sábado, 1 de junho de 2024

O LIVRO DOS ESPÍRITOS.CAPÍTULO I.PENAS E GOZOS TERRENOS.UNIÕES ANTIPÁTICAS.

 


 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. PARTE QUARTA. ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES.

CAPÍTULO I. PENALIDADES E PRAZERES TERRENOS. UNIÕES ANTIPÁTICAS.

 

Partindo do principio de que os Espíritos simpáticos são levados a se unir.  A explicação de que entre os antipáticos, onde a afeição exista apenas de um lado e o amor sincero seja recebido com indiferença, e algumas vezes, em ódio, podemos dizer que se trata de uma punição mesmo passageira.

Além disso, quantos que pensam amar perdidamente porque julgam apenas as aparências, e, quando são obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que se tratava somente de uma paixão material! Não é suficiente estar enamorado de uma pessoa que nos agrada e que supomos dotada de belas qualidades; é vivendo realmente com ela que a poderemos apreciar. Quantas uniões, por outro lado, que a princípio pareciam incompatíveis e com o correr do tempo, quando ambos se conheceram melhor , se transformaram num amor terno e durável porque baseado na estima recíproca! É necessário não esquecer que o Espírito é quem ama, e não o corpo, e que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade.

Há duas espécies de afeição: a do corpo e a da alma, e frequentemente se toma uma pela outra. A afeição da alma, quando pura e simpática, é duradoura; a do corpo é perecível; eis porque os que se julgam amar com um amor eterno acabam se odiando, quando passa a ilusão.

A falta de simpatia entre os seres destinados a viver juntos não é igualmente uma fonte de sofrimentos, tanto muita amarga quando envenena toda a existência. Mas é uma dessas infelicidades de que, na maioria das vezes, são a primeira causa. Em primeiro lugar, as nossas leis são erradas, pois acreditamos que Deus nos obriga a viver com aqueles que nos desagradam. Depois, nessas uniões procuramos quase sempre mais a satisfação do nosso orgulho e da nossa ambição do que a felicidade de uma afeição mútua. E sofremos, então, apenas a consequência dos nossos preconceitos.

Mas nesse caso haverá quase sempre uma vítima inocente, e isso é para ela uma dura expiação, mas a responsabilidade de sua infelicidade recairá sobre os que a causaram. Se a luz da verdade tiver penetrado em sua alma, ela se consolará com a fé no futuro. De resto, à medida que os preconceitos se enfraquecerem, desaparecerão também as causas das infelicidades íntimas.

BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS. MATERIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

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