quarta-feira, 7 de julho de 2021

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. CAPÍTULO XXIV.A CORAGEM DA FÉ.

 


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. XXIV.A CORAGEM DA FÉ.

Todo aquele, pois, que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; e o que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.”

(Mateus, X: 32 e33)

“Porque se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua majestade, e na de seu Pai e dos santos anjos.” (Lucas, IX: 26)

Essas frases de Jesus devem ser interpretadas de acordo com o contexto dos seus ensinos, resumidos no Amor incondicional. Assim, Jesus usou de palavras fortes, para exprimir que só viverá no Reino de Deus os que viverem os seus ensinos, que são as Leis Morais, que fazem parte, juntamente, com as Leis Físicas, das Leis Naturais, instituídas por Deus.

Enquanto isso não acontece para nós, ainda mais próximos da animalidade do que da angelitude, como disse Emmanuel, continuamos merecendo o amparo divino sempre que nos esforçarmos em vencer a nós mesmos.

Uma das qualidades nobres do Espírito é a autenticidade, a coerência entre os princípios filosóficos e/ou religiosos aceitos e seus atos. É, talvez, o traço da pessoa que mais inspira confiança, pela sinceridade expressa, por não temer as opiniões dos que se opõem às suas ideias, às suas ações.

Uma pessoa autêntica não significa que ela diz o que pensa sem preocupar-se com as reações dos outros, mas que ela expressa sua filosofia de vida no seu viver cotidiano, sem ofender a ninguém, mas sem esconder seus princípios.

Jesus conclama seus discípulos a essa autenticidade, à coragem da fé, pois, “aqueles que temerem confessar-se discípulos da verdade, não são dignos de ser admitidos no Reino da Verdade, porque se trata de uma fé egoísta, que eles guardam para si mesmos, ocultando-a com medo dos prejuízos que lhes possa acarretar no mundo. Enquanto isso, os que colocam a verdade acima dos interesses materiais, proclamando-a abertamente, trabalham ao mesmo tempo pelo futuro próprio e pelo dos outros”, como Allan Kardec interpreta as palavras de Jesus.

Existe a coragem da fé quando ela é admitida por quem a professe, sem se importar com os sarcasmos, com as críticas dos demais.

Ela está presente naquele que busca viver-lhe os princípios, mesmo em um meio familiar, social, em que suas ideias não são entendidas e aceitas, sem afrontar ninguém, agindo com naturalidade, no seu direito de fazer suas escolhas.

Ela é demonstrada no esforço de vivenciar essa fé no dia a dia, em qualquer lugar, com quaisquer pessoas, irradiando paz, equilíbrio, serenidade, confiança nas leis divinas.

O autor ressalta que essas palavras de Jesus se dirigem também aos espíritas, porque se hoje há, no Brasil, um respeito maior pelas ideias religiosas do que antes, ainda existem lugares e situações que podem levar os mais frágeis na fé a esconderem-na.

Se, hoje, o Espiritismo no Brasil conseguiu um respeito merecido, isso é consequência dos exemplos dos seus pioneiros no estudo e na prática dessa doutrina.

Essa advertência de Jesus continua, pois, a ressoar nas mentes e nos corações dos espíritas, que aceitam o Espiritismo como “o desenvolvimento e a aplicação da Doutrina do Evangelho”, para o esforço de viverem, abertamente, em palavras, em atitudes e comportamentos coerentes com os princípios dessa doutrina, a fim de merecerem ser considerados seus discípulos.

Tem, pois, o espírita de hoje e de todos os tempos, o dever de sentir, pensar e agir de acordo com esses princípios, demonstrando sua coragem nas reações de confiança nas dificuldades e vicissitudes da vida, numa demonstração de fé em Deus, em si e nos homens, Espíritos encarnados, sempre perfectíveis.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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