CAPÍTULO V. BEM AVENTURADOS OS AFLITOS.
A VERDADEIRA
DESGRAÇA.
Para os seres humanos, e principalmente para os desgraçados
que vivem no nosso planeta Terra, quase tudo o que acontece vem a ser uma
desgraça, ou seja: na miséria, na lareira sem fogo; nas lágrimas; no credor que
o ameaça; na angústia da traição e outros. Tudo isto porque o ser encarnado só
consegue enxergar o que acontece na vida material, desconhecendo o que poderá
acontecer na vida Espiritual. Dizemos isto por que, às vezes a verdadeira desgraça
esta no próprio fato ocorrido, e não na sua consequência, porque, devemos sempre
ver primeiro se ela trouxe algum benefício ou não.
Às vezes um acontecimento que parece um fim para o ser
humano, pode ser o início de uma nova era, como aquele senhor que tinha uma
vaquinha e com ela extraia o leite e vendia, e era o seu ganha pão. Isto acabou
sendo a sua rotina diária, até que esta vaquinha veio a morrer, e ele pensou
ser a sua desgraça. Mas com o acontecido ele se viu livre deste circulo vicioso,
e foi procurar outras fontes de renda, e acabou encontrando uma melhor e mais fácil
de ganhar a vida.
Com esse
acontecimento, chegamos a uma conclusão, que para se julgar as coisas devemos
verificar sempre as consequências, porque na vida sempre tem o seu por quê?
Devemos também verificar se aquele acontecimento causou algum benefício ou
malefício?
A dor, por exemplo, claro que ninguém gosta, mas ela às
vezes serve para vermos o quanto éramos felizes e não demos o devido valor.
A infelicidade ás vezes pode estar no excesso da própria
alegria, do prazer, na satisfação louca da vaidade, que poderá torna-los
orgulhosos ou vaidosos, e que vem a ser um câncer no Espírito da pessoa, e na
sua vida futura.
A irmã Delfina de Girardin no ano de 1.861, e em Paris, conclama
principalmente aos desgraçados, que tenham esperanças! E aos que riem porque
tem o seu corpo perfeito, que não se esqueçam que não se pode enganar a Deus. E
que ninguém escapa ao destino que plantou, ou seja, das provas credoras as mais
impiedosas, e que poderá os levar a miséria, tudo por causa da indiferença e do
egoísmo.
Solicita ao nosso Espiritismo que possa esclarecer, e que venha
a restabelecer a verdadeira luz da verdade e do erro tão estranhamente
desfigurada pela cegueira. Aos seus adeptos que possam agir como verdadeiros bravos
soldados que não fugem do perigo, e preferem a luta nos combates mais
arriscados, do que à paz que não lhes oferece a glória e nem o progresso. E
para estes soldados alerta, que não devam se importar em perderem as armas, o equipamento
e a farda na luta, contando que saiam vitoriosos e cobertos de glórias.
Com isso ela quis dizer, que para aquele soldado que tem fé
na vida futura, que não deva se importar se tiver que deixar a vida material no
campo de batalha, mesmo sabendo que não levará sua fortuna e sua veste carnal,
contando que sua alma possa entrar radiosa no Reino Celeste.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
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