CAPÍTULO XXVII. PEDI E OBTEREIS.
Continuação das Preces Pessoais.
Para resistir a uma tentação
Prefácio:
Todo mal pensamento pode ter duas origens: a nossa própria imperfeição
espiritual, ou uma funesta influência que age sobre ela. Neste último caso,
temos a indicação de uma fraqueza que os expõe a essas influências, e, portanto
de que a nossa alma é imperfeita. Dessa maneira, aquela que falir não poderá
desculpar-se com a simples influência de um Espírito estranho, desde que esse Espírito não poderia levá-lo ao mal, se
o encontrasse inacessível à sedução.
Quando temos um mau
pensamento, podemos supor que um Espírito malfazejo nos sugere o mal,
cabendo-nos inteira liberdade de ceder ou resistir, como se estivéssemos diante
da solicitação de uma pessoa viva. Devemos ao mesmo tempo imaginar o nosso Anjo
Guardião ou Espírito Protetor, que por sua vez combate em nós essa influência
má, esperando com ansiedade a decisão
que vamos tomar. Nossa hesitação em atender ao mal é devida à voz do Bom
Espírito, que se faz ouvir pela nossa consciência.
Reconhece-se um mau
pensamento quando ele se distancia da caridade, que é à base de toda moral
verdadeira; quando vem carregado de orgulho, vaidade e egoísmo; quando a sua
realização pode causar algum prejuízo à outra pessoa; quando, enfim, nos propõe
fazer aos outros o que não quereríamos que os outros nos fizesse a nós.
Prece: Deus Todo-Poderoso,
não me deixeis sucumbir à tentação de cair no erro! Espíritos benevolentes que
me protegeis, desviai de mim este mal pensamento, e dai-me a força de resistir
à sugestão do mal. Se eu sucumbir à expiação da minha falta nesta mesma
existência e em outra, porque sou livre para escolher.
Bibliografia: O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco
Quadrado.
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