O
LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO II.ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS.FINALIDADE DA
ENCARNAÇÃO.
Qual é a finalidade da encarnação dos
Espíritos?
— Deus a impõe com o fim de levá-los à
perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para
chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da
existência corpórea; nisto é que está a expiação. A encarnação tem
ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de
enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para executá-la que ele toma
um aparelho em cada mundo, em harmonia com a matéria essencial do mesmo,
afim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa
maneira, concorrendo para a obra geral, também progredir.
Comentário de Kardec: A ação dos
seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Mas Deus, na sua sabedoria,
quis que eles tivessem, nessa mesma ação, um meio de progredir e de se
aproximarem dele. É assim que, por uma lei admirável de sua providência, tudo
se encadeia, tudo é solidário na Natureza.
Os Espíritos que, desde o princípio,
seguiram o caminho do bem têm necessidade da encarnação?
— Todos são criados simples e ignorantes e se
instruem através das lutas e atribulações da vida corporal. Deus, que é
justo, não podia fazer feliz a uns, sem penas e sem trabalhos, e por
conseguinte sem mérito.
Mas então de que serve aos Espíritos
seguirem o caminho do bem, se isso não os isenta das penas da vida corporal?
— Chegam mais
depressa ao alvo. Além disso, as penas da vida são frequentemente a consequência
da imperfeição do Espírito. Quanto menos imperfeito ele for, menos
tormentos sofrerá. Aquele que não for invejoso, nem ciumento, nem avarento
ou ambicioso, não passará pelos tormentos que se originam desses defeitos.
BIBLIOGRAFIA. O
LIVRO DOS ESPÍRITOS. MATÉRIA DIVULGADA PELO MÉDIUM GEULIO PACHECO QUADRADO.
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