terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

MEUS SETENTA E SETE ANOS.

 


MEUS SETENTA E SETE ANOS.

 

Parece mentira mais eu cheguei aos meus setenta e sete anos, e posso dizer que todo este tempo percorrido foi de grande valia para a evolução do meu Espírito.

Lembrando da data e o mês de hoje, mas no ano de 1.943 que eu nasci, sei que naquela ano as coisas não estavam bem no nosso País, pois havia revolução e outros.

Meus pais me contaram que quando os aviões dos inimigos passavam por cima da nossa cidade a noite, tocava uma sirene pedindo para tudo parar se não podia levar bomba nas costas.

Mas quando eu nasci já vim dando trabalho para os meus pais, pois minha mãe estava com uma doença chamada maleita, e a vida dela e a minha ficaram na escolha do meu pai que queria nós os dois. Pela medicina um de nós tinha que partir deste mundo, e pelo querido Espiritismo eu estou aqui, e minha mãe esteve por mais tempo, onde além de mim que era o quarto filho, nasceram mais seis irmãos.

 No ponto de vista médico eu sobrevivi, mas seria uma pessoa raquítica e cheia de doenças, mais graças a Deus ele errou, e o Espiritismo acertou.

A minha infância e a minha juventude foi muito boa, conheci vários amigos que hoje inclusive por serem bons já partiram desse mundo, onde tivemos a oportunidade de montarmos uma equipe de futebol e boas amizades. Mas nesta época eu me considerava esquisito, porque a minha alma não coadunava com o meu Espírito. Eu me achava o último dos homens, não tinha profissão e nem qualificação.

Mas como criança o meu pior problema naquela época era a tabuada, onde tive que repetir o primeiro ano uns cinco anos. Mas o que não me deixava querer ir para a escola, era as reguadas nas mãos proferidas pelas professoras, que davam quando errávamos a famosa tabuada. Precisava uns cinco para me levar para a escola. E eu me sentia um burro, e a minha mãe dizia que nem o burro é burro, porque quando ele não quer caminhar, ele empaca e não sai do lugar.

Mas graças a Deus com o tempo venci esta barreira, mais lá na frente tinha o tal exame de admissão ao ginásio feito lá no Colégio Estadual do Paraná. Foi outro tormento para mim, não sei quantas vezes tive que fazer, porque era ruim na matemática.

Bem, porque eu era ruim nos estudos, meu pai me pôs a ser trabalhador, e como primeiro emprego fui trabalhar num armazém em que ele era sócio, entregando as compras com uma bicicleta que o caixão da frente pesava 14 quilos. Mais tarde num laboratório embalando remédios e despachando para os clientes, lá fiquei até me apresentar ao exército Brasileiro.

Mais tarde com dezoito anos, tive que me apresentar o ao Exército e peguei um excesso de contingente, e fiquei um ano parado e dependo dos irmãos e meus pais.

Quando fui servir fui destaque em tudo, pois sai de lá com uma menção honrosa e uma carta de apresentação. Com isso me apresentei ao Banco Comercial do Paraná, trabalhando no balcão, emprego este arrumado pelo meu irmão, e porque eu jogava bem futebol e eles precisavam de mim no campeonato bancário.

De simples balconista cheguei a uma auditoria, onde tive mesmo morando aqui fiscalizar as agências de são Paulo. Isto foram cinco anos ser ter vida religiosa e social, pois viajava para lá aos Domingos, e vinha dar um cheiro nas Sextas Feiras na família.

Hoje aposentado há 27 anos pelo Banco HSBC, curto a vida, e digo não sou rico, mais tenho uma vida que pedi a Deus o suficiente para viver. Sou formado em três cursos profissionalizantes além de bancário aposentado: Técnico em Segurança do Trabalho, em Contabilidade e em Micros. Em segurança do Trabalho tive a oportunidade de estudar a psicologia do trabalho, onde hoje me dá um certo preparo para a vida, e ajudar o meu próximo na minha religião Espírita.

Olha se eu escrevi isto, foi com o intuito de ajudar aqueles jovens que não se acham capaz de fazerem algo na vida, ou ser alguém. Na vida nada se perde e tudo se transforma.

Eu sempre digo que não existe grande homem, porque ele se faz pela necessidade. Exemplo,

foi que lá na frente casado para melhorar as coisas, tive que voltar aos estudos somente tirando dez, e fui destaque aliás, quase em tudo o que passei.

Hoje com setenta e sete anos e com a experiência que tenho, gostaria de tê-la quando tive vinte anos. Não que a idade me afete, porque todas as idades são boas, desde que estejamos preparados para conviver com ela.

Eu tive este preparo, graças a Deus e a Jesus, sem fanatismo, na minha religião através dos meus Mentores Espirituais que muito me ajudaram e me ajudam, em especial ao meu Irmão Cacique o qual muito agradeço por ele ter transformado a minha vida.

Uma coisa boa que encontrei na internet e gostaria de deixar como exemplo:

Aos quinze anos dediquei o meu coração à aprendizagem;

Aos trinta, assumi o meu lugar;

Aos quarenta fiquei livre de dúvidas;

Aos cinquenta compreendi o Decreto de Deus;

Aos sessenta o meu ouvido estava afinado;

Aos setenta eu segui o desejo do meu coração sem ultrapassar a linha;

Aliás como psicólogo Técnico digo o seguinte:

De zero ano aos sete, a pessoa passa por um recreio, onde na brincadeira não sabe e não quer saber o preço do feijão e outros, Isto é, começa a se adaptar neste mundo;

Aos sete anos, aprende a lidar com esse mundo material, e entra na escola para a alfabetização, e é a época dos por quês?

Dos sete ao quatorze, cresce na identificação com o mundo material, e somos envolvidos por uma série de exigências;

Dos quatorzes aos vinte e um anos, alcançamos a maioridade, onde ocorrem as primeiras paixões, o primeiro emprego, e talvez o primeiro desemprego, e casamento e filhos;

Dos vinte e um aos vinte e oito anos, surge um poderoso impulso profissional, e a pessoa se sente estabelecida na vida, e acaba atraindo compromissos que podem durar pelo resto da vida;

Dos vinte e oito aos trinta e cinco, surge a fase madura da vida;

Dos trinta e cinco aos 42, o indivíduo percebe os limites do seu corpo, e sente os primeiros efeitos do envelhecimento físico;

Dos 42 aos 49 anos, acaba se completando a transição para a meia idade, onde se acentua a necessidade de usar seu talento para compensar a perda da vitalidade física;

Dos quarenta e nove aos 56 anos, a alma da pessoa já tem uma grande experiência da vida, e ainda está no auge da capacidade de trabalho;

Entre 56 a 63, a pessoa ingressa na vida madura;

Dos 63 assim por diante, já não são mais épocas para inovações desnecessárias. No entanto, a atividade profissional e intelectual vivida com a serenidade, é perfeitamente possível até além dos 80.

Mais uma coisa eu digo, todas as idades desde que nos cuidemos são bonitas e gostosas de se viver, mesmo que as vezes possamos encontrar espinhos na nossa caminhada, mas devemos prestar mais atenção as flores que enfeitam as nossas vidas. A família, o lar, a escola da vida, a oportunidade de aprendizagem, ter uma vida alicerçada pela religião, porém sem fanatismo.

Outra coisa que difere, é ser idoso e velho. Idoso ainda é um elemento ativo, e o velho está no período de ser ajudado e cuidado. Tem a fase que nós fizemos por eles, e a fase que deverão fazer por nós.

 

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

Meu Hotmail: getulicao@hotmail.com

Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com

 

 

 

0 comentários:

Postar um comentário

ESTAMOS DISPOSIÇÃO DOS AMIGOS PARA ESCLARECER QUALQUER DÚVIDA.