terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

FORMA E UBIQUIDADE DOS ESPÍRITOS.

 


O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO III. FORMA E UBIQUIDADE DOS ESPÍRITOS.

Os Espíritos têm uma forma determinada, limitada e constante aos olhos dos Bons Espíritos, e aos olhos do ser humano Eles são, se o quiserem, uma flama, um clarão ou uma centelha etérea(1).

 Esta flama ou centelha tem alguma cor aos olhos do ser humano, onde ela varia do escuro ao brilho do rubi, de acordo com a menor ou maior pureza do Espírito.

Comentário de Kardec:  Representam-se ordinariamente os gênios com uma flama ou uma estrela na fronte. É essa uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, por ser ali que se encontra a sede da inteligência.

Os Espíritos gastam algum tempo para cruzar o espaço, ou seja, mais rápido como o pensamento.

Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também o está, pois é a alma que pensa. O pensamento é um atributo.

O Espírito que se transporta de um lugar a outro, tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, ou é transportado subitamente para onde deseja ir.

O Espírito pode perfeitamente, se o quiser, dar-se conta da distância que atravessa, mas essa distância pode também desaparecer por completo; isso depende da sua vontade e também da sua natureza, se mais ou menos depurada.

Os Espíritos têm o dom da ubiquidade, ou, em outras palavras, o mesmo Espírito não pode dividir-se ou estar ao mesmo tempo em vários pontos.

 Mas cada um deles é um centro que irradia para diferentes lados, e é por isso que parecem estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Vês o sol, que não é mais do que um, e, não obstante, irradia por toda parte e envia os seus raios até muito longe. Apesar disso, ele não se divide.

Nem todos os Espíritos irradiam com o mesmo poder, pois depende muito do seu grau de pureza.

Comentário de Kardec: Cada Espírito é uma unidade indivisível; mas cada um deles pode estender o

seu pensamento em diversas direções, sem por isso se dividir É somente nesse sentido que se deve entender o dom de ubiquidade atribuído aos Espíritos. Como uma fagulha que projeta ao longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte. Como, ainda, um homem que, sem mudar de lugar e sem se dividir, pode transmitir ordens, sinais e produzir movimentos em diferentes lugares.


(1) Todo este trecho se refere ao Espírito puro, desprovido do períspirito. Necessário atentar para essas variações, para não confundirmos as explicações. (N. do T.)

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QIUADRADO.

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