diante do desconcerto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio lhe disse o seguinte:

Amar é uma decisão. É dedicação e entrega. É ação...

Portanto, para amar é preciso apenas tomar uma decisão.

Quando você se decide a cultivar um jardim, você sabe que é necessário preparar o terreno, semear, regar, esperar a germinação e a floração.

Você sabe que haverá pragas, ervas daninhas, tempos de seca ou de excesso de chuva, mas se você está decidido a ter um belo jardim, jamais desistirá, por maiores sejam as dificuldades.

Assim também acontece no campo do amor. É preciso dedicação, cuidado, espera.

Assim, se quiser cultivar as flores da afeição, dedique-se. Ame seu par, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire-o e compreenda-o.

Isso é tudo...

Apenas ame!

*   *   *

O amor é lei da vida. Se não houvesse amor, nada faria sentido.

Busquemos, então, meditar sobre o que temos e o que não temos, sobre quem somos e sobre quem não somos, a respeito do que fazemos e do que não fazemos, guardando a convicção de que, sem a presença do amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.

A inteligência sem amor nos faz perversos.

A justiça sem amor nos faz insensíveis e vingativos.

A diplomacia sem amor nos faz hipócritas.

O êxito sem amor nos faz arrogantes.

A riqueza sem amor nos faz avaros.

A pobreza sem amor nos faz orgulhosos.

A beleza sem amor nos faz ridículos.

A autoridade sem amor nos faz tiranos.

O trabalho sem amor nos faz escravos.

A simplicidade sem amor nos deprecia.

A oração sem amor nos faz calculistas.

A lei sem amor nos escraviza.

A política sem amor nos faz egoístas.

A fé sem amor nos torna fanáticos.

A cruz sem amor se converte em tortura.

A vida sem amor... bem, sem amor a vida não tem sentido...

*   *   *

As flores que espalham aromas nos canteiros são mensageiras do amor de Deus falando nos jardins...

Os passarinhos que pipilam nos prados e cantam nos ramos são a presença do Amor de Deus transparecendo nos ninhos...

As ondas gigantescas, que se arrebentam nas praias, mostram o Amor de Deus engrandecendo-Se no mar, tanto quanto o filete transparente de águas cantantes, que beija a face da rocha, canta o Amor de Deus, jorrando suave pela fenda singela.

A fera que ruge na selva, quanto os astros que giram na amplidão enaltecem o Amor Divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas na Casa de Deus.

A criança que sorri, feliz, quanto aquela que chora, no regaço materno ou num leito hospitalar, igualmente, refletem o Amor distendendo esperança, conferindo oportunidades aos Espíritos, como dádivas de Deus.

O homem sábio, pelos conhecimentos que lhe robustecem o cérebro, e aquele que se enobrece no trabalho do bem, pela luz que lhe emana do íntimo, apresentam o Amor de Deus, alevantando a vida.

Essas e outras facetas do amor é que fazem com que a vida tenha sentido...

 

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada
e no cap. 22 do livro 
Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de 
Raul Teixeira.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 3 e no CD Momento Espírita, v. 7, ed. FEP.
Em 27.2.2015.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO

 

 

 

 

AMAR É SOFRER?

 


Amar é sofrer?

 

Quem disse que “amar é sofrer” jamais amou.

O beijo do ar da madrugada desperta a vida que dorme.

O sorriso da lua engrinaldada de estrelas diminui as sombras.

A carícia do sol vitaliza todas as coisas.

E a chuva que lava a terra, e reverdece o chão, e abençoa o mundo, correndo no rio, esvoaçando na nuvem esgarçada, são as tuas expressões de amor, construtor real, demonstrando o teu poder, a tua grandeza e a minha pequenez.

Quem ama, sempre doa, e não sofre, porque ama.

Quem diz que amar é sofrer ainda está esperando pelo amor e jamais amou.

*   *   *

As palavras do poeta Tagore são fortes. Desafiam todos os autores que até hoje cantaram, emocionados, as dores do amor.

E foram tantos... E ainda são.

O amor do mundo sempre esteve vinculado à dor, pois sempre foi um amor apego, um amor posse, um amor desespero.

Agia-se no ímpeto por amor, e lá vinha à dor. Esperava-se indefinidamente por amor, e lá se iam anos de sofrer silencioso.

Nossa arte revela isso de forma magistral: o ser humano tentando sobreviver amando dessa forma.

Chegamos ao ponto de nos autoflagelarmos por ele, ou ainda, de acabar com nossa própria vidapor não suportar tal vil pesar. E o pior, achamos isso belo, romântico...

Imaturos fomos, assim como o que chamamos de amor ao longo das eras também o foi.

Inventamos um tal de amor à primeira vista, para justificar paixões retumbantes, apenas desejos ardentes muitas vezes...

Alguns ainda aprenderam a chamar o ato da união sexual em si, de fazer amor, como se em toda coabitação ele estivesse obrigatoriamente presente – quem dera...

Entendemos pouco de amor.

E não foi por falta de bons exemplos.

Recebemos na Terra o Espírito que irradiava amor, e que proclamou esta palavra aos quatro ventos, de uma forma inesquecível.

O amor do qual Jesus falava era esse amor doação, o amor ágape.

Pode haver sofrimento em nosso coração ainda por algum tempo, mas não por amar, e sim, apenas por não sabermos amar de forma devida.

São nossos vícios que trazem as dores. O amor só traz alegria e paz, pois é responsável pela consciência pacificada.

A carícia do sol vitaliza todas as coisas e o amor verdadeiro é este sol, que sempre vitaliza e nunca enfraquece.

Nas piores noites o sorriso da lua engrinaldada de estrelas diminui as sombras. É novamente o amor, consolando, dando esperança, e jamais provocando mais escuridão.

É tempo de conhecer melhor o amor, agora que podemos ser mais maduros, que entendemos que não possuímos as coisas nem as pessoas; agora que entendemos que não estamos aqui para ter, mas para ser.

Ainda estamos esperando pelo amor, é certo, porém, cada movimento que fazemos em direção ao outro, deixando de lado o vício do egoísmo e do orgulho, é um passo que damos até ele.

E talvez logo descubramos que não fomos nós que esperamos pelo amor durante todo esse tempo, mas ele que sempre esperou por nós...


Redação do Momento Espírita, com base em trecho do 
cap. XXII, do livro Estesia, de Rabindranath Tagore, psicografia 
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 25.9.2014.

 

MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO