CAPÍTULO XXVII. PEDI E OBTEREIS.
Continuação das Preces pessoais.
Aos anjos guardiões e aos Espíritos
Protetores.
Prefácio: Todos nós temos um Bom
Espírito, ligado a nós desde o nascimento, que nos tomou sob a sua proteção.
Cumpre junto a nós a missão de um pai junto ao filho: a de nos conduzir no
caminho do bem e do progresso, através das provas da vida. Ele se sente feliz
quando correspondemos à sua solicitude, e sofre quando nos vês sucumbir.
Seu nome pouco importa, pois que ele pode não ter nenhum nome conhecido
na Terra. Invocamo-lo, então, como o nosso Anjo Guardião, o nosso Bom Gênio.
Podemos mesmo invocá-lo com o nome de um Espírito Superior, pelo qual sintamos
uma simpatia especial.
Além do nosso Anjo guardião, que é sempre um Espírito Superior, temos os
Espíritos Protetores, que, por serem menos elevados, não são menos bons e
generosos. São Espíritos de parentes ou amigos, e algumas vezes de pessoas que
nem sequer conhecemos na atual existência. Eles nos ajudam com os seus
conselhos, e frequentemente com a sua intervenção nos acontecimentos de nossa
vida.
Os Espíritos simpáticos são os que se ligam a nós por alguma semelhança
de gostos e tendências. Podem ser bons ou maus, segundo a natureza das
inclinações que os atraem para nós.
Os Espíritos sedutores esforçam-se para nos desviar do caminho do bem,
sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveitando-se de todas as nossas fraquezas,
como de outras tantas portas abertas, que lhes dão acesso à nossa alma. Há os
que se agarram a nós como a uma presa, mas afastam-se quando reconhecem
a sua impotência para lutar contra a nossa vontade.
Deus nos deu um guia principal e superior em nosso Anjo Guardião, e como
guias secundários os nossos Espíritos Protetores e Familiares. É um erro,
entretanto, supor que tenhamos forçosamente um mau gênio junto
a nós, para contrabalançar as boas influências daqueles. Os maus Espíritos nos
procuram voluntariamente, desde que achem possível dominar-nos, em
razão da nossa fraqueza ou da nossa negligência em seguir as aspirações dos Bons
Espíritos, e somos nós, portanto, que os atraímos. Disso resulta que não somos
nunca privados da assistência dos Bons Espíritos, e que depende de nós o
afastamento dos maus. Pelas suas imperfeições, sendo ele mesmo a causa dos
sofrimentos que o atingem, o homem é quase sempre o seu próprio mau gênio.
A prece aos Anjos Guardiões e aos Espíritos Protetores deve ter por fim
solicitar a sua intervenção junto a Deus, pedir-lhes a força de que
necessitamos para resistir às más sugestões, e a sua assistência para
enfrentarmos as necessidades da vida.
Prece: Espíritos sábios e benevolentes, mensageiros de Deus, cuja missão
é assistir aos homens e conduzi-los pelo bom caminho, amparai-me nas provas
desta vida; dai-me a força de sofrê-las sem lamentações; desviem de mim os maus
pensamentos, e fazei que eu não dê acesso a nenhum dos maus Espíritos que
tentariam induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência sobre os meus
próprios defeitos, e tirai-me dos olhos o véu do orgulho, que poderia
impedir-me de percebê-los e de confessá-los a mim mesmo.
Vós, sobretudo, N..., meu Anjo Guardião, que velais mais
particularmente por mim, e vós todos, Espíritos Protetores, que vos interessais
por mim, fazei que eu me torne digno da vossa benevolência. Vós conheceis as
minhas necessidades; que elas sejam satisfeitas segundo a vontade de Deus.
Prece (Outra): Meu Deus, permiti que os Bons Espíritos que me
assistem possam ajudar-me, quando me achar em dificuldades, e amparar-me nas
minhas vacilações. Senhor, que eles me inspirem a fé, a esperança e a caridade,
que sejam para mim um apoio, uma esperança e uma prova da Vossa misericórdia.
Fazei, enfim, que eu neles encontre a força que me faltar nas provas da vida, e
para resistir às sugestões do mal, a fé que salva e o amor que consola.
Prece (Outra): Espíritos amados, Anjos Guardiões, vós a quem
Deus, na sua infinita misericórdia, permite velarem, pelos homens, sede o nosso
amparo nas provas desta vida terrena. Dai-nos a força, a coragem e a
resignação; inspirai-nos na senda do bem, detendo-nos no declive do mal; que
vossa doce influência impregne as nossas almas; fazei que sintamos a presença,
ao nosso lado, de um amigo devotado, que assista os nossos sofrimentos e
participe das nossas alegrias.
E vós, meu Anjo Bom, nunca me abandoneis. Necessito de toda a vossa
proteção, para suportar com fé e amor as provas que Deus quiser enviar-me.
Bibliografia: O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Mensagem lida e divulgada pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
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